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sábado, 4 de fevereiro de 2023

Água da Terra pode ter sido trazida por asteroides

Água da Terra pode ter sido trazida por asteroides

Cientistas encontraram pistas da origem dos oceanos em amostras da rocha espacial Ryugu.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Mar Morto - Cientista encontram metal raro presente apenas em meteoritos

Mar Morto - Cientista encontram metal raro presente apenas em meteoritos

Pesquisadores buscam uma explicação para a presença misteriosa da alabogdanita em rochas terrestres.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Mistério na Antártida - Raro mineral marciano é encontrado no gelo

Mistério na Antártida - Raro mineral marciano é encontrado no gelo

Um grupo de cientistas encontrou na Antártida um mineral bem particular, muito raro na Terra, mas abundante em Marte. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Misterioso mineral extraterrestre é encontrado em Israel

Misterioso mineral extraterrestre é encontrado em Israel


A empresa israelense Shefa Yamin confirmou a descoberta de um mineral que até agora acreditava-se existir apenas no espaço. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Estudante encontra mineral mais raro que ouro e diamante por acidente


Estudante encontra mineral mais raro que ouro e diamante por acidente


Morgan Cox, estudante da Escola de Geologia e Ciências Planetárias da Universidade de Curtin, na Austrália, encontrou um mineral muito raro dentro de uma cratera no oeste do país. 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Cristal Animal - Geologia


Cristal Animal - Geologia


Tão antigos quanto a própria Terra, os cristais minerais carregam uma curiosa semelhança com os bichos: eles crescem. E sempre obedecendo a sete receitas básicas.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Waffle Rock raridade geological ou um resíduo de uma tecnologia de 300 milhões de anos atrás


Waffle Rock raridade geological ou um resíduo de uma tecnologia de 300 milhões de anos atrás


Uma rocha gigante na costa ocidental do Lago Jennings Randolph continua a confundir os pesquisadores e visitantes. A formação reticular enigmático impresso no lado da rocha é uma raridade geológica simples, ou o resíduo de uma tecnologia antiga. A origem da pedra remonta até 300 milhões de anos. padrão geométrico Tangled é tão bom que é difícil de acreditar que este é um fenômeno natural. Se não for uma estrutura natural, significa que a sua origem é atribuída a uma civilização antiga na posse de uma tecnologia desconhecida.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Impacto de crise da água é o mais temido por elite mundial


Impacto de crise da água é o mais temido por elite mundial

Seca na represa do Jaguari: crise da água é problema central para países emergentes (Foto: Reuters/BBC)

Pesquisa do Fórum Econômico Mundial é raramente liderada por assuntos não-econômicos.

O impacto da crise da água aparece pela primeira vez no topo da lista de riscos do Fórum Econômico Mundial, ao lado de conflitos entre Estados nacionais. Há nove anos o Fórum apresenta duas listas, elaboradas junto a 900 executivos e especialistas, com os principais riscos para o planeta nos próximos 10 anos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

1000 Léguas Subterrâneas - Geologia


1 000 LÉGUAS SUBTERRÂNEAS - Geologia


Descobrir o que existe dentro do planeta Terra é bem mais difícil do que explorar o espaço sideral. Lá embaixo a temperatura e a pressão são insuportáveis. Agora, os cientistas conseguiram fazer a viagem no único veículo capaz dessa façanha, o supercomputador.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Caverna multicolorida surpreende cientistas


Caverna multicolorida surpreende cientistas na Venezuela

Caverna de Imawarí Yeutá, descoberta na Venezuela (Foto: Divulgação/La Venta, Theraphosa/via BBC)

Formação gigante de quartzito teria 25 quilômetros de galerias, cachoeiras e lagos, além de diversas espécies evoluindo em isolamento.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mundo de Ferro e Fogo - Planetas



MUNDO DE FERRO E FOGO - Planetas




A forma dos mundos próximos do Sol - a Terra inclusive - pode ser o resultado de um colossal brilhar cósmico, cujas regras estão, agora, sendo testadas em Mercúrio

Em novembro de 1973, exatos dois anos depois da entusiasmante visita da sonda americana Mariner 9 a Marte, partiu para o espaço sua sucessora, a Mariner 10, com destino a Mercúrio. A sonda aproximou-se com cuidado: nessa região, a pouco mais de 50 milhões de quilômetros da imensa massa solar, a força gravitacional é particularmente intensa e a viagem equivale a seguir uma trilha à borda de um precipício. Nenhum acidente de percurso, porém, perturbou a sonda, que em pelo menos três ocasiões conseguiu sobrevoar de perto o pequeno astro, o suficiente para ver o desolado cenário de luz intensa e sombra profunda, característico de sua superfície. 

Muito pouco se sabia sobre o tipo de mundo gerado nas condições excepcionais de Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, o mais denso de todos e o menor, depois do longínqüo Plutão. O sucesso da expedição, em vista disso, consistiu em reunir, pela primeira vez, peças importantes de um quebra-cabeças ainda hoje não solucionado. Em poucas palavras, trata-se de descobrir as leis que governam o nascimento dos quatro planetas ditos de tipo terrestre: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Situados entre o Sol e o cinturão de asteróides, esses mundos diferenciam-se dos outros por serem quase inteiramente constituídos de  partes sólidas, com exceção dos mares e da atmosfera. Em contraposição, os corpos externos, além de Júpiter, são gigantescas esferas gasosas, dotadas de um núcleo sólido relativamente pequeno. 

Em seu grupo, Mercúrio destaca-se por conter mais ferro que qualquer outro mundo. Sua superfície, de fato, é pouco mais que um glacê de bolo - uma fina camada de minerais rochosos, abaixo da qual há um amálgama de ferro equivalente a dois terços da massa total do planeta. Em comparação, a Terra contém dois terços de rochas e apenas um terço daquele metal, receita essa seguida de perto por todos os outros membros do grupo. Não há explicação para essa composição especial e, duas décadas após o vôo da Mariner, sua importância cresceu a ponto de incentivar idéias mirabolantes.Como a das colisões colossais entre os mundos, cujos resultados estão longe de ser conclusivos, mas constituem uma maneira inteiramente nova de investigar o passado. Sua estratégia, traçada há cerca de cinco anos pelo pesquisador George Wetherill, do Instituto Carnegie, de Washington, Estados Unidos, consiste em simular, em computador, o que acontece quando 10 bilhões de planetóides, de apenas alguns quilômetros de diâmetro, reúnem-se num vórtice à volta do Sol. Seriam embriões de planetas, a matéria-prima com a qual modelou-se o sistema solar.Num primeiro momento, a despeito de serem repetidas as colisões entre esses corpos, elas ocorrem a baixa velocidade e por isso não são destrutivas. Em vez disso, tendem a soldar os pequenos corpos entre si, fazendo-os tomar a dimensão de verdadeiros planetas. Apenas então, a grande massa dos corpos faz com que eles se atraiam com força considerável, o que leva a muitas colisões violentas e destrutivas. Depois de muitos cálculos, o computador apresentou um curioso veredicto. Durante a gênese eletrônica, surgem dois mundos que bem poderiam ser a Terra e Vênus, pois têm a massa e a posição adequadas-comparáveis à massa e à posição dos planetas reais.Em compensação, de acordo com os cálculos o sistema solar poderia conter pelo menos catorze planetas com características análogas às de Marte e Mercúrio (vinte vezes mais leve que a Terra). E isso, pelo menos por enquanto, encerra as possibilidades de análise por computador, isto é, não adianta prosseguir com os cálculos, pois há um equilíbrio entre colisões destrutivas e construtivas e o aspecto do sistema solar já não se altera com o tempo. Apesar disso, imagina-se que as colisões, de alguma forma, tenham prosseguido, no passado. Nesse caso, é possível avançar mais um pouco na investigação-e verificar, por exemplo, se um planeta predominantemente rochoso poderia acabar perdendo os minerais mais leves. O computador, portanto, foi novamente acionado, desta vez para estudar um choque entre dois dos corpos semelhantes a Mercúrio, gerados pela simulação anterior. Com o detalhe de que ambos seriam compostos principalmente por rochas, no início. 

Para alegria dos pesquisadores, depois de feitas todas as contas, restou da catástrofe um único mundo de ferro, tal como o verdadeiro Mercúrio. De acordo com os defensores dessa teoria ela tem a vantagem de propiciar uma grande interação entre os corpos primitivos do sistema solar, já que as colisões misturam os ingredientes dos quais eles são leitos. Nas teorias mais convencionais, em vez disso, a força dominante é o calor do Sol.As rochas de Mercúrio por exemplo, podem ter sido simplesmente vaporizadas pelo tórrido hálito solar. Sua temperatura, atualmente já é extremamente alta-supera os 400 graus Celsius, o bastante para liquefazer o chumbo. Imagine-se, então, o que leria ocorrido no passado, quando a energia térmica à sua volta media-se na escala dos 3000 graus. Alguns cientistas propõem que tal fluxo de calor tenha sido capaz de desbastar as camadas mais superficiais do planeta, que conseguiu reter apenas certos metais, a exemplo do ferro, e os agregados mais densos de rocha.Seja como for, no estágio atual dos conhecimentos, nenhuma teoria pode explicar todas as particularidades de Mercúrio. Uma das mais intrigantes é seu forte campo magnético, descoberto pela Mariner 10. Pode-se entender o problema por meio de uma comparação com a Terra, cujo núcleo é formado por uma grande esfera de metal fluído, permeado de partículas eletrizadas. Nesse caso, a rotação desse material subterrâneo acaba gerando uma espécie de bobina ou eletroímã gigante. São essas bobinas que geram o campo magnético terrestre, conhecido desde a Antiguidade por sua ação sobre as bússolas. Em Mercúrio, no entanto, as coisas não são tão simples, pois ele não parece contar com um núcleo metálico fundido.Se esse núcleo existisse, seu calor deveria escapar gradualmente do interior do planeta Mas a energia emitida por Mercúrio consiste, simplesmente, em energia captada do Sol e devolvida para o espaço. Essa, pelo menos, é a conclusão dos astrônomos Jack Burns e Michael Ledblow, da Universidade do Estado do Novo México, Estados Unidos. Suas imagens mostram também dois intrigantes focos de calor na superfície do planeta-manchas de alta temperatura, circunscritas a duas regiões diametralmente opostas. Sua causa pode ser o esdrúxulo movimento orbital de Mercúrio, cujo dia é quase tão longo quanto o ano, pois completa seu giro em torno do Sol em apenas 88 dias terrestres, mas dá uma volta em torno de si mesmo num período equivalente a sessenta dias terrestres. O resultado é que, durante toda a primeira metade do ano, o planeta expões ao Sol apenas uma de suas faces, que fica superaquecida. Depois, é a vez da outra face, e assim por diante. Em vista disso, o solo mercuriano é um fenômeno à parte.À noite, depois de tantos dias mergulhado na escuridão, o termômetro cai para 40 graus negativos, mas, a 1 metro abaixo da superfície, ainda alcança 40 graus positivos. É difícil imaginar os fenômenos que tais condições podem gerar, mas os cientistas começam a desvelar os primeiros detalhes. É admirável, por exemplo, que a baixa gravidade mercuriana possa reter atmosfera, inclusive porque os gases aquecidos têm mais força para escapar.No entanto, os dados da Mariner 10 já haviam denunciado, pelo menos, uma levíssima brisa sobre o solo ardente, composta de hidrogênio, oxigênio e hélio. Agora, há sinais também de sódio e potássio, substâncias que, na Terra, formam minerais sólidos. É o caso do cloreto de sódio, ou sal de cozinha. Em Mercúrio, porém, esses minerais esfumam- se em vapores, talvez em virtude do forte magnetismo concentrado nas regiões polares. Infelizmente, não há viagens programadas para Mercúrio, em futuro próximo. Isso faz pensar que ainda será preciso esperar bastante tempo até que se tenha uma idéia mais aproximada sobre o pequeno recanto do Cosmo onde o homem surgiu e vive. 

Infância Atribulada

Quase vinte vezes mais leve que a Terra, Mercúrio pode nunca ter acumulado grande quantidade de massa . Mas pode ter perdido parte de sua massa original na infância. Teoriza-se que as rochas superficiais teriam sido vaporizadas  pelo vento solar, que então soprava a uma temperatura de 3 000 C. Uma teoria alternativa diz que a perda ocorreu durante fenomenal colisão 


Piruetas no espaço curvo

Por estar muito perto da vasta massa solar, Mercúrio sofre um pequeno mas significativo desvio nas curvas do espaço, previsto pelo alemão Albert Einstein. Tornou-se, assim, o seu primeiro teste da Teoria da Relatividade. Einstein conta que cambaleou ao aplicar suas equações a um fenômeno real e obter um número bem próximo do efetivamente observado. O problema é que os planetas seguem um trajeto fixo no espaço - sua órbita, que tem a forma de uma elipse. Mas a órbita de Mercúrio muda com o tempo - seu ponto mais próximo do Sol gira lentamente, a uma taxa aproximada de 100 quilômetros por ano. Como a órbita completa mede 350 milhões de quilômetros, tem-se uma idéia de quanto o desvio é pequeno.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Beleza Pura - Geologia

BELEZA PURA - Geologia



Poucas coisas são tão perfeitas no mundo como os cristais as obras-primas que a natureza leva centenas de milhares de anos para produzir. Suas formas, cores e combinações parecem
não ter fim.

A variedade de formas, tamanhos e cores faz dos cristais um dos mais raros e belos espetáculos da natureza - especialmente quando se encontram vários de um mesmo mineral ou de minerais diversos agrupados. Componentes naturais da crosta terrestre, os minerais têm estrutura cristalina e composição química definidas. Essa estrutura nada mais é que a forma como se arranjam os átomos dos diversos elementos que formam um mineral. Por isso, ela tem influência decisiva na determinação das propriedades físicas e químicas de cada um deles.
Bons exemplos são a grafite e o diamante: ambos constituídos de carbono puro, possuem no entanto estruturas cristalinas diferentes. A primeira é um mineral comum encontrado nas rochas que se formam usualmente na parte superior da crosta terrestre; nela, os átomos de carbono se dispõem em planos de anéis de seis faces. Já o diamante, muito raro, forma-se nas profundezas da crosta, em rochas vulcânicas muito especiais, onde a pressão e a temperatura são muito altas. Por isso, seus átomos de carbono constituem uma estrutura muito mais compacta, em forma de pirâmide de quatro faces iguais. Com estruturas tão diferentes, não é de estranhar que as propriedades físicas de grafites e diamantes também sejam diferentes.
Enquanto a grafite é mole, cinzenta, opaca e leve - sua densidade é de apenas 2,1 gramas por centímetro cúbico -, o diamante é incolor, duro (é o material mais duro que se conhece), transparente e denso -3,5 g/cm3 - e provoca intensa dispersão da luz que o atravessa. Quando a estrutura cristalina dos minerais se reflete externamente nas pedras, com faces planas e simetricamente distribuídas, é chamada de cristal. A natureza leva centenas de milhares de anos para fazer um cristal. Mas a tecnologia permite fabricá-lo em laboratórios, ou mesmo em casa, em questão de um mês.
A experiência pode ser feita usando-se o sulfato de cobre, dissolvido e deixado num recipiente com água. Esta começa a evaporar lentamente. A concentração do sulfato aumenta até atingir o limite máximo de saturação à temperatura ambiente. Então, o produto começa a se depositar no fundo do recipiente já em forma sólida. Como a evaporação prossegue, os átomos de cobre, enxofre e oxigênio vão ocupando seus lugares na estrutura cristalina. Ao fim dessa alquimia, surgem no fundo do recipiente inúmeros cristaizinhos de faces externas planas, que só param de crescer quando a água se evapora por completo.
Outro processo permite fabricar um único e grande cristal. Basta pendurar por um fio um pequeno cristal de sulfato de cobre num recipiente e ele servirá como gérmen. À medida que a solução no recipiente chega ao ponto de saturação, tem início a cristalização. Sobre o cristalzinho se depositam átomos de cobre, enxofre e oxigênio e ele começa a crescer. Daí resulta um cristal grande em forma de prisma oblíquo, cuja base é um paralelogramo intensamente azul. Mas não será certamente tão belo quanto os que a natureza se esmera em produzir.
O processo natural é semelhante ao doméstico, mas as condições são muito mais severas. Por um longo período, massas enormes de magma - rochas em estado de fusão que constituem a grande parte da massa da Terra - rompem outras rochas que estão na base da crosta, provocando nelas intensa deformação e fraturas. As frações mais leves do magma - que contêm maiores quantidades de elementos químicos leves, água superaquecida a temperaturas de até 300 graus e gases - se concentram na periferia das rochas magmáticas e penetram nas fraturas das rochas adjacentes, a temperatura é mais fria. É assim que os minerais começam a se formar.
À medida que vão diminuindo, devido ao contato com as paredes mais frias das fraturas das rochas, os sais contidos na água passam a se depositar ordenadamente, formando cristais, como na experiência doméstica. Mas na natureza os recipientes são as fendas de algumas centenas de metros de comprimento que se abrem nas rochas. Com freqüência ocorrem mudanças na composição química das soluções que atravessam as fraturas; isso permite que minerais diferentes se cristalizem sobre outros já formados.
Tais soluções carregam impurezas que se alojam em pequenas quantidades na estrutura cristalina dos minerais. São elas que dão a um mesmo cristal cores diferentes ou as tonalidades tão diversas que encantam os olhos. Onde quer que sejam encontrados, os minerais apresentam a mesma estrutura cristalina. Da mesma forma, os cristais deles derivados têm a mesma simetria. O quartzo, por exemplo, cristaliza-se sempre sob a forma de prismas de base hexagonal - de seis lados - que terminam na combinação de dois cubos deformados (romboedros), assemelhados a uma pirâmide de seis faces. As proporções podem mudar, mas a simetria é invariavelmente a mesma.
Já o topázio se cristaliza sob a forma de prismas de base losangular - de quatro lados -, que terminam com faces de pirâmides de diferentes inclinações. A água-marinha e a esmeralda, variedades de berilo, formam prismas hexagonais que terminam normalmente em pequenas faces de pirâmides truncadas por outra face plana perpendicular ao prisma. No caso da turmalina, os prismas que se formam têm base triangular que terminam em pirâmides. As dimensões dos cristais variam muito. Os diamantes, por exemplo, medem normalmente poucos milímetros, enquanto os cristais de quartzo freqüentemente ultrapassam 1 metro de comprimento. Existem cerca de 3 mil espécies conhecidas de minerais, e a variedade de formas, cores e combinações dos cristais deles derivados parece infinita.

De Minas para o mundo

Uma das mais fantásticas e importantes coleções de cristais do mundo pode ser vista no Museu Nacional de História Natural da França, em Paris. São 78 peças gigantes cuja idade varia entre 200 milhões e 1 bilhão de anos e cujo peso oscila entre 200 quilos e 4 toneladas. Têm em comum uma característica: são, todas, pedras de quartzo brasileiro. A coleção começou a ser montada em 1957, quando o comerciante de gemas Ilia Deleff, búlgaro de nascimento, esteve pela primeira vez no Brasil. Na década de 70, Deleff foi viver em Governador Valadares, Minas Gerais, onde Henri-Jean Schubnel, conservador de Mineralogia do museu francês, descobriu a preciosa coleção.
Schubnel não sossegou enquanto não convenceu o governo francês a comprar as pedras guardadas em Minas. Mas oito anos se passaram até que, em 1982, o presidente Fançois Mitterrand liberou os recursos para a transação. Não se sabe quanto a França pagou: os museus do governo jamais revelam o custo de suas aquisições. Deleff, que divide seus dias entre o Brasil e a França, diz que tentou em vão vender sua coleção a instituições brasileiras. Mas, como elas não demonstraram interesse, acabou por negociar com os franceses. Segundo ele, também museus britânicos, japoneses e americanos pretenderam comprar as pedras. O interesse se explica: a boa qualidade da cristalização e a perfeição das formas que caracterizam esses cristais não se encontram em nenhuma outra coleção.

A cura pelas pedras

Uma corrente com um pequeno cristal pendurado no pescoço ou um anel de ametista no dedo podem significar mais que meros enfeites. Os adeptos da New Age - última moda em esoterismo nos Estados Unidos - acreditam que os cristais têm poderes curativos. A papisa dessa seita é a atriz Shirley MacLaine, 53 anos. Eles recorrem às pedras para combater uma variedade de mazelas, de insônia a má digestão. Há quem ache que isso funciona. O técnico em Mineralogia Edson Roberto Endrigo, 21 anos, conta que, ao participar no ano passado de uma exposição de pedras, em Pasadena, Califórnia, teve um acesso de sinusite acompanhada de enxaqueca. Um negociante de cristais que ali estava se ofereceu para curá-lo, passando um quartzo incolor em torno dos ombros e da cabeça de Edson. "Três minutos depois, eu não sentia mais nada", ele jura.
Os fãs da New Age incluem tanto os apreciadores dos hexagramas do I Ching ou das cartas do tarô quanto os crentes em discos voadores e nos poderes dos cristais. Os iniciados dizem que um quartzo dentro de um aquário torna os peixes mais limpos e brilhantes. Perto de um vaso, faria as plantas crescer mais depressa. Os partidários da cristaloterapia acreditam que tudo isso se explica pela transmissão de energia contida nas pedras. Como toda crendice sempre gera um próspero comércio, existem nos Estados Unidos institutos que prometem literalmente vida nova a seus pacientes por meio de cristais. É o caso de um certo Instituto de Concentração do Cristal, no Estado do Novo México, que cobra a bagatela de 1500 dólares (110 mil cruzados ao câmbio oficial do início de janeiro) por uma semana de "tratamento", numa aprazível praia do Havaí.