Mostrando postagens com marcador rede. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador rede. Mostrar todas as postagens

sábado, 27 de junho de 2020

Exército Brasileiro desenvolve FPS inspirado em Fortnite e Counter Strike

Exército Brasileiro desenvolve FPS inspirado em Fortnite e Counter Strike


O jogo será gratuito e pode ser jogado sozinho ou online com os amigos.

domingo, 26 de maio de 2019

SpaceX lança primeiros satélites para rede que vai prover internet do espaço

SpaceX lança primeiros satélites para rede que vai prover internet do espaço

Falcon 9 da SpaceX é lançado com 60 satélites em Cabo Canaveral, na Flórida,
 na quinta (23/05/2019) — Foto: Malcolm Denemark/AP

Um foguete Falcon 9 da empresa decolou de Cabo Canaveral, na Flórida, com 60 satélites. Empresa tem Elon Musk, da Tesla, em seu comando.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Pesquisadores desenvolvem WiFi que usa 10 mil vezes menos energia


Pesquisadores desenvolvem WiFi que usa 10 mil vezes menos energia


As redes WiFi são bem melhores para quem precisa realizar download e upload de grande quantidade de dados, porém uma das grandes desvantagens é a enorme carga consumida no processo, o que diminui consideravelmente a bateria de qualquer dispositivo móvel. 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

World Wide Web completa 25 anos - Internet


World Wide Web completa 25 anos - Internet


Artigo de Berners-Lee que deu origem à rede saiu em 12 de março de 1989.
Ideia era tão ousada que corria o risco de nunca sair do papel.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Chile tem tanta energia solar que agora é de graça


Chile tem tanta energia solar que agora é de graça


Energia solar: preços à vista chegaram a zero em algumas regiões do país durante 113 dias até abril

A indústria solar do Chile se expandiu tão rapidamente que está gerando eletricidade gratuitamente.
Os preços à vista chegaram a zero em algumas regiões do país durante 113 dias até abril, número que está a caminho de superar o total do ano passado, de 192 dias, segundo a operadora da rede central do Chile.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

MATRIX EM 2016 - INSPIRAÇÃO PURA !!!


MATRIX EM 2016 - INSPIRAÇÃO PURA !!!


"Este conto é uma homenagem a excelentíssima obra de Ficção Científica The Matrix, dos irmãos Wachowsky, que conseguiu reunir um excelente argumento, embora nem tanto original como muitos pensam, com um roteiro sublime, cenas de ação espetaculares e efeitos especiais magníficos, constituindo um marco na história do cinema. 
A trilogia Matrix é acompanhada também dos Animatrix, curta metragens que contam estórias paralelas na mesma ambientação, alguns também de excelente qualidade. Porém, como nem tudo é perfeito, a saga de Matrix tem sua ovelha negra. Trata-se do Animatrix duplo entitulado The Second Renaissance, que se propõe a contar a gênese da ambientação, relatando a origem das máquinas, da guerra contra os humanos e do surgimento da Matrix. 
Destoando imensamente das obras primas que são os filmes cinematográficos até a presente data, Second Renaissance me decepcionou de tal modo, que não tive outra opção a não ser ignorá-lo, me recusando a aceitar que seu roteiro estúpido e seu negativismo patológico possa ser associado às obras da Sétima Arte que inclusive parecem contradizê-lo completamente. 

Desta forma, me senti na liberdade e no direito de escrever a minha própria versão da origem das Máquinas, da Guerra e da Matrix, que ainda que reflita meus anseios e gostos pessoais, não posso deixar de ter certeza que é no mínimo mais inteligente e mais digno de estar ao lado desta grande saga de FC que revolucionou nossa virtualidade.


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dell anuncia a maior aquisição da história da tecnologia


Dell anuncia a maior aquisição da história da tecnologia



A Dell acaba de anunciar a aquisição da EMC, empresa de armazenamento de dados. O negócio foi oficializado nesta segunda-feira,12, por US$ 67 bilhões, e deve combinar o domínio da EMC no mercado de armazenamento com a participação da compradora na área de dispositivos.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Tem boi na linha - Ciberespaço


TEM BOI NA LINHA - Ciberespaço


Eles já entraram nos computadores da Nasa, do Pentágono e de várias instituições brasileiras. Alguns chegam, olham e não fazem nada. Outros destróem programas e arquivos. São os hackers, espiões cibernéticos sem rumo que sabem tudo sobre computadores e se divertem quebrando a segurança dos sistemas. A Internet é um dos caminhos para suas invasões. Por isso, eles estão superanimados com a entrada do Brasil na grande rede. Se você não quer ver seus arquivos particulares devassados, melhor tomar cuidado.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Internet S.A. - Informática

INTERNET S.A. - Informática


Serviços comerciais e programas mais simples de usar transformam a maior rede de informações do planeta em um negócio que rende muito dinheiro.

domingo, 28 de julho de 2013

World of Warcraft (WoW)


World of Warcraft (WoW)


World of Warcraft é um dos maiores jogos da atualidade. Sua fama pode ser confirmada pelos seus números, quem impressionam qualquer um, e provam como a empresa Blizzard acertou na criação do jogo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Globo - A voz do Brasil

A VOZ DO BRASIL



Era o Cid Moreira de sempre. Terno impecável, topete no cabelo grisalho como em todo Jornal Nacional. Ele olhou para a câmera e disse: "Tudo na Globo é tendencioso e manipulado. Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos que dominou o nosso país."



A fala histórica foi ao ar ao vivo, na noite de 15 de março de 1994. Não era um pedido público de demissão. O apresentador transmitia um direito de resposta concedido pela Justiça ao ex-governador Leonel Brizola, que redigiu o texto após ser a acusado, no Jornal Nacional, de "declínio da saúde mental" e "deprimente inaptidão administrativa" por tentar proibir a transmissão do Carnaval. Naquele dia, milhares de brasileiros devem ter se deliciado com o texto de Brizola, lido no programa jornalístico que com média de 68% dos televisores ligados é, proporcionalmente, o mais assistido do mundo. Pessoas que como eu, e talvez você, cresceram fazendo lição-de-casa diante da Sessão da Tarde, jantando com a novela das 7 e indo dormir depois dos dramas de Regina Duarte na novela das 8. Após 40 anos como líder da televisão no Brasil, a Globo se tornou uma paixão nacional - mas uma paixão tão grande quanto a de falar mal dela.

Todos os anos, cada brasileiro passa em média 700 horas assistindo à Globo. Sem William Bonner, Xuxa ou Sinhozinho Malta, nossas roupas, jeito de falar, famílias e a imagem que temos do lugar em que vivemos seriam diferentes. "Tire a televisão de dentro do Brasil e o país desaparece", diz Eugênio Bucci, presidente da Radiobrás, co-autor do livro Videologias e ex-diretor de redação da SUPER. Exagero? Nas páginas seguintes, você verá como a Globo inventou o Brasil.



O Brasil sem a Globo

Na década de 1950, quando a televisão começou por aqui, o país escutava Tonico e Tinoco, ria de Mazzaropi e tinha 70% das pessoas morando no campo. Na cidade, ter um televisor era mais chique que home theater nos dias de hoje. As famílias deixavam de ir à ópera para assistir ao "teleteatro" em casa - e depois ligavam para o camarim cumprimentando os atores. E como não existiam satélites, cada cidade tinha sua programação, com celebridades, piadas e notícias locais.

Nos anos 1960, esse Brasil rural passou por um banho de loja cultural. Até o início dos anos 1970, o número de livros impressos passaria de 43 milhões para 191 milhões, a venda de discos cresceria 800% e a televisão viraria profissional, com antenas mais potentes, tecnologia para gravar programas e um aumento de 500 mil casas com televisores por ano. Percebendo a reviravolta, um grupo de comunicação resolveu se modernizar para virar empresa. Em 1963, contratou quase 100 funcionários num só dia - entre eles Chico Anysio e Gianfrancesco Guarnieri - e começou a fazer novelas diárias. Não, essa empresa não era a Globo. Era a TV Excelsior.

A Excelsior tinha tudo para dar certo, menos um item - isenção política. Com o golpe militar de 1964, foi boicotada pelos militares. Seu proprietário, Wallace Simonsen, que usava abertamente a televisão para apoiar o presidente João Goulart, sofreu retaliações financeiras. A emissora fechou em 1969. A outra grande TV da época, a Tupi, do magnata Assis Chateaubriand, dado a negociatas e ameaças políticas, entrou em declínio até falir em 1979. O trono estava vago para uma nova dinastia. "Os militares queriam uma empresa com visão moderna e que fosse parceira da expansão da televisão pelo país", afirma a psicanalista e estudiosa de televisão Maria Rita Kehl. É aí que entra Roberto Marinho.

Em 26 de abril de 1965, 3 anos após ganhar a concessão do então presidente Goulart, o dono do jornal O Globo levou ao ar o canal 4 do Rio de Janeiro. Em poucos meses deu para ver as novidades. A grade de atrações era conhecida do público e não mudava de repente, como na Tupi, na Excelsior ou na Record. Outra inovação: os anúncios publicitários, que apareciam ao longo do dia todo, mas em breves intervalos. Em resumo, igualzinho ao que assistimos hoje. Foi a Globo que implantou esse formato no Brasil.

Por trás do arrojo da Globo estava quem mais entendia de televisão na época: o grupo Time-Life, dos EUA. Um contrato assinado em 1962 previa que a Globo desse aos americanos 30% de seus lucros em troca de dinheiro para investimentos e experiência. O acordo virou escândalo nacional. A lei proibia que grupos estrangeiros fossem sócios de empresas de comunicação. Uma CPI foi instalada para apurar o caso e o governo podia até ordenar o fechamento da emissora - mas como uma legítima CPI brasileira, tudo terminou em pizza. Em 1969, insatisfeita com a rentabilidade do negócio, a Time-Life desistiu do contrato.



A Globo é o Brasil

Em 1969, uma casualidade mudou os rumos da TV Globo. Um incêndio destruiu a sede da emissora em São Paulo e, com os estúdios destruídos, a cidade teve de assistir à programação que ia ao ar do Rio. Surpreendentemente, a audiência na cidade não caiu. O que começou como estratégia de emergência, virou a maior vantagem da Globo, que se tornou a primeira emissora nacional do país. E uma rede que alcançasse o país inteiro era tudo o que os militares queriam. "Acreditava-se na época que o território nacional só estaria livre da ameaça estrangeira se as fronteiras estivessem em contato com o centro", diz o jornalista Gabriel Priolli, da PUC-SP e autor do livro A Deusa Ferida. Essa mentalidade fez nascer megaprojetos, como a estrada Transamazônica e a instalação de um sistema nacional de torres de televisão. Em muitos países, esse investimento foi feito pela iniciativa privada. Aqui, o estado bancou tudo. E ainda abriu linhas de crédito para qualquer pessoa comprar um televisor sem juros. O resultado foi um país unificado na tela da televisão.

Você já parou para pensar o que um descendente de alemães do interior gaúcho, um paulistano e um ribeirinho da Amazônia têm em comum? Eles falam português, ainda que um português bem diferente, descansam nos mesmos feriados e têm uma carteira de identidade que diz: brasileiro. Até 1969, era só isso. Mas depois que a Globo se tornou uma rede nacional, todos passaram a ter um enorme universo em comum. O mesmo sonho de conhecer o Rio, os mesmos bordões como "Não, Pedro Bó", o mesmo desejo de comer pizza com guaraná. "A televisão igualou o imaginário de um país cuja realidade é constituída de enormes contrastes, conflitos e contradições", afirma Eugênio Bucci.

Um estudo do pesquisador Luiz Augusto Milanesi, da USP, sobre a chegada da televisão a Ibitinga, interior de São Paulo, deixa claro os efeitos desse fenômeno. Assistindo a atores e jornalistas, os moradores descobriram que palavras como "compreto" e "frauta" estavam erradas. Mas, sem certeza do quanto já tinham se enganado, acabaram também trocando as letras em palavras corretas - "freira" virou "fleira". E se "paia" virou "palha", "meia" passou a ser "melha".



A Globo governa

Ok, a política de integração nacional deu ao país uma cara moderna e uma rede de telecomunicações de primeiro mundo. Mas o avanço também serviu como espaço de propaganda política. O programa Amaral Neto, o Repórter, por exemplo, se dedicava a noticiar os feitos milicos. No resto da programação, a censura encrencava com a roupa das chacretes e investigava até se Tom & Jerry tinha mensagens revolucionárias subliminares.

Além disso, a televisão rendeu cartadas no jogo de poder. Um estudo da pesquisadora Susy dos Santos, da Universidade Federal da Bahia, mostrou que pelo menos 40 afiliadas da Globo pertencem a políticos locais, todos ex-aliados dos militares. Os Magalhães, na Bahia, os Sarney, no Maranhão, os Collor, em Alagoas. O clima de paz e amor com o governo era tanto que, em 1972, o presidente Médici chegou a dizer: "Fico feliz todas as noites quando assisto ao noticiário. Porque, no noticiário da Globo, o mundo está um caos, mas o Brasil está em paz".

Mesmo após 1976, com o fim da censura prévia, o noticiário da Globo continuou sem farpas contra os militares. "Quando o país começou a se democratizar, a resistência da Globo às mudanças ficou clara", diz Valério Brittos, professor da pós-graduação em ciências da comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul. Foi assim durante as greves do ABC, entre 1978 e 1980, que mal foram mencionadas pela emissora, e na campanha pelas eleições diretas em 1984 (leia quadro na página 57). Esse comportamento fez surgir nos muros e passeatas o lema "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo". "Na prática do jornalismo, como em qualquer outra atividade, erros podem acontecer", diz Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação. "O importante é ter humildade para corrigir rumos e agir com transparência."

Nos últimos anos da ditadura, o poder de Roberto Marinho era de espantar mesmo. Para tentar diminuir sua força, o governo abriu concorrência para novas concessões de TV, em 1980. O Jornal do Brasil e a Editora Abril, que edita a SUPER, estavam no páreo, mas a disputa acabou ganha por Adolpho Bloch, que fez a Manchete, e Silvio Santos, do SBT. Enquanto esses canais engatinhavam, Roberto Marinho decidia os rumos do país. "Eu brigo com o papa, com a Igreja Católica, com o PMDB. Só não brigo com o doutor Roberto", disse o presidente eleito Tancredo Neves, em 1985, a Ulysses Guimarães, que estava indignado com a indicação de Antonio Carlos Magalhães para o Ministério das Comunicações. ACM não foi o único ministro que Roberto Marinho nomeou ou demitiu nessa época (leia quadro ao lado).



Revolução dos costumes

Para muitas pessoas, a história da Globo acaba aqui. A emissora só chegou aonde chegou graças a barganhas políticas e ponto final. É aí que esses críticos quebram a cara. A Globo não se fez apenas apoiando militares e jogos. "Estamos diante de um caso de talento artístico. Nenhuma emissora do mundo domina tão bem a produção técnica em vídeo quanto a Globo. Melhor que ela, só a produção em película de Hollywood", diz Gabriel Priolli. Hoje, não é só líder no Brasil: é a maior produtora de televisão do mundo. "Em 2004, produzimos 2 546 horas de programação, o que equivale a mais de 1 000 longas-metragens", afirma Erlanger, da Globo. Neste momento, 62 países estão assistindo a programas que você viu meses atrás.

Foi combinando alcance nacional e capacidade técnica acima da média mundial que a Globo protagonizou a construção da identidade brasileira. E esse talento se concentrou principalmente nas novelas. Para escrevê-las, foram chamados os melhores dramaturgos. Muitos deles vieram de jornais e grupos de teatro de esquerda da década de 1960, como Benedito Ruy Barbosa, Dias Gomes e Aguinaldo Silva. "Os autores disseminaram em cadeia nacional novos estilos de vida", diz o pesquisador Cláudio Paiva, da Universidade Federal da Paraíba. Em vez das velhas histórias da moça virgem que tinha um pai carrancudo e fora enganada por um homem, trama típica do dramalhão latino-americano, aparecem os adolescentes que transam sem culpa, o homem que chora, a mulher separada, o gay. "O Brasil tem costumes mais modernos que o restante da América Latina também porque nossas novelas são mais realistas que as mexicanas", diz Priolli.

Em 1994, a pesquisadora Anamaria Fadul, da Universidade Metodista de São Paulo, montou a árvore genealógica de 33 novelas da Globo produzidas entre os anos 1970 e 1990. Apenas duas mostravam famílias com mais de 2 filhos. "Não se pode fazer uma relação de causa e efeito, mas ficou claro que as novelas da Globo anteciparam o modelo da família atual em 2 décadas", diz Anamaria. "Há quase 30 anos a Rede Globo promove o reexame das relações homem e mulher", afirma o filósofo Renato Janine Ribeiro, autor do livro O Afeto Autoritário. "Os movimentos feministas iniciaram esse questionamento, mas a rede Globo assumiu a causa e não a abandonou." 2 produções dessa linha marcaram época:

- Dancin’ Days (1978), que mostrava a vida de Júlia (Sônia Braga), ex-presidiária que luta para retomar a vida ao lado da filha, criada pela irmã milionária.

- Malu Mulher (1979), em que Malu (Regina Duarte) é uma socióloga que decide se separar depois de ser traída pelo marido. A minissérie questionava tabus como aborto e virgindade, narrando os dramas da mulher madura que passa a ter de sustentar a filha. Malu Mulher foi sucesso na Inglaterra e na Holanda - e censurada em países da América Latina.

No caldo sem-gracinha do melodrama, também entraram pitadas de sátira, que parodiavam a política brasileira. "O Jornal Nacional mostrava políticos, em geral nordestinos, que depois de servir a todos os ditadores haviam se reciclado com a volta da democracia. Apareciam como grandes homens da República. Meia hora depois, a principal novela da mesma Globo expunha clones deles como emblemas do que há de pior em nossa sociedade", diz Renato Janine. Você deve se lembrar de algumas dessas novelas:

- Roque Santeiro (1985), que tinha 36 capítulos gravados quando foi censurada pela ditadura, em 1975. Regravada 10 anos depois, mostrava como protagonista Sinhozinho Malta (Lima Duarte), um típico coronel nordestino.

- Que Rei Sou Eu? (1989), passada no reino de Avilan, país imaginário da Europa do século 18 que vivia crises comuns às do Brasil de 1989: inflação, planos econômicos furados, moedas que mudavam de nome. Sem falar nas falcatruas e negociatas políticas.

- O Bem-Amado (1973), onde a cidade fictícia de Sucupira era palco de diversos tipos brasileiros - não exatamente os melhores. Exemplo de como a novela transformada em minissérie retratou o país é a fala do general Golbery do Couto e Silva, braço-direito do presidente Geisel, que ao deixar o cargo de chefe da Casa Civil disse aos repórteres: "Não me perguntem nada. Acabo de deixar Sucupira".



A vida começa aos 40

E hoje? E o futuro? É difícil que, daqui pra frente, um canal de TV tenha tanta importância para o imaginário de Sucupira, ops!, do Brasil. "É uma tendência mundial as grandes televisões perderem audiência para outros canais ou tipos de mídia", diz o professor Valério Brittos. "Mas, dentro dessa segmentação, a Globo vai seguir como uma das principais produtoras do mundo."

O maior baque de perda de público aconteceu na década de 1990. A audiência média de 49% dos televisores ligados, em 1979, baixou para 37% em 1997. Record e SBT aproveitaram o barateamento da tecnologia de produção e lançaram programas populares. Também apareceu o controle remoto, arquiinimigo das líderes de audiência. Mas o susto passou rápido: a novela Terra Nostra, de 1999, recuperou antigos índices de audiência e provou que o modelo "sanduíche" de um jornal entre novelas, marca da Globo instituída em 1968, não estava acabado. Até programas típicos de emissoras B no resto do mundo, como o Big Brother, viraram atração global. "A capacidade de inovar e adaptar que a Globo tem é incomum em empresas tradicionais", diz Valério Brittos.

Essa inovação, porém, foi um tiro pela culatra no que se refere à televisão a cabo. Quando partiu para a transmissão por assinatura, a Globo teve, desta vez, de tirar do próprio bolso os custos de instalação da rede. O grupo que controla a emissora fez uma dívida que, com a crise do real, em 1999, virou uma bolha de 1,3 bilhão de reais. "A empresa pode até sanear essa dívida, mas terá dificuldades se precisar fazer mais investimentos em novas tecnologias", diz Brittos.

A tecnologia mais nova do pedaço, a TV digital, pode mudar todo o jeito de ver TV hoje. Se a transmissão de dados por computador se popularizar, em poucos anos você poderá escolher entre ler seu e-mail, escutar música ou assistir aos Simpsons enquanto espera o ônibus (pois é, os ônibus devem continuar os mesmos). Especialistas dizem que a tecnologia pode tornar obsoleto o sistema de concessões de canais usado hoje em dia.
Isso significa o fim da Globo? Será que a televisão generalista, que todos vêem ao mesmo tempo, é coisa do passado? A interatividade da internet fez de qualquer pessoa uma potencial emissora de conteúdo - e mudanças como essa, que cindem a idéia de uma sociedade uniforme, tem força para inaugurar uma nova idade histórica. Por isso, é difícil prever o futuro da emissora que deu uma cara ao Brasil - "aguarde e confie", diria Didi Mocó. Já é possível, no entanto, julgar seu papel nos últimos 40 anos. Sim, em muitos momentos a Globo foi mesmo porta-voz dos militares. Mas também não faltam motivos para tratá-la como agente modernizante e um orgulho do talento nacional. A Rede Globo tem uma grande dívida com o Brasil. Mas o Brasil também deve muito à Rede Globo.


.
.
.
C=73242
.
.
.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vende-se peixe - Recursos do Mar

VENDE-SE PEIXE - Recursos do Mar



Nobreza do oceano

Os atuneiros capturam uma das espécies mais valiosas do mar. Partindo de entrepostos no sul do país, pescadores passam nove meses por ano longe de casa, em um mundo regido pelo balanço do mar. Os atuns devem ser mortos em seus braços, para não se debaterem no chão e amassar em a carne, que, machucada, perde muito do seu valor de mercado. Assim, o convés de um atuneiro vive molhado de água e sangue



Bandos de peixes

A traineira pode voltar de viagem carregando até 100 toneladas de peixes. Uma rede de um quilômetro de extensão é usada para cercar e retirar do mar cardumes inteiros de palombetas (foto), anchovas, tainhas e sardinhas. O barco toca a terra apenas a cada cinco ou seis dias, para despejar num entreposto o pescado que escoa da cidade de Itajaí (SC) para o resto do país



Com as mãos

Produto de exportação, a lagosta tornou-se rara nos nossos mares. Desafiando a natureza - e a lei, já que a pesca com compressor é proibida no Brasil - pescadores da cidade de Caiçara do Norte (RN) alcançam o fundo do oceano respirando por mangueiras de ar. A ilusão da riqueza ao alcance das mãos se mostra perversa. Alguns perdem a visão, a audição e o movimento das pernas. Outros perdem a vida por causa de doenças descompressivas - causadas por erros em mergulho de profundidade



Mar de dentro

Todo mês de maio é igual. Com a chegada da temporada da tainha, os caiçaras de Cananéia, em São Paulo, fazem cercos de taquara para esperar os peixes. As tainhas começam sua viagem na Lagoa dos Patos (RS) e seguem até o litoral do Rio de Janeiro. Em Cananéia, são capturadas nos currais e recolhidas diariamente. "Mar de dentro" é como os caiçaras chamam o estuário, lugar de água calma onde o rio se mistura ao oceano e onde montam manualmente os cercos



Pela tradição
Na Prainha do Canto Verde, mantém-se viva uma das mais tradicionais artes de pesca do Brasil: as jangadas, que a cada nascer do sol ganham o mar do litoral do Ceará. Donos de uma sabedoria transmitida de pai para filho, os jangadeiros utilizam-se dos sinais das estrelas e dos ventos para se localizarem no meio da imensidão do mar. Organizar a pesca sustentável na comunidade foi o meio encontrado para garantir a permanência de seu trabalho. Eles deixam de pescar em certas áreas durante um ano para ter da onde tirar o alimento na temporada seguinte

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Rede on-line do PS3 tem prejuízo mesmo com 60 milhões de usuários

25/12/2010 18h50 - Atualizado em 25/12/2010 18h53

Rede on-line do PS3 tem prejuízo mesmo com 60 milhões de usuários
Afirmação foi feita por Kaz Hirai, presidente da divisão de videogames da Sony.
Executivo acredita em projeção positiva de lucro para 2011.


Rede on-line do PS3 não teve bons resultados para
a Sony. (Foto: Divulgação)Ao mesmo tempo em que a Sony comemora o número de 60 milhões de usuários na PlayStation Network (PSN), rede on-line do PlayStation 3 e do portátil PSP, a empresa alega que o serviço que permite jogar games pela internet e comprar novos títulos por download está no vermelho.

De acordo com o presidente da Sony Computer Entertainment (SCE), Kaz Hirai, a rede arrecadou 36 bilhões de ienes (cerca de US$ 434 milhões) em 2009, valor que se repetiu em 2010 levando a empresa a entrar no ano fiscal de 2011 no vermelho.

Entretanto, Hirai se diz confiante com a projeção de lucro da PSN em 2011 que é de 300 bilhões de ienes (US$ 3,5 bilhões), além acreditar na venda de 15 milhões de PlayStation 3 até o dia 31 de abril do próximo ano.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Futuro dos games chegou

FUTURO DOS GAMES CHEGOU



Nem só de tapete vermelho e calçada da fama vive a indústria do entretenimento. Desde 1999, os games são responsáveis por um faturamento duas vezes maior que a indústria de cinema. São 21 bilhões de dólares contra "míseros" 9 bi de Hollywood. E a última novidade nesse mercado atende pelo singelo pseudônimo de MMORPG, ou Massively Multiplayer Online Role-Playing Games (algo como "jogos massivos de interpretação online").

As três últimas letras da sigla são mais conhecidas. RPG é um tipo de jogo que se tornou popular a partir dos anos 70. No início, era jogado numa mesa. Algumas pessoas se reuniam e, a partir de uma história, criavam uma aventura comum interagindo com seus personagens.

Os jogos MMORPG são uma combinação entre RPG e os games online. O avanço da tecnologia em redes tornou possível criar um mundo virtual dentro de um computador central (servidor) e oferecer aos jogadores a possibilidade de acessá-lo através da internet. Nesse mundo, além de topar com monstros controlados pelo computador, o jogador poderia encontrar milhares de outros jogadores humanos que também estivessem vagando por aquele universo virtual.

"O grande apelo desse tipo de jogo é justamente a possibilidade de interagir com outras pessoas. As possibilidades de relacionamento se tornam infinitas", diz Delmar Galisi, coordenador do curso de design e planejamento de games da Universidade Anhembi-Morumbi. A maior prova disso é que milhares de pessoas em todo o mundo passam mais da metade do seu dia vivendo no mundo virtual, imersas em outra realidade. São pessoas que não curtem baladas com os amigos, mas não perdem uma festa na cantina de sua guilda.
Além de George Lucas - que lançou o sucesso Star Wars Galaxy no ano passado - a empresa americana Warner Bros., produtora de Matrix, também farejou a mina de ouro. Desde maio, eles estão testando a versão MMORPG da marca e prometem que, a partir do ano que vem, será possível viver no universo virtual de Neo, Trinity e Morpheus.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Filtro chinês deixa computador vulnerável

12/06/09 - 16h44 - Atualizado em 12/06/09 - 16h44

Filtro chinês contra pornografia deixa computador vulnerável, diz pesquisa
Sites podem explorar brechas do software para controlar as máquinas.
'Green Dam' deverá ser instalado em todos os PCs do país até 1º de julho.




Foto: Liu Jin/AFP Jovens navegam na web em lan house na China. (Foto: Liu Jin/AFP)Um filtro de softwares obrigatório na China deixa usuários vulneráveis a sites mal-intencionados que podem roubar dados pessoais ou instalar códigos em computadores pessoais, constataram pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

O governo chinês exige a pré-instalação obrigatória do software 'Green Dam' em todos os computadores novos fabricados ou enviados ao país até 1º de julho, sob a justificativa de que a medida protegerá crianças da pornografia.

Cerca de 48% dos adolescentes chineses já visitaram sites de pornografia, segundo a agência, que cita uma pesquisa divulgada no mês passado pelo centro de pesquisas da juventudade chinesa.

Muitas escolas já instalaram o programa, mas associações representantes de fabricantes de computadores da indústria norte-americana têm pedido ao governo chinês que reconsidere a exigência, com base em preocupações que variam desde segurança cibernética a performance do software até a liberdade na internet.

Sites podem explorar as vulnerabilidades do software para controlar o computador, segundo o relatório dos pesquisadores Scott Wolchok, Randy Yao e J Alex Halderman.

"Isso poderia permitir que sites mal-intencionados roubem dados privados, enviem spam ou registrem o computador em um botnet", apontou o relatório.

Botnet é um programa potencialmente destrutivo com a capacidade de recrutar máquinas infectadas em larga escala, podendo controlá-las clandestinamente.

O programa 'Green Dam' filtra palavras e imagens, bem como endereços de sites. Uma vez intalado, o software automaticamente fecha o navegador Internet Explorer, da Microsoft, se o usuário tentar acessar um site que estiver na lista negra.

"Alem disso, escontramos vulnerabilidades na forma como o 'Green Dam' processa atualizações da lista negra, que possibilitaria com que desenvolvedores de software e outros instale códigos mal-intencionados durante o processo de atualização", ressaltou o estudo.

Os departamentos de educação chineses continuam com as instalações do software, segundo a imprensa estatal.

Cerca de 4 milhões de computadores em todas as cerca de 1,5 mil escolas primárias e secundárias em Xangai serão equipadas com o 'Green Dam' até o final do mês, relatou a agência de notícias Xinhua nesta sexta-feira (12).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Usuário de redes de troca de arquivo compra mais filmes e música

09/06/09 - 13h47 - Atualizado em 09/06/09 - 13h47

Usuário de redes de troca de arquivo compra mais filmes e música, diz estudo
Gasto médio com entretenimento é maior do que o de internauta comum.
Pesquisa mostra que quem baixa conteúdo desse tipo vai mais ao cinema.




Foto: Divulgação Usuários de redes P2P compram mais conteúdo off-line. (Foto: Divulgação)

Os usuários de redes de compartilhamento de arquivos peer-to-peer (P2P) são os melhores consumidores das indústrias de filme e música, de acordo com recente pesquisa realizada pela Vuze, criadora de um dos mais populares clientes de BitTorrent.

Segundo o estudo, enquanto usuários de P2P compartilham on-line arquivos de propriedade da indústrias de entretenimento, eles estão mais propensos a gastar dinheiro em entretenimento off-line.

Conduzida pela Frank Magid Associates, a pesquisa ouviu 693 usuários da Vuze e outros 606 internautas, todos os norte-americanos, com idades entre 18 e 44 anos.

E o resultado mostrou que esses usuários de redes P2P alugam mais filmes e compram mais ingressos de cinema e mais DVDs do que a maioria das pessoas que navegam pela internet.

"Eles são os melhores clientes de Hollywood, e isso é algo que não achamos que Hollywood esteja muito consciente", considerou o presidente da Vuze, Gilles BianRosa, em entrevista ao site "Ars Technica".

Em um ano, um usuário da Vuze vai ao cinema oito vezes, contra seis vezes de um internauta comum. Além disso, os usuários de redes P2P alugam em média nove filmes por ano, enquanto um não-usuário aluga apenas sete.

E mesmo que aparentemente um usuário P2P possa piratear quantos filmes quiser nessas redes de compartilhamento, ele vai comprar cerca de 16 DVDs por ano. A maioria dos internautas também compra menos: 13 DVDs.

Segundo BianRosa, isso ocorre porque, além dos altos preços cobrados pela versão online, os consumidores avaliam o valor agregado ao produto offline, que conta com itens especiais como edições caprichadas para colecionadores, com caixas e extras que não costumam acompanhar o conteúdo oferecido online.

Mas esses usuários de P2P também não gostam de pagar por conteúdo on-line, o que não
surpreende. Talvez porque eles vêem o compartilhamento de arquivos como um modo de testar esses produtos antes de comprá-los, considera o site "Inquirer".

sábado, 15 de maio de 2010

Novo site de buscas dá respostas diretas

18/05/09 - 12h43 - Atualizado em 18/05/09 - 14h50

Novo site de buscas dá respostas diretas a internautas
Wolfram Alpha, que irá concorrer com o Google, não encaminha visitantes a outros sites.

Um novo site de busca pela internet que irá concorrer com o Google foi lançado nesta segunda-feira.

Diferentemente de outros buscadores, o site Wolfram Alpha foi idealizado para dar respostas diretas às perguntas dos internautas em vez de encaminhá-los a uma lista de sites que contenham a informação.

A nova ferramenta se define como "motor de conhecimento computacional" porque busca por informações e dados e não por sites.

O novo sistema foi criado em abril pelo físico britânico Stephan Wolfram e, desde então, vem sendo testado pelo público.

Ao lançar uma busca pela temperatura do momento na cidade do Rio de Janeiro, o site não apenas informa quantos graus está fazendo na capitalfluminense, como também apresenta um gráfico com o clima na cidade nos últimos dias e traz a previsão do tempo para as próximas 48 horas.


Acesso a informação
O Wolphram Alpha obtém as repostas a partir de consultas a diferentes bases de dados e fontes de informação relevantes.

A ferramenta de busca ainda soluciona equações matemáticas complicadas e organiza estatísticas.

Durante uma demonstração no Centro Berkman de Internet e Sociedade da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Wolfram disse que o grande objetivo do site é "tornar conhecimento especializado acessível para todos a qualquer lugar e a qualquer hora".

O britânico minimizou rumores de que o sistema poderia "aniquilar" o Google e definiu sua criação como uma forma para que as pessoas possam aproveitar o máximo das informações que obtêm pela rede.