segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

7 coisas que você deveria saber sobre o Stonehenge


7 coisas que você deveria saber sobre o Stonehenge


Localizado na Planície de Salisbury, a 130 km do sudoeste de Londres, o Stonehenge, o monumento pré-histórico constituído por um grande círculo concêntrico de pedras, há muito tempo fascina tanto arqueólogos quanto o público em geral. Atualmente, o local – cuja verdadeira finalidade permanece um mistério – recebe mais de um milhão de visitantes por ano. Ainda há mais mistérios do que respostas sobre Stonehenge, mas há muitas curiosidades que você não pode perder como sua intrigantes a ligação com o mago Merlin e Charles Darwin. Veja mais abaixo:


1. O Stonehenge foi construído em fases
Por volta de 3000 a.C., foi feita uma terraplenagem circular no local, que consistia em uma vala (cavada com ferramentas feitas de chifres) com uma margem interior e exterior. Dentro dela, havia 56 buracos, que ficaram conhecidos como os Buracos de Aubrey, em homenagem ao antiquário John Aubrey, que os identificou em 1666. Arqueólogos acreditam que o Stonehenge foi um local de 150 ou mais cremações, de aproximadamente 3000 a 2300 a.C. E ele era conhecido como o maior cemitério britânico da época. Os dois tipos de pedras no centro do monumento, os sarsens grandes e as pedras azuis pequenas, chegaram ao local por volta de 2500 a.C. Depois disso, elas foram moldadas com várias técnicas para esculpir pedras e dispostas organizadamente. A fase final da construção foi um anel de poços, atualmente chamado de buracos Y, cavados em algum momento entre 1600 a.C. e 1.500 a.C. Os buracos Y circundavam outro anel de covas, chamados buracos Z, os quais, por sua vez, foram cavados em uma época mais remota e rodeavam os sarsens. Pesquisadores não sabem ao certo se os buracos Y e Z tinham alguma finalidade. Também não se sabe por quanto tempo Stonehenge foi usado depois que os buracos Y foram cavados.

2. É um mistério até hoje como algumas pedras foram parar no local 
Dentre os enigmas remanescentes sobre Stonehenge está o de como seus construtores, que tinham apenas ferramentas primitivas, conseguiram transportar todas as pedras enormes para o local. Supõe-se que as pedras sarsen, cada uma pesando uma média de 25 toneladas, foram trazidas de Marlborough Downs, cerca de 20 km ao norte. As pedras azuis, que pesam entre 2 a 5 toneladas, foram levadas ao Stonehenge de Preseli Hills, no oeste do País de Gales, a mais de 240 km de distância. Grande parte dos arqueólogos acredita que homens transportaram as pedras azuis sobre a água e a terra para o Stonehenge, embora se acredite também que essas pedras possam ter sido carregadas por geleiras. Em 2000, um grupo galês chamado Menter Preseli fez a tentativa de usar somente ferramentas e métodos da Idade da Pedra para recriar a viagem pré-histórica das pedras azuis. Eles arrastaram uma pedra azul em um trenó de madeira e depois a transportaram em um barco. Porém, vários problemas surgiram no caminho, incluindo o roubo do trenó (ele foi logo achado, mas era necessário um guindaste para removê-lo). Em seguida, a pedra, que era carregada em uma espécie de estilingue entre dois grandes barcos a remo, caiu na água e afundou (depois que mergulhadores a localizaram, ela teve que ser erguida por uma equipe de resgate). No final, o projeto acabou sendo abandonado.

3. O Stonehenge já foi leiloado 
Na Idade Média, e por alguns séculos depois, o Stonehenge era de propriedade privada. No final do século XIX, multidões de visitantes se dirigiam o local. Sir Edmund Antrobus, dono da terra, resistia aos apelos de preservacionistas para vender a propriedade ao governo britânico. No início do século XX, o filho de Antrobus colocou uma cerca em volta do monumento pré-histórico e, pela primeira vez na sua história, cobrou-se um valor de entrada para os visitantes. Enquanto isso, o exército britânico começou a estabelecer centros de treinamento na área ao redor, gerando um grande fluxo de soldados, equipamentos e aviões – inclusive, quedas destes nas proximidades. No entanto, a aprovação do Ancient Monuments Consolidation and Amendment Act (uma emenda na Lei de Consolidação aos Monumentos Antigos), em 1913, protegeu o Stonehenge, para que não fosse intencionalmente demolido. Em 1915, depois que o herdeiro da família Antrobus foi morto na Primeira Guerra Mundial, o Stonehenge foi a leilão, no qual um morador da região, Cecil Chubb, arrematou-o, em um ato de extravagância, por 6.600 libras. Três anos depois, Chubb doou o Stonehenge ao governo. E, em reconhecimento a esse feito, ele foi condecorado pelo primeiro-ministro da época, Lloyd George.



4. Há muitas teorias sobre sua finalidade
Os construtores do Stonehenge não deixaram nenhum registro em escrito, e, por isso, estudiosos (e não estudiosos) especulam, há muito tempo, o porquê de sua existência. No início do século XII, Geoffrey of Monmouth, uma das primeiras pessoas a escrever sobre o local, afirmou que ele foi erguido como um memorial para centenas de britânicos que foram massacrados pelos saxões. Segundo Geoffrey, o mago Merlin teria supostamente determinado que as pedras para o monumento fossem obtidas no Giants’ Ring, um círculo de pedras com poderes mágicos de cura, situado na Irlanda. Outra teoria, sugerida por John Aubrey e pelo arqueólogo do século XVIII William Stukeley, diz que o Stonehenge foi construído como um templo druida – e druidas atuais o veem como um local sagrado. Outra teoria, introduzida nos anos 60, afirma que o Stonehenge foi um computador astronômico usado para prever eclipses. E, em 2008, arqueólogos sugeriram que o Stonehenge era um centro de cura, uma versão pré-histórica de Lourdes, que atraía pessoas enfermas e feridas. Hoje em dia, muita gente acredita que o Stonehenge é uma plataforma de aterrissagem para antigos alienígenas, e as autoridades britânicas já ouviram relatos sobre óvnis pairando nas proximidades do famoso monumento.

5. Aglomerações de solstício de verão já foram proibidas
Iniciado em 1974, em um solstício de verão, o Stonehenge Free Festival começou como um encontro de contracultura que cresceu significativamente com o passar dos anos. Depois que dezenas de milhares de pessoas compareceram ao festival de 1984, as autoridades, preocupadas com questões como o uso de drogas, proibiram o evento para o ano seguinte. Mesmo assim, no dia 1º de junho de 1985, um enorme comboio de veículos lotado com supostos frequentadores do festival (que eram parte de um movimento chamado New Age Travellers (Viajantes da Nova Era, na tradução) seguiu em direção ao Stonehenge. A cerca de 10 quilômetros do local, a polícia parou o comboio. Relatos do que ocorreu em seguida variam: policiais alegaram que foram atacados pelos ocupantes dos veículos, enquanto aqueles que estavam no comboio disseram que a polícia arrastou várias pessoas, gratuitamente, e bateu nelas. Os Travellers fugiram para uma plantação de feijão nas proximidades, onde foram cercados pela polícia e mais violência se seguiu. Duas dúzias de pessoas foram hospitalizadas e houve várias prisões. Depois da chamada Batalha de Beanfield, as reuniões de solstício de verão no Stoenhenge foram proibidas até o ano 2000.

6. Darwin estudou minhocas lá 
Em 1877, o naturalista Charles Darwin viajou para o Stonehenge para realizar uma pesquisa sobre um assunto que há muito tempo o fascinava: minhocas. Durante sua visita, Darwin, que se interessava pelo impacto que as minhocas causavam em objetos no solo ao longo do tempo, observou como uma pedra caída no monumento se afundava mais e mais no chão como resultado da ação de criaturas inferiores, que se agitam continuamente no solo. A pesquisa de Darwin foi incluída naquele que seria seu último livro, “The Formation of Vegetable Mould Through the Action of Worms” (A Formação do Húmus Vegetal pela Ação das Minhocas, na tradução), publicado em 1881.

7. O Stonehenge é apenas um dos vários círculos de pedras pré-históricos da Grã-Bretanha
Enquanto o Stonehenge é conhecido como o mais arquitetonicamente sofisticado círculo de pedras antigo, o maior deles é Avebury, localizado 40 quilômetros ao norte de Stonehenge. Construído entre 2850 a.C. e 2200 a.C., Avebury consiste em um enorme banco circular e em uma vala que inclui um terreno com mais de 100 mil metros quadrados. Dentro desse buraco, encontra-se um círculo de pedras que engloba outros dois círculos menores. Na Idade Média, várias pedras foram derrubadas e enterradas por cristãos locais que acreditavam que aqueles eram símbolos pagãos. Depois, algumas pedras foram repartidas e usadas como materiais de construção. Nos anos 1930, o arqueólogo Alexander Keiller, herdeiro de uma fortuna, comprou o local. Keiller removeu as antigas casas de campo e edifícios agrícolas e reergueu muitas das pedras. Assim como Stonehenge, não se sabe exatamente com que finalidade Avebury era usado pelos povos antigos.



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