Cientistas de Harvard fazem primeiro voo controlado de 'robô-inseto'
'Robôs-insetos' desenvolvidos nos EUA (Foto: Kevin Ma e Pakpong Chirarattananon/Harvard University)
Aparelho de 80 mg levou mais de uma década para ser concluído.
Expectativa é que dispositivo possa ser usado em várias áreas no futuro.
Cientistas americanos fizeram o primeiro voo controlado de um robô do tamanho de um inseto, após mais de uma década de trabalhos. Os resultados do projeto, conduzido pela Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas (Seas) e pelo Instituto Wyss de Engenharia Biologicamente Inspirada de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, foram publicados nesta quinta-feira (2), na edição online da revista "Science".
O RoboBee (Robô Abelha) consegue decolar verticalmente, pairar acima da superfície e ser direcionado para ambos os lados. Apesar do nome, ele foi inspirado no design de uma mosca, tem metade do tamanho de um clipe de papel e pesa 80 mg. Suas asas têm 3 cm de envergadura e batem até 120 vezes por segundo.
Cientistas americanos fizeram o primeiro voo controlado de um robô do tamanho de um inseto, após mais de uma década de trabalhos. Os resultados do projeto, conduzido pela Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas (Seas) e pelo Instituto Wyss de Engenharia Biologicamente Inspirada de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, foram publicados nesta quinta-feira (2), na edição online da revista "Science".
O RoboBee (Robô Abelha) consegue decolar verticalmente, pairar acima da superfície e ser direcionado para ambos os lados. Apesar do nome, ele foi inspirado no design de uma mosca, tem metade do tamanho de um clipe de papel e pesa 80 mg. Suas asas têm 3 cm de envergadura e batem até 120 vezes por segundo.
O aparelho é feito de tiras de cerâmica que se expandem e se contraem quando um campo elétrico é ativado. Também apresenta um corpo de plástico contendo fibras de carbono, que servem como articulações, além de um sistema que comanda os movimentos de rotação das asas, cada uma de forma independente.
No artigo publicado na "Science", o coautor Pakpong Chirarattananon, estudante de pós-graduação em Harvard, lembra que ficou tão entusiasmado com o robô, que nem conseguiu dormir.
Segundo os pesquisadores, o minúsculo dispositivo representa um grande avanço nas áreas de micromanufatura e sistemas de controle, e dezenas de pesquisadores da universidade têm se concentrado nesse tipo de inovação nos últimos anos.
Aparelho é comparado a moeda americana (Foto: Kevin Ma e Pakpong Chirarattananon/Harvard University)
Apenas nos últimos seis meses, a equipe fez mais de 20 protótipos do RoboBee, e os próximos devem ser ainda mais confiáveis, com baterias menores, materiais mais leves e fortes e novas combinações, para melhorar a precisão geral de cada dispositivo.
Os próximos passos deverão abranger o trabalho paralelo de vários cientistas que pesquisam áreas como o cérebro, o comportamento de colônias de insetos e fontes de energia. A meta é que, com a ajuda da observação da natureza, o robô possa um dia ser totalmente autônomo e sem fio.
No futuro, espera-se também que o RoboBee possa ser aplicado para monitoramento ambiental, operações de busca e salvamento, polinização de culturas e até na área médica.
"Quero criar algo que o mundo nunca viu antes. (Esse trabalho) É sobre a emoção de ir além dos limites do que nós pensamos que podemos fazer, dos limites da engenhosidade humana", diz Kevin Y. Ma.
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