segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Quem foi Jack, o Estripador? Conheça as 6 principais teorias


Quem foi Jack, o Estripador Conheça as 6 principais teorias


A investigação em torno de Jack, o Estripador, o lendário serial killer que assassinou pelo menos cinco mulheres no distrito de Whitechapel, em Londres, durante o outono de 1888, está encerrada desde 1892. No entanto, historiadores, criminologistas e detetives amadores continuam à procura de sua verdadeira identidade, contribuindo para uma longa lista de candidatos que parece crescer a cada ano. 


1. Carl Feigenbaum
Segundo uma hipótese criada por um detetive inglês aposentado, Jack era um marinheiro alemão chamado Carl Feigenbaum, que foi executado pelo assassinato de uma mulher nova-iorquina em 1894. O detetive, Trevor Marriott, um ex-membro do esquadrão de homicídios, aponta para o fato de duas docas mercantes estarem em operação nas proximidades de Whitechapel – e que os homens que passavam por elas eram conhecidos por frequentar os bordéis locais (acredita-se que o estripador tinha as prostitutas como alvo). Ele também encontrou semelhanças notáveis entre os crimes de Jack, o Estripador e o assassinato de Juliana Hoffman, a suposta vítima de Feigenbaum, que aconteceu seis anos depois. 

Pesquisas de arquivo revelaram que Feigenbaum, que tinha uma série de pseudônimos, era um marinheiro mercante da Norddeutsche Line, a qual possuía navios que tinham sido ancorados perto de Whitechappel em todas as datas dos cinco assassinatos. Marriott também descobriu que o advogado de defesa de Feigenbaum tinha chegado a conclusões parecidas há mais de um século, dizendo aos jornais que o seu cliente admitiu ser um serial killer e que ele conseguia imaginá-lo em na matança em Whitechapel. 

2. Príncipe Alberto Vitor
Um dos mais intrigantes – e sensacionais – candidatos ao legado sombrio de Jack, o Estripador, é o príncipe Alberto Vitor, filho do rei Eduardo VII e neto da rainha Vitória. Conhecido por sua família como Eddy, o príncipe era o segundo na linha de sucessão ao trono quando morreu de gripe aos 28 anos. Em 1970, o médico britânico Thomas Stowell publicou um artigo sugerindo que Eddy teria cometido os crimes durante acessos de loucura, causados pelo estágio avançado de sífilis. 

Essa afirmação, bastante duvidosa, tomou de assalto a imprensa internacional, e alguns teóricos da conspiração contemporâneos continuam a estudar a possibilidade de o homem que seria o futuro rei ter sido o serial killer mais famoso da história. No entanto, registros oficiais, notícias de jornal e outras fontes dão fortes indícios de que o príncipe estava longe de Whitechapel quando ocorreram os assassinatos.

3. Montague John Druitt
Em 9 de novembro de 1888, sete semanas após o quinto e último assassinato, esse advogado formado em Oxford foi encontrado boiando no rio Tâmisa, e com os bolsos cheios de pedras. Investigadores concluíram que a causa da morte foi o suicídio e que o corpo estaria no fundo do rio por várias semanas. Druitt sofreu uma série de problemas pessoais durante a década de 1880, incluindo a demissão de um cargo como professor em um colégio interno (o que alguns autores modernos interpretam como uma prova de sua homossexualidade enrustida), a morte de seu pai e a internação de sua mãe por uma doença mental. Embora nenhuma evidência o conecte aos assassinatos do Estripador, o fato de a carnificina ter acabado logo após a sua morte foi o suficiente para o detetive londrino Melville Leslie Macnaghten listar Druitt como um dos três principais suspeitos em seu relatório de 1894 sobre o caso. 




4. Walter Sickert
Nascido na Alemanha, em 1860, e criado na Inglaterra, Sickert se tornou um pintor impressionista muito respeitado, que ajudou a transformar a cena artística britânica. No início da década de 1900, ele criou um furor com suas representações sugestivas de prostitutas nuas ao lado de seus clientes vestidos, incluindo um quadro no qual o homem tem suas mãos em torno do pescoço da mulher. Ele ficou fascinado com o caso de Jack, o Estripador, sobretudo quando alugou um quarto no qual sua proprietária acreditava que o assassino teria vivido; a experiência o inspirou a pintar o assustador “Jack the Ripper’s Bedroom” (O Quarto de Jack, o Estripador, na tradução), por volta de 1907. 

Apesar de não ter sido a primeira pessoa a sugerir uma ligação entre o artista subversivo e o assassino de Whitechapel, a romancista policial americana Patricia Cornwell se tornou sua principal defensora, quando publicou seu livro de 2002, “Retrato de um Assassino – Jack, o Estripador: Caso Encerrado”. Nele, Cornwell descreve como ela e uma equipe de especialistas utilizou técnicas forenses e modernas de investigação para chegar à conclusão da culpa inegável de Sickert, analisando seus quadros e comparando seu DNA com amostras encontradas em várias das inúmeras cartas enviadas à polícia e assinadas “Jack, o Estripador” durante e após a onda de assassinatos. Muitos especialistas em Jack, o Estripador têm rejeitado com veemência suas afirmações, argumentando que muitas dessas cartas são farsas conhecidas e que Sickert estava provavelmente na França quando ocorreram os assassinatos. 

5. Robert Mann
Em 2009, o historiador britânico Mei Trow anunciou que, com a ajuda de técnicas forenses modernas e perfilização psicológica, havia, finalmente, desvendado o mistério da identidade de Jack, o Estripador. E Trow apontou para Robert Mann, um funcionário do necrotério de Whitechapel, onde as vítimas eram levadas e examinadas. Com base no modo em que ele mutilou sua presa, há muito tempo especialistas especulam que Jack tivesse algum conhecimento de anatomia. 

Criminologistas atuais também acreditam que ele teve uma infância difícil e tenha vindo de uma classe social mais baixa – uma quebra paradigmática em relação à imagem clássica do perseguidor noturno de alta classe usando uma capa e um chapéu alto. O cinquentão Mann, que passou parte de sua infância em um abrigo e trabalhava com cadáveres diariamente, parece se encaixar no perfil. E, de acordo com o inquérito sobre o assassinato de Polly Nichols, a primeira vítima conhecida do Estripador, Mann tomou o procedimento desnecessário de despi-la no necrotério; na visão de Trow, ele fez isso para admirar seu próprio trabalho. 

6. Jill, a Estripadora
Ao longo dos anos, várias pessoas, incluindo o escritor Arthur Conan Doyle, brincaram com a ideia de que Jack, o Estripador não era um homem sanguinário, mas uma femme fatale – literalmente. A única suspeita feminina considerada pelos detetives que investigaram o caso foi Mary Pearcey, uma inglesa que, em 1890, foi executada por ter assassinado a mulher e o filho de seu amante com uma faca. Em 2006, um estudo feito pelo cientista australiano Ian Findlay chegou a resultados surpreendentes e que deram crédito à teoria de Jill, a Estripadora. 

Findlay viajou a Londres para coletar a saliva de uma seleção de cartas de Jack, o Estripador que os especialistas acreditam serem autênticas. Ele, então, extraiu o DNA das amostras e utilizou uma tecnologia de ponta para criar um perfil parcial. Embora as descobertas estivessem longe de serem conclusivas, elas sugeriram que era bem provável de o remetente ser uma mulher. 




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