segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

9 fatos sobre Isaac Newton que surpreenderão você


9 fatos sobre Isaac Newton que surpreenderão você


Considerado uma das maiores mentes científicas de todos os tempos, o físico e matemático Isaac Newton formulou teorias sobre o movimento, a gravidade e o cálculo, além de vários outros temas. Newton era um solitário temperamental e muito reservado com relação ao seu trabalho. Saiba mais sobre esse fascinante cidadão inglês, desde seu interesse de longa data pela alquimia, passando por um trabalho que envolvia enviar pessoas à forca até o motivo de uma de suas rivalidades mais amargas:


1. Sua infância infeliz ajudou a moldar sua personalidade reservada 
Newton nasceu um bebê prematuro, no Natal de 1642, na casa de sua família, em Woolsthorpe Manor, perto de Grantham, na Inglaterra, alguns meses após a morte de seu pai, um agricultor analfabeto. Quando Newton tinha 3 anos, sua mãe se casou com um clérigo rico, Barnabas Smith, que não queria um enteado. A mãe de Newton, então, foi viver com seu novo marido em outra vila, deixando seu filho aos cuidados dos avós. A experiência de ter sido abandonado por sua mãe deixou uma cicatriz em Newton e, provavelmente, foi decisiva na formação de seu caráter solitário e desconfiado. Quando era adolescente, ele fez uma lista de seus pecados no passado, e, entre eles, estava: “Ter ameaçado meu pai e minha mãe Smith de queimá-los, assim como a casa em que estavam”. Na fase adulta, Newton vivia absorto em seu trabalho, não tinha hobbies e nunca se casou. Ele até mesmo permaneceu em silêncio sobre algumas de suas descobertas científicas e matemáticas, se é que chegou a publicá-las por completo. 

2. A mãe de Newton queria que ele fosse agricultor 
Aos 12 anos, Newton se matriculou na escola de Grantham, onde ele se hospedou na casa do boticário local, pois a caminhada diária de Woolsthorpe Manor era muito longa. No início, ele não era um aluno muito bom, mas depois de brigar com um valentão da escola, Newton começou a se aplicar mais, com o objetivo de superar o outro menino e virou um aluno de primeira. No entanto, aos 15 ou 16 anos, ele foi obrigado a sair da escola por sua mãe (que ficou viúva pela segunda vez) e a voltar para Woolsthorpe Manor para se tornar um agricultor. O adolescente não tinha interesse no trabalho e não teve um bom desempenho. Por fim, a mãe de Newton foi persuadida pelo ex-diretor do filho em Grantham (onde, aliás, também nasceu a ex-primeira-ministra da Grã-Bretanha, Margaret Thatcher, em 1925) a permitir que ele retornasse à escola. Após terminar seus estudos, Newton foi para a Trinity College, na Universidade de Cambridge, em 1661, deixando a agricultura de vez para sempre. 

3. Por obra do acaso, a Peste Negra proporcionou um de seus insights mais famosos 
Em 1665, após um surto de peste bubônica na Inglaterra, a Universidade de Cambridge fechou suas portas, obrigando Newton a voltar para a sua casa, em Woolsthorpe Manor. Um dia, quando estava sentando em seu jardim, ele viu uma maçã cair de uma árvore, o que lhe trouxe a inspiração para formular sua lei de gravitação universal. Newton, posteriormente, contou a história da maçã para William Stukeley, que a incluiu no livro “Memoir of Sir Isaac Newton’s Life” (Memórias da Vida de Sir Isaac Newton, na tradução), publicado em 1752. Em 2010, um astronauta da NASA levou um pedaço da antiga macieira a bordo do ônibus espacial Atlantis para uma missão à Estação Espacial Internacional. A Royal Society, uma organização científica que já foi chefiada por Newton, emprestou o pedaço da árvore para a viagem, como parte da comemoração do 350º aniversário da fundação do grupo. Atualmente, a macieira original continua a crescer em Woolsthorpe Manor. 

4. Quando era professor de Cambridge, suas aulas ficavam vazias 
Em 1669, Newton, então com 26 anos, foi nomeado professor lucasiano de matemática em Cambridge, uma das universidades mais antigas do mundo, cuja origem remonta a 1209. (Newton foi a segunda pessoa a ocupar esse cargo; a 17ª, de 1979 a 2009, foi o físico e autor de “Uma Breve História do Tempo”, Stephen Hawking). Embora ele tenha permanecido em Cambridge por quase 30 anos, Newton mostrou pouco interesse no ensino e em seus alunos, e suas aulas eram muito pouco frequentadas – muitas vezes, ninguém aparecia. A atenção de Newton era voltada para a pesquisa. 




5. Newton dirigiu a Casa da Moeda e mandou executar falsificadores 
Em 1696, Newton foi nomeado para o cargo de diretor da Casa da Moeda, responsável pela produção do dinheiro da Inglaterra. Ele deixou Cambridge, seu lar por muito tempo, e se mudou para a capital de seu país, onde se localizava a instituição, na Tower of London. Três anos depois, Newton foi promovido mestre da Casa, um cargo que ele manteve até sua morte, em 1727. Durante sua permanência lá, Newton supervisionou uma iniciativa importante de tirar de circulação todas as moedas antigas do país e substituí-las por outras mais confiáveis. Ele também investigou falsificadores e, como resultado, acabou se familiarizando com o submundo da cidade, perseguindo e interrogando criminosos e recebendo ameaças de morte nesse período. Vários falsificadores que ele ajudou a prender foram enviados à forca. 

6. Ele tinha um interesse muito grande em alquimia 
Além de seus esforços científicos, pelos quais ele é mais conhecido, Newton passou grande parte de sua vida adulta perseguindo outro interesse, a alquimia, cujos objetivos incluíam encontrar a pedra filosofal, uma substância que, supostamente, poderia transformar metais comuns, como chumbo e ferro, em ouro. Ele mantinha sigilo com relação aos seus experimentos alquímicos e registrou algumas de suas pesquisas em códigos. Dentre outros projetos de pesquisa, Newton analisou a Bíblia em uma tentativa de descobrir mensagens secretas de como funciona o Universo. 

7. Newton foi membro do Parlamento – discretamente 
De 1689 a 1690, Newton foi membro do Parlamento, representando a Universidade de Cambridge. Nesse período, o corpo legislativo aprovou a Declaração de Direitos, que limitava o poder da monarquia e estabeleceu os direitos do Parlamento, assim como certos direitos individuais. Aparentemente, as contribuições de Newton ao Parlamento eram limitadas – ele teria se pronunciado apenas uma vez, quando pediu a um funcionário que fechasse a janela, pois fazia frio. Entretanto, durante seu período em Londres, Newton conheceu várias pessoas influentes, do rei Guilherme III ao filósofo John Locke. Newton teve um segundo e breve mandato no Parlamento, de 1701 a 1702, e, novamente, parece ter contribuído pouco. 

8. Ele tinha rivalidades muito grandes 
Quando o assunto eram os seus rivais intelectuais, Newton poderia ser ciumento vingativo. O matemático e filósofo alemão Gottfried Liebniz era um dos que tinha brigado com ele – os dois tiveram uma disputa acirrada sobre quem inventou o cálculo. Newton desenvolveu uma versão do cálculo na década de 1660, mas não publicou sua obra na época. Na década de 1670, Leibniz criou sua própria versão do cálculo, publicando seu trabalho uma década depois. Posteriormente, Newton denunciou que o acadêmico alemão havia plagiado seus escritos não publicados, depois que documentos que os resumiam circularam pela Royal Society. Leibniz argumentou que tinha chegado aos seus resultados de forma independente e insinuou que Newton tinha roubado ideias de sua obra publicada. Em uma tentativa de se defender, Leibniz acabou apelando para a Royal Society e, em 1712, Newton, que atuava como o presidente da organização desde 1703, concordou que um comitê imparcial deveria ser composto para analisar o caso. Em vez disso, ele formou um comitê com partidários seus e até mesmo escreveu o relatório do grupo, que o creditava publicamente pela descoberta do cálculo. Hoje, no entanto, o sistema de cálculo comumente usado é o de Leibniz. 

9. Newton foi nomeado cavaleiro 
Em 1705, Newton foi nomeado cavaleiro pela Rainha Ana. Naquela época, ele ficaria rico ao herdar a propriedade de sua mãe, que morreu em 1679, e também publicou dois trabalhos importantes: “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural” (chamado popularmente de “Principia”), de 1687, e “Óptica”, de 1704. Quando morreu, aos 84 anos, em 20 de março de 1727, Newton foi enterrado na Abadia de Westminster, o local de repouso de monarcas ingleses e de figuras importantes como Charles Darwin, Charles Dickens e o explorador David Livingstone. 







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