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segunda-feira, 10 de julho de 2023

Robô diz na ONU que Inteligência Artificial pode governar o mundo melhor do que os humanos

Robô diz na ONU que Inteligência Artificial pode governar o mundo melhor do que os humanos

A mesma humanoide já havia causado espanto há alguns anos ao afirmar que iria destruir a humanidade.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Bill Gates doa valor recorde de 8,3 bilhões de dólares para programas humanitários

Bill Gates doa valor recorde de 8,3 bilhões de dólares para programas humanitários

Por meio de sua fundação, o bilionário pretende financiar projetos de democratização da saúde e educação.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Bill Gates doará sua fortuna e 'sairá da lista dos mais ricos do mundo'

Bill Gates doará sua fortuna e 'sairá da lista dos mais ricos do mundo'

Com um patrimônio avaliado em 118 bilhões de dólares, o fundador da Microsoft declarou que devolver recursos à sociedade é sua obrigação.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Agricultor encontra diamante avaliado em R$ 450 mil em lavoura na Índia

Agricultor encontra diamante avaliado em R$ 450 mil em lavoura na Índia

O agricultor Lakhan Yadav tirou a sorte grande enquanto trabalhava em sua lavoura em Madhya Pradesh, na Índia. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Experimento revela que os cães nascem prontos para nos entender

Experimento revela que os cães nascem prontos para nos entender

A boa comunicação entre cães e humanos é fruto dos milhões de anos de convivência e parceria entre as duas espécies. 

segunda-feira, 18 de maio de 2020

51 anos da internet - Como a rede mundial de computadores transformou o mundo

51 anos da internet - Como a rede mundial de computadores transformou o mundo


Criada em 1969, a internet continua a trazer cada vez mais possibilidades para a educação, o empreendedorismo e o voluntariado

sábado, 3 de agosto de 2019

EXPOSIÇÃO LONGEVIDADE – Os caminhos para viver mais e melhor traz reflexão sobre transformações da sociedade

EXPOSIÇÃO LONGEVIDADE – Os caminhos para viver mais e melhor traz reflexão sobre transformações da sociedade

Brinquedo popular na década de 1980 será uma das referências da 
exposição ao tratar das diferentes gerações 

Mostra com entrada gratuita oferece atividades interativas que trazem provocações sobre como escolhas de hoje impactam no futuro

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Unesp disponibiliza livros para download gratuito


Unesp disponibiliza livros para download gratuito


Coleção digital é lançada e abrange diversas áreas do conhecimento; confira

sábado, 4 de março de 2017

Sim elas existem - 4 sociedades onde a criminalidade é quase zero


Sim elas existem -  4 sociedades onde a criminalidade é quase zero

Entenda como algumas sociedades nunca conheceram palavras como guerra, estupro e cadeia!

Embora sejam casos isolados pelo mundo, as sociedades matriarcais – aquelas que são comandadas por mulheres – têm algo a ensinar ao mundo: na maioria delas, a criminalidade é zero, a distinção de gênero é baixa e o senso de coletividade é surpreendente. 

domingo, 25 de setembro de 2016

Cursos OnLine - 27 Grátis - VEDUCA


Cursos OnLine - 27 Grátis - VEDUCA

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Confira 27 cursos da USP para fazer online e totalmente de graça.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A Revolução de Piaget - Educação


A REVOLUÇÃO DE PIAGET - Educação


As crianças escolhem "solidariedade" como tema da lição, montam um circo com material reciclado e a professora coordena. Parece uma festa, mas não é. É uma sala de aula inspirada pelas teorias de Jean Piaget, o criador do aprendizado prazeroso e gradual. As idéias do mestre, cujos cem anos de nascimento se comemoram este mês, mudaram nossa vida.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

16 Documentários Indicados - Abril de 2014


16 Documentários Indicados - Abril de 2014



Documentário / Diversos
Nome Original: Star Trek: Secrets Of The Universe
País: EUA
Ano: 2013
Cor: Colorido
Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais
Seria possível construir nossa própria nave Enterprise? Poderíamos viajar entre as estrelas tão facilmente como o fazem em Star Trek? Neste especial, vamos aos bastidores do novo filme de JJ Abrams, Além da Escuridão - Star Trek, tanto no set de filmagem, como também investigando a incrível ciência dos exoplanetas, a física do impulso warp e as ideias sobre como poderíamos viver um dia em um universo igual ao que vemos em Star Trek.



Documentário / Diversos
Nome Original: Ww2 From Space
Ano: 2012
Cor: Colorido
Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais.
Neste especial de duas horas, veremos os principais momentos da Segunda Guerra Mundial como nunca antes. Com tecnologia de satélite e animações computadorizadas.



Documentário / Diversos
Ano: 2012
Cor: Colorido
Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais
Formada há mais de 4,6 milhões de anos, a Terra acumula grandes riquezas, desde a madeira ao gado, passando pelo ouro. Em conjunto, esses recursos construíram nossas grandes civilizações. Mas, e se pudéssemos explorar o planeta, contando cada árvore e cada pepita de ouro na Terra, fazendo o maior inventário já realizado? Este especial vai colocar um preço em tudo o que o mundo tem para oferecer, dar uma visão do muito que temos usado ao longo da história humana e quanto ainda resta, para revelar o valor absoluto da Terra.



Documentário / Diversos
Nome Original: Lost Magic Decoded
Cor: Colorido
Classificação: Programa livre
O mestre ilusionista Steve Cohen segue as pistas, decodifica e ressuscita alguns dos efeitos mágicos mais emocionantes e assustadores já vistos. A Magia tem uma história secreta e foi preciso Cohen para se ter acesso a encantamentos antigos, bruxaria, segredos e aparatos que tiveram impacto sobre o público por séculos. Estes segredos podem de alguma forma ser redescobertos? Podem emocionar e surpreender o público de hoje como fizeram antes? Explore os mistérios de como esses efeitos lendários foram influenciadas pelo seu tempo, e até mesmo como as ilusões mudaram o curso da história. Steve Cohen descobre que há muito mais na magia do que parece.



Você já se perguntou quantas pessoas são necessárias para se fazer uma garrafa de Whisky, um baralho ou fogos de artificio...



Documentário / Diversos
Nome Original: 101 Objects That Changed The World
Cor: Colorido
Classificação: Programa livre
Nossa vida é tão cheia de coisas hoje em dia, que é muito fácil não lhes dar a devida importância. Mas quando o destino e a história se combinam, até o objeto mais simples ganha relevância histórica.



Documentário / Diversos
Nome Original: 101 Fast Foods That Changed The World
Cor: Colorido
Classificação: Programa livre
Não importam as fronteiras, a cultura nem o tempo, a comida é uma das coisas que as pessoas têm em comum. Do homem das cavernas à era espacial gostamos das comidas que possam ser levadas.



Documentário / Diversos
Nome Original: 101 Weapons That Changed The World
Ano: 2012
Cor: Colorido
Classificação: Programa livre
Da catapulta à tecnologia stealth, as armas mais básicas e as mais complexas parecem ter mudado o curso da história, e com elas nosso mundo. Os seres humanos se tornaram os mais perigosos depredadores da história, em sua sede de alimentar e expandir impérios.






Documentário / Diversos
Cor: Colorido
Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais.
James convence um grupo de londrinos que pode destruir um caminhão-tanque usando telecinese. Ben e Billy entram em um restaurante portando câmeras secretas. Wayne pula de bungee jump, usando uma corda e dois livros.



Documentário / Diversos
Nome Original: Dynamo: Magician Impossible: Season 2 - Ep. 01
País: Reino Unido
Ano: 2012
Cor: Colorido
Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais.
Um menino comum de Bradford que teve uma vida extraordinária. Assim como seu avô, Dynamo cresceu praticando truques com cartas e desenvolvendo grande habilidade para mágicas. Veja o jovem de 28 anos dando a volta ao mundo e impressionando a todos.



Séries / Cultural
Nome Original: Tear Down These Walls: Season 1
Cor: Colorido
Classificação: Programa livre
Os anos 80 não foram apenas a década em que a ganância era algo bom, mas também um marco para o início de uma aliança forte entre caridade e celebridades. Pela primeira vez, temos grandes eventos repletos de estrelas para lidar com a crise e a pobreza em todo o mundo.



Documentário / Diversos
Ano: 2010
Cor: Colorido
Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais
Esta fascinante série de documentários conta histórias reais de pessoas que encontraram a morte da forma mais inesperada. Algumas morreram tragicamente e outras acidentalmente mas todas ficaram com a explicação do que aconteceu registrada nos seus corpos. Ao combinar reconstituições dramatizadas opiniões de especialistas e a mais nova tecnologia em gráficos 3D MIL FORMAS DE MORRER mergulha na ciência forense para resgatar essas histórias.



Documentário / Diversos
Cor: Colorido
Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais.
Como é possível transportar milhões de dólares em espécie? Como são fabricadas varas da era espacial para pescar peixes enormes? Como se produz o som inesquecível das Highlands escocesas?



Documentário / Diversos
Cor: Colorido
Classificação: Programa livre
Durante o dia, Joel luta na Marinha dos EUA. Porém, em seu tempo livre, ele é um expoente do Silat, uma arte marcial malaia. Acompanharemos a jornada de Joel conforme ele luta para buscar o reconhecimento na arte que ele devotou 14 anos de sua vida.



Documentário / Diversos
Nome Original: Brazilian Bigfoot: Season 2
Ano: 2012
Cor: Colorido
Classificação: Programa livre
Por muito tempo, histórias de uma criatura chamada mapinguarí foram passadas de geração em geração nos povoados do Amazonas. A criatura é descrita como uma fera alta e desgrenhada, que ataca produzindo um rugido ensurdecedor. Na maior selva úmida tropical do mundo, são descobertas novas espécies com frequência e, depois de ouvir as histórias de aldeões que afirmam terem encontrado a criatura, Richard decide determinar se o mapinguarí é mais do que um mito.



Nome Original: MythBusters: Season 7
País: EUA
Cor: Colorido
Classificação: Programa permitido para menores acompanhados dos pais
Neste episódio de Mythbusters, Adam e Jamie enfrentam uma odisseia para tentar recriar uma metralhadora de flechas. Já Kari, Grant e Tory testam um mito perigoso ao volante.






sábado, 18 de janeiro de 2014

Ciência fora da sala de aula - Educação


CIÊNCIA FORA DA SALA DE AULA - Educação


Vale tudo para mostrar que a ciência é menos complicada e menos "séria" do que parece: desde programas de televisão, exposições na universidade, até espetáculos para cativar o público que sai para passear aos domingos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Salas de Aula Eletrônicas - Informática


SALAS DE AULA ELETRÔNICAS - Informática



Veteranos nas escolas, onde não provocaram a revolução prometida, os microcomputadores se unem agora à televisão e ao disco laser, apontando novos caminhos para o ensino do futuro.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Criatividade se Aprende na Escola - Educação


CRIATIVIDADE SE APRENDE NA ESCOLA - Educação



Instalada há doze anos num prédio do centro histórico de Roma, a S3 Studium ensina seus alunos a serem criativos e os prepara para enfrentar, com sucesso, as necessidades de um mercado de trabalho cada vez mais exigente.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Por favor, leia este texto - Comportamento

POR FAVOR, LEIA ESTE TEXTO - Comportamento



Desculpe a pergunta, mas onde ficam as boas maneiras no mundo de hoje?

Uma pesquisa de opinião realizada em fins do ano passado junto a 2 mil entrevistados do Rio de Janeiro e de São Paulo revelou que os brasileiros dessas duas capitais tendem a guardar dentro de si um forte senti-mento saudosista. De fato, muita gente parece acredi-tar que se vivia melhor décadas atrás-e um dos motivos dessa suposta qualidade superior de vida seria o bom trato então vigente entre as pessoas. "Hoje se convive com o próximo na base da cotovelada", atesta o ator Mário Lago, ecoando um ponto de vista de tal forma compartilhado nos dias que correm que dis-pensa pesquisas sofisticadas para ser aferido.
Um advogado do diabo de maus bofes talvez se sentisse tentado a invocar a idade de Lago - 76 anos-para reduzir a pó seu diagnóstico a golpes desrespeitosos de "isso é coisa de velho". Só que não é: brasileiras e brasileiros das mais diversas condições e idades, entre uma cotovelada e outra, assinam embaixo da teoria segundo a qual no tur-bilhão das grandes cidades não sobra cabeça, nem lugar, nem tempo, nem mesmo dinheiro, para que se possa praticar como exercício diário o mandamento "respeitai-vos uns aos outros". E não faltará quem se pergunte-na improvável hipótese de parar para pensar no assunto, que serventia podem ter as chamadas boas maneiras no mundo atual.
Não seriam elas um anacronismo com cheiro de naftalina, algo como uma cartola ou um par de anáguas na era do jeans-e-tênis? A própria expressão boas maneiras soa maneirismos, ademanes, rapapés, salamaleques-em suma, frescuras de tempos idos com perdão da má palavra. Essa, porém, é apenas a primeira de uma longa lista de confusões e mal-entendidos que desfiguram a questão e favorecem o mau comportamento. E comum colocar no mesmo saco boas maneiras e rituais de etiqueta-como se tratar bem o próximo e saber qual o talher apropriado para comer peixe fossem rigorosamente a mesma coisa. Na realidade, há um mundo de diferenças.
O que se chama etiqueta e um conjunto de cerimoniais surgido na Europa há uns cinco séculos para pôr as pessoas nos seus devidos lugares, ou seja, para mostrar quem era nobre e quem era plebeu. Já as boas maneiras são formas de agir que lubrificam o convívio em sociedade ao permitir que as pessoas se entendam, independentemente de quaisquer diferenças entre elas. Não foi por outra razão que se desenvolveram de mãos dadas com o aumento do padrão cultural nos países industriais e no mesmo passo em que se difundiu a idéia da igualdade de direitos entre os homens. Apesar disso, nada mais freqüente do que fazer das boas maneiras um sinalizador das diferenças sociais.
A professora de Filosofia Terezinha Azeredo Rios, da PUC de São Paulo, que está preparando uma tese sobre o assunto, conta um episódio exemplar: "Certo dia, tomei um táxi e pedi ao motorista que me levasse à faculdade. Começamos a conversar e ele me tratava por "você". Em dado momento, perguntou o que eu estava estudando. Pois bem: a partir do momento em que respondi que não era aluna mas professora, ele passou a me chamar de "senhora ". Isto é, o motorista em questão deve achar, como tanta gente, que boa educação é algo que convém reservar para a pessoas situadas em degraus mais altos da escada social, como uma roupa que só se usa em ocasiões especiais.
Confundidas como forma de servilismo (quando praticadas de baixo para cima) ou como máscara da opressão (quando exercidas de cima para baixo), as pobres boas maneiras acabaram impiedosamente arrastadas ao banco dos réus da revolução nos costumes que explodiu nos anos 60. E ali, de cambulhada com hábitos arcaicos e de fato inibidores da naturalidade nas relações humanas-como a secular obrigação imposta aos filhos de só chamar o pai de senhor-. rolaram comportamentos os mais inocentes e civilizados-como o homem abrir a porta de um carro para a mulher-, acusados, por exemplo, de ser vir de disfarce hipócrita à dominação machista. O resultado foi um breu geral.
"Traumatizadas pela idéia de repressão, as pessoas resolveram educar os filhos de forma diferente da que foram educadas", observa a advogada e autora feminista Sílvia Pimental, de São Paulo. "Derrubaram-se padrões considerados repressores e muitas vezes não se conseguiu colocar outros no lugar. Isso pode ter provocado uma certa baixa no comportamento dos jovens." Num recente fim de tarde, uma dúzia de alunos de um colégio progressista da zona oeste paulistana infernizava com seus gritos e cantorias a vida dos passageiros do ônibus em que viajavam. E nem sequer tomaram conhecimento do protesto de uma passageira que se levantou para reclamar que "depois de um dia de trabalho tenho o direito de ir para casa em silêncio".
É possível que tenha razão o professor Haroldo Meira Teixeira Júnior, que dirige o Curso Anglo Vestibulares e nessa condição convive diariamente com multidões de adolescentes. Diz ele: "No meu tempo os jovens eram muito mais educados, mas o mundo também era muito melhor". Só que fica difícil o mundo melhorar se não se entender que as boas maneiras começam no respeito humano e são exercidas de pessoa para pessoa, desde o trato com as empregadas em casa até o plano geral na sociedade", como lembra muito seriamente o humorista Millôr Fernandes, fino observador da cena brasileira.
Certamente não comete delito algum o cidadão que, ao sair para o trabalho, mal encara o vizinho com quem divide o espaço no elevador. Afinal, adverte o antropólogo José Guilherme Cantor Magnani, da USP, "não se pode esperar que num edifício de apartamentos, onde cada qual vive sua vida, as pessoas se tratem com o afeto e a cordialidade de vizinhos de cidade do interior". O problema é que o ato de ignorar o companheiro de viagem na breve jornada de um décimo andar ao térreo costuma ser a expressão literal de outra cegueira: o comportamento que consiste em não enxergar os direitos dos companheiros de vida em sociedade.
De alguma forma, as boas maneiras abrem os olhos de cada um para o mundo em volta-e para as pessoas que o habitam. Promovem a tolerância e previnem atritos, como chumaços de algodão entre cristais: é sempre mais difícil agredir alguém a quem se acabou de desejar bom dia ou pedir um favor-e a recíproca, naturalmente, é verdadeira. Levadas às últimas conseqüências, boas maneiras salvam vidas-as estatisticas de acidentes de transito no Brasil seriam com certeza menos sangrentas se os motoristas cessas-sem de atropelar os direitos dos demais motoristas e, sobretudo, dos pedestres. E, ao contrário do que imaginavam os contestadores de vinte anos atrás, os bons modos, longe de serem modos disfarçados de dominar o próximo, funcionam a favor da parte mais fraca numa situação de conflito. Qualquer criança sabe disso - literalmente.
O que se convencionou chamar qualidade de vida nas sociedades modernas depende diretamente da prática habitual das boas maneiras, mesmo quando não envolvem relações pessoa a pessoa. É maior a qualidade de vida onde as pessoas têm a boa educação de não atirar coisas pela janela do carro-ou onde serão multadas se o fizerem. Recentemente, o jornalista Zózimo Barroso do Amaral registrou em sua coluna no Jornal do Brasil, com admiração, o caso de uma moça, por sinal muito bonita, que se deu ao trabalho de limpar o cocô que seu cachorrinho tinha acabado de fazer no calçadão de Ipanema - algo que devia ser rotina e não notícia.
Ninguém deixa cascas de banana largadas no chão da sala de visitas. Fora de casa, porém, é outra conversa; os outros que se danem, como dizem os mais grossos. "As boas maneiras são prejudicadas quando as pessoas não consideram o que é coletivo, público, também como seu e cuidam apenas do que é particular, exclusivo", diz a socióloga Laura Tetti, da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo. "Para manter uma praça limpa, você tem de mandar escrever nos cestos de lixo o lembrete "Cuide como se fosse seu". Se é de todos. não se deve cuidar?" Inimiga ainda maior das boas maneiras e, portanto, da coexistência pacífica em sociedade é a esperteza-a atitude que parte do princí-pio de que com bons modos não se consegue nada e termina no jeitinho de quem busca conseguir sempre alguma vantagem sobre os demais.
Esse modo de proceder obedece ao que se pode chamar de Lei de Gérson, em alusão ao anúncio de uma marca de cigarros veiculado no final de 1976, no qual o meia-esquerda da seleção tricampeã mundial se vangloriava de "levar vantagem em tudo". Diga-se em defesa de Gérson que ele garante não agir assim na vida real. "Tanto que se a campanha tivesse a intenção que depois lhe atribuiram eu não teria participado dela ", afirma. seja como for, o respeito humano vai por água abaixo sempre que, na busca da vantagem a qualquer preço, "tenta-se transformar procedimentos imorais em algo moralmente correto e socialmente desejável, nas palavras do publicitário paulista Roberto Duailibi.
Para ele, por sinal, a "propaganda Macunaína como diz, aquela que pretende enganar o consumidor, é a forma pela qual a malandragem aparece no seu ramo de atividade. A vida econômica é onde mais se faz sentir a caça às vantagens, abatendo pelo caminho as normas de boa educação a golpes de borduna. "As pessoas já saem de casa como se estivessem partindo para uma guerra". compara Dílson Funaro, o empresário de fino trato que como ministro da Fazenda lançou o Plano Cruzado para acabar com a inflação, a seu ver a causa número 1 dessa guerra. Em tal clima, uma simples compra pode transformar-se numa escaramuça, se vendedores e compradores não se derem o devido desconto das boas maneiras.
"Por causa da situação econômica, o relacionamento nas lojas está tensionado", atesta Raul Sulzbacher, presidente do Clube dos Lojistas do Shopping Iguatemi, de São Paulo. "0 vendedor, que não consegue viver com seu salário, descarrega sua insatisfação no cliente." Para quem acha que misturar economia com educação é forçar demais a barra dos fatos, o ex-ministro Funaro tem uma resposta pronta na gaveta. Trata-se de uma carta que recebeu de um motorista de táxi no auge da euforia do Cruzado. "Agora que o dinheiro vai valer", escreveu-lhe o motorista, "vou respeitar os sinais de transito."
Mas é verdade também que a astúcia do jeitinho, o drible com que se quer passar para trás os direitos do próximo, como a sagrada norma de que deve ser atendido primeiro quem primeiro chegou, existe igualmente em tempos de vacas gordas. "É uma estratégia de sobrevivência causada pela desigualdade de direitos entre as pessoas na vida diária", define o cientista social Paulo Sérgio Pinheiro, da USP. "Fura-se uma fila para ter um mínimo de direitos." Pode ser. Certamente não faltarão motivos para explicar os desrespeitos cotidianos às normas da convivência civilizada. Mas não adiantará muito esperar que essas causas se evaporem para só então implantar o reino das boas maneiras. É até uma questão de bom senso. A psicóloga Maria José Néri, do Centro de Controle do Stress, de Campinas, nota que "quem tem o costume de revidar à falta de boas maneiras dos outros acaba chegando em casa de noite com os nervos em frangalhos". E ensina: "Quem mantém a boa educação acaba levando vantagem".
Obrigado pela atenção.

O teatro da etiqueta

No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa,nãohavia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne- e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever., o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos" como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.
Quando Luis XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois", compara o filósofo Renato Janine Ribeiro, da USP, autor de um estudo sobre o assunto. "Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente." Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual-só na hora de lidar com os poderosos.

Uma palavrinha à-toa

Um certo reverendo Creary, que andou pelo Brasil em 1861, registrou em seu diário: "As brasileiras, ao contrário das inglesas, não desmaiam se pronunciamos a palavra "colo" ou "perna" ". O fato chamou-lhe a atenção porque na boa sociedade vitoriana da Inglaterra, de onde vinha o reverendo, não se falava nem em perna de mesa, pois a palavra "perna", por suas abusões eróticas, estava banida das conversas educadas. Era um palavrão. Já no Portugal dos séculos XVI a XIX, homem que não falasse palavrão nem fizesse gestos obscenos tinha a virilidade posta em dúvida.
O palavrão, em toda parte, sempre foi retirado do vocabulário relacionado com a sexualidade e com as funções excretoras-dai ser incompatível com a boa educação. Pelo mesmo motivo que fez surgir os banheiros. "Mas toda palavra depreciativa também pode ser considerada palavrão", diz o lingüista Fervia di Giorgi, de São Paulo. Hoje em dia, como se sabe, o palavrão começa a ser admitido na conversa normal, sem distinção de sexo. Em parte, isso se deve ao fato de haver diminuido a distancia social entre a casa e a rua. Antigamente, as fronteiras entre uma e outra batizavam rigidamente os comportamentos - coisas ditas e feitas lá fora não eram toleradas no lar. Tão importante como isso foi a mudança na linguagem falada, que perdeu o tom formal de outrora. Infiltrando-se nas conversas, como gíria ou interjeição, o palavrão foi perdendo o estigma de coisa escandalosa e feia. Falado com naturalidade, deixou de ofender. Virou uma palavrinha à toa-mesmo assim, a reação de quem ouve é que deve guiar a atitude de quem fala. Essa é uma boa maneira de lidar com o problema.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Viver vai ser divertido - Entretenimento


VIVER VAI SER DIVERTIDO - Entretenimento



A interatividade deve dominar o lazer nas próximas décadas do século 21. TV digital, imagem e som de altíssima definição, telas e monitores gigantescos serão tão corriqueiros nas nossas casas em 2015 que vamos pensar duas vezes antes de sair para a rua. Mas o destino das gerações futuras será fechar-se na sala ou no quarto? Teremos mais amizades virtuais do que reais? O homem vai esquecer a sua característica de animal sociável e se isolar?

Tudo indica que a tecnologia vai nos convencer a ficar mais tempo em casa, sim, mas os almoços em restaurantes e o chopinho com os amigos também continuarão a fazer parte do nosso lazer. No livro 2015: Como Viveremos (Saraiva, 2004), o jornalista Ethevaldo Siqueira descreve apaixonadamente os novos monitores de grandes dimensões, com telas planas de plasma ou cristal líquido. Ele acredita que, até 2010, os novos televisores serão ainda um privilégio das classes A e B, mas os preços cairão drasticamente antes de 2015, abrindo caminho para a classe C. Em áreas públicas vão prevalecer supertelões de até 16 metros de comprimento por 9 metros de altura. "Como um elemento novo na paisagem, começarão a surgir nos parques, estádios, clubes ou shopping centers os supertelões, dando nova vida a todos os tipos de espetáculos ao ar livre, competições esportivas, festivais, shows ou concertos populares", escreve Siqueira. Certamente, nos sentiremos tentados a deixar o conforto do lar e compartilhar tudo isso com outras pessoas.

O mais fascinante é que o som e a imagem de primeira qualidade são apenas um aperitivo para o grande banquete que será proporcionado pela futura TV digital. Com o controle remoto na mão, a qualquer hora do dia, poderemos assistir aos nossos programas preferidos, baixar filmes e shows recentes e antigos, disputar jogos eletrônicos, participar de videoconferências e fazer compras online. Em 2020, o telespectador vai operar as câmeras de partidas de futebol, por exemplo. Já pensou em acompanhar a final da Copa do Mundo de 2022 sob o ponto de vista do árbitro e, finalmente, descobrir se aquele pênalti não marcado a favor do Brasil foi por falta de visão ou por incompetência mesmo? Segundo o relatório DigiWorld, da consultoria européia Idate, já em 2010 haverá 200 milhões de residências no mundo com a TV digital instalada, mais que o dobro do início deste século.

Quando puderem viajar por todo o planeta, por meio de programas interativos de turismo da TV digital, os telespectadores do futuro não desistirão de comprar uma passagem aérea e tirar alguns dias de férias nas praias do Nordeste brasileiro ou nas grandes metrópoles da Europa. Tanto que a Organização Mundial de Turismo (OMT) calcula que cerca de 1,5 bilhão de pessoas viajarão de um país a outro em 2020, quase três vezes mais do que na virada do século.

Se sairão de casa para fazer turismo pelo mundo ou para ver o último lançamento de Hollywood nos modernos cinemas do futuro, isso significa que as pessoas continuarão se relacionando. "É bem possível que a satisfação do contato humano ocupe parte do tempo que as pessoas hoje gastam com entretenimento eletrônico pré-fabricado. A vida social, portanto, será enriquecida, e não empobrecida", escreve a jornalista americana Frances Cairncross, autora do livro O Fim das Distâncias - Como a Revolução nas Comunicações Transformará Nossas Vidas (Nobel, 2000). Ela cita o caso das comunidades virtuais, uma das novidades tecnológicas embaladas nos últimos anos na esteira da expansão da internet. "As comunidades unidas por interesses talvez tenham mais afinidades entre si do que vizinhos", diz Frances. Isso já é muito comum no Orkut, por exemplo. Vasculhe algumas comunidades temáticas e comprove a quantidade de encontros realizados por internautas que jamais tinham se visto pessoalmente.
As possibilidades de diversão no século 21 ficarão ainda mais empolgantes se os equipamentos de realidade virtual, hoje disponíveis nas universidades, ficarem acessíveis comercialmente. O equipamento - composto por um capacete de visualização e controle, duas luvas e um punhado de sensores - é capaz de simular vôos interplanetários, expedições ao fundo do mar e viagens ao passado. Quem não gostaria de pisar em Marte, mergulhar no fundo do oceano ou participar do descobrimento do Brasil, numa só tarde, e ainda voltar são e salvo para casa? Como você percebeu, a tecnologia não vai substituir familiares e amigos no futuro. Provavelmente, só aumentará as opções para você se divertir com eles.


Tendências




- TV DIGITAL

Em 2010, estima-se que haverá cerca de 200 milhões de casas no mundo com TV digital instalada, mais que o dobro do que existe atualmente.



- SUPERTELÕES

Telas e monitores gigantescos serão corriqueiros nas casas em 2015. Em áreas públicas, supertelões vão se incorporar à paisagem urbana e transmitir todos os tipos de espetáculos ao ar livre.



- REALIDADE VIRTUAL
Equipamentos de realidade virtual poderão permitir a simulação de vôos interplanetários, expedições ao fundo do mar e viagens ao passado.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Se você não vai à ESCOLA...

SE VOCÊ NÃO VAI À ESCOLA...



A Universidade de Athabasca, no Canadá, tem 30 000 alunos espalhados por 67 países. A maioria nunca pôs os pés no campus de Athabasca, uma pequena cidade com menos de 2 500 habitantes no oeste canadense. Os alunos podem se matricular num dos 45 cursos de graduação - ou mesmo numa só disciplina, entre as mais de 600 opções - em qualquer dia do ano. Eles estudam remotamente, com recursos on-line e material de apoio que recebem pelo correio. Podem estudar na hora que for mais conveniente, seguindo o ritmo de cada um. Se necessário, professores de plantão tiram as dúvidas por telefone ou e-mail. Criada há 35 anos pelo governo da província de Alberta, a universidade aceita interessados a partir dos 16 anos, mesmo os que ainda não terminaram o nível médio, contanto que apresentem, na avaliação dos professores, conhecimento e vontade para encarar as matérias de graduação.

Iniciativas como essa são elogiadas pelo professor americano Frederic Michael Litto, coordenador de pesquisa do projeto Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo (USP). Para Litto, que há 40 anos se dedica ao estudo da educação à distância, a escola tradicional peca por inibir o aprendizado: "Não permite a evolução mesmo quando o aluno domina conceitos que ainda não foram assimilados pelos colegas. Por que alguém da graduação não pode cursar uma disciplina de pós-graduação?", questiona Litto. Ele prevê que, cada vez mais, o avanço do aluno será feito com base no desempenho individual, não mais na carga horária. "Um curso durará horas, dias ou semanas, não mais semestres ou anos." E os diplomas, segundo Litto, serão como passaportes - terão validade, requerendo novos cursos para revalidação em prazos como cinco anos.

Atualmente, crianças e adolescentes usam o computador como as gerações do século 20 recorriam às enciclopédias de papel. Nas próximas duas décadas, a tecnologia deverá promover maior intercâmbio entre escolas, estimular a formação de alunos autodidatas e independentes, criar canais de informação e currículos personalizados. Com o acesso cada vez mais fácil à internet, o estudante decidirá qual sistema adotar para a sua formação - presencial, à distância ou uma combinação de ambos -, além de poder interagir com professores e alunos de outros continentes em tempo real e montar seu próprio elenco de mestres, recorrendo a diversas instituições. Consultar documentos e livros em bibliotecas virtuais será comum, e a sala de aula deixará de ser o centro do conhecimento, assim como o professor terá de se conformar em não ser a autoridade do saber.

Nicholas Negroponte, professor de tecnologia de mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), é outro crítico do atual sistema de ensino - que compara à linha de montagem fordiana: "Alunos recebem instruções em série e seguem um currículo rígido por idade." Para Negroponte, a escola com grupos numerosos sentados diante de um professor é um centro de segregação por faixas etárias, e isso está ultrapassado. "Na maioria das escolas, só convivem com crianças mais novas ou mais velhas quem tem irmãos ou irmãs", diz. Os prejuízos não se restringem a ensinamentos que os maiores deixam de transmitir aos menores, mas também aos que os pequenos têm para passar aos grandes. Hoje há irmãos mais jovens ensinando informática aos mais velhos. "A integração das idades é uma das mudanças a se considerar para as próximas gerações", diz Negroponte.

Na escola do futuro, cientistas vislumbram salas interligadas com circuitos de telecomunicações e dotadas de computadores com tela de plasma conectados à rede para todos. Com isso, a classe terá acesso a programas culturais, documentários, imagens, bibliotecas virtuais, espetáculos e esportes. Móveis dispostos para trabalho em grupo, ausência de fios e presença de projetores de imagens e gráficos serão outras características. Outra novidade, já adotada por algumas escolas no Brasil, é a lousa interativa, que substitui o quadro-negro convencional, o giz e o apagador. Com o toque da mão, o professor pode captar arquivos e imagens de qualquer aplicativo disponível na rede ou na internet. Segundo a Scheiner, empresa que distribui lousas interativas no Brasil, essa tecnologia já está disponível em cerca de 150 000 salas de aula em todo o mundo.

A escrita à mão é uma atividade "do passado" que não deverá desaparecer, porque ajuda na coordenação motora. Isso significa que cadernos, lápis e canetas continuarão existindo. O que deve aparecer como novidade nas listas de material escolar são disquetes, CD-ROMs, e-books e e-paper (folha reaproveitável que recebe da rede cargas elétricas com informação, que pode ser apagada). Colecionar livros desatualizados e passá-los às próximas gerações será algo inaceitável, já que a reposição de conhecimento atualizado estará disponível na internet, às vezes de graça, às vezes paga. Estudar será viável 24 horas e de qualquer lugar.

Especialistas prevêem que, daqui a uma década, deverá haver uma explosão de cursos à distância, como os da Universidade de Athabasca, citada no início desta reportagem. Mas não pense que essa é uma novidade trazida pela internet. Faz muito tempo que as escolas dão um jeito de ir até onde estão seus alunos. Um exemplo é a americana Calvert School. Há mais de um século ela oferece ensino por correspondência para crianças sem endereço estável, como filhos de artistas e missionários.



Em alto-mar

E tem brasileiro que usa esse método para estudar até em alto-mar. É o caso de Katherine, 12 anos, caçula dos Schürmann, a primeira família brasileira a dar a volta ao mundo em um veleiro. Kat, como a menina é chamada, estuda nas viagens do clã com ajuda da mãe, Heloisa. Elas trabalham com os módulos didáticos enviados pela Calvert. Depois de a menina fazer as provas, as redações e os trabalhos, ela os manda para a central da escola, em Baltimore, nos Estados Unidos, para a correção. As dúvidas não esclarecidas pela mãe são enviadas à instituição via internet. "É legal, porque o que aprendo nos livros eu posso ver logo na prática", diz Kat, que cursa o equivalente à quarta série e é fluente em português, espanhol e inglês. "Quando a gente estava passando por Abrolhos e Fernando de Noronha, vi um monte de baleias, e a gente tinha acabado de estudá-las", conta a menina, que usa a internet também para trocar idéias com amigos pelo mundo.

Mas os benefícios da educação tecnológica não são unanimidade. Valdemar Setzer, professor titular do Departamento de Ciências da Computação da USP, por exemplo, não considera saudável a informatização das salas de aula do futuro, pelo menos para estudantes até 16 anos e sem o propósito do ensino da computação. "O uso dos computadores nas escolas é absolutamente supérfluo e prejudicial à formação da criança e dos jovens, porque provoca a aceleração indevida das capacidades intelectuais formais", diz Setzer, entusiasta da pedagogia Waldorf, método alemão que prioriza, no ensino fundamental, o aprendizado por meio das artes. "A escola do futuro precisa ser mais humana e menos tecnológica", diz Setzer. "Espero que os pais conscientes lutem para que, no futuro, haja alternativas para o ensino abstrato que produz cabeças ambulantes com pouco coração e nenhuma habilidade artesanal, artística e social."

Setzer também não vê com bons olhos um relacionamento virtual entre alunos e mestres. Ele acredita que ninguém aprende fora de um ambiente estruturado como a sala de aula. Já o americano Litto, da Escola do Futuro, pensa diferente. "Nas salas presenciais, o professor concentra as atenções, e os estudantes ficam sem falar com os colegas do lado. No ciberespaço, todos participam, opinam, perguntam, ensinam. O professor está ali para orientar. E os alunos colaboram mais com os colegas", diz Litto.
Ao mesmo tempo em que se discute a inevitável aplicação da tecnologia nas escolas, cientistas prevêem a massificação de novos recursos para um futuro nada distante. É o caso dos agentes inteligentes em forma de chips implantados no cérebro. Eles permitirão a aquisição de informação e conhecimento instantâneo. "É como no filme Matrix, no qual os personagens, na dúvida de como agir, solicitavam informações a um computador. Pode ter certeza de que não é ficção", afirma Litto. "Em cinco ou dez anos, estarão acontecendo em laboratório as primeiras experiências com esses agentes em seres vivos." E tem mais: no livro 2015: Como Viveremos, do jornalista Ethevaldo Siqueira, fala-se em aulas tridimensionais, com a presença projetada do professor ou de um palestrante. Qualquer usuário dessa tecnologia se fará presente virtualmente, interagindo com pessoas, lugares e coisas em qualquer lugar do mundo. É esperar para ver - talvez nem seja preciso esperar muito.


Tendências




- SOB MEDIDA

O ensino tende a ser mais individualizado. O aluno vai ser avaliado por seu desempenho, independentemente da carga horária. Um curso pode durar horas, dias ou semanas, não mais semestres ou anos.



- QUALQUER HORA

O aluno poderá estudar na hora mais conveniente, em qualquer lugar. Poderá consultar bibliotecas virtuais, interagir com estudantes de outros países e montar seu próprio elenco de professores.



- SALAS INTELIGENTES
As aulas presenciais ocorrerão em salas com recursos interativos e computadores conectados à rede para todos. Há quem preveja até mesmo a implantação de chips no cérebro para permitir a aquisição instantânea de informação.



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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Robôs substituem professores em salas de aula

28/12/2010 17h17 - Atualizado em 28/12/2010 17h17

Robôs substituem professores em salas de aula da Coreia do Sul
Projeto piloto levou 29 robôs para ensinar inglês a jovens.
Robôs são controlados remotamente por professores humanos.

Uma cidade da Coreia do Sul está testando o uso de robôs em salas de aula. O projeto piloto levou 29 robôs que medem 1 metro de altura para ensinar inglês a jovens. Os robôs são controlados remotamente por professores que ficam nas Filipinas.


Robôs ensinam inglês a crianças em cidade da Coreia do Sul. (Foto: AFP)Como os robôs dispõem de uma TV que exibe o rosto de uma mulher, câmeras detectam as expressões faciais dos professores e as refletem nesse rosto. Além disso, os professores conseguem ver e ouvir os estudantes por meio de um sistema remoto.

Além da leitura de livros, os robôs usam um software pré-programado para cantar músicas e jogar games com os alunos. Segundo uma porta-voz da Secretaria de Educação da cidade, os robôs ainda estão sendo testados, mas o governo estuda contratá-los por um período maior.

“Ter os robôs em sala de aula deixa os alunos mais participativos, especialmente os tímidos que têm medo de falar”, explicou a porta-voz. Ela também afirmou que a ideia não é substituir os professores humanos, e, sim, atualizar o sistema de ensino e dar aos alunos formas mais interessantes de aprendizado.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Intimidação virtual entre jovens preocupa autoridades dos EUA

11/05/09 - 14h47 - Atualizado em 11/05/09 - 14h47

Intimidação virtual entre jovens preocupa autoridades dos EUA
'Ciberbullying' pode ser mais grave que ataques na vida real.
37 Estados norte-americanos têm legislação sobre o assunto.

Quer seja por meio de e-mails, serviços de mensagens instantâneas, celulares, mensagens de texto ou em sites, a intimidação virtual está se tornando um problema sério.

Mais de metade dos adolescentes dos Estados Unidos podem estar sofrendo com o problema da intimidação virtual, que talvez seja tão grave ou até pior do que sofrer agressões físicas na escola. A persistência dos ataques e a devastação emocional que causam podem resultar até mesmo em suicídio.

Nos últimos 10 anos, 37 dos Estados norte-americanos adotaram leis que impõem às escolas a criação de normas contra esse problema.

"A questão está se tornando algo que as pessoas veem como significativo, à medida que mais e mais estudantes falam a respeito e que, infelizmente, se tornam mais comuns casos de suicídio ou de estudantes que causam ferimentos a eles mesmos por conta disso", disse Dan Tarplin, diretor educativo em Nova York da Anti-Defamation League (ADL), que combate o anti-semitismo e todas as formas de intolerância.

Mais grave que o ataque 'real'
Ao contrário das brigas e da intimidação física que podem ocorrer em uma escola, Tarplin diz que o anonimato da mídia eletrônica pode tornar os agressores mais ousados, e sua onipresença permite que um comentário desagradável, uma declaração áspera, uma foto ou vídeo pouco lisonjeiros sejam exibidos a grande número de pessoas instantaneamente.

"Com as formas eletrônicas de intimidação não existe refúgio", disse Scott Hirschfeld, diretor de currículo e treinamento na divisão de educação da ADL, que criou seu programa a fim de conscientizar as pessoas sobre formas de combater a intimidação virtual.

"A agressão acontece 24 horas por dia. Está sempre online. Mesmo que a vítima desligue o computador, sabe que a página de web está lá, ou que há pessoas espalhando boatos sobre ela. O fato de que a pressão é ininterrupta se prova devastador em termos psicológicos", acrescentou.

Sem brincadeira
Adolescentes que participaram de uma conferência da ADL disseram que acreditavam que a intimidação fosse só "brincadeira", até que ouviram o depoimento de John Halligan sobre Ryan, seu filho de 13 anos que se suicidou em 2003, depois de anos de intimidação, online e fora da rede.

"Ele era intimidado constantemente pela possibilidade de que fosse gay", disse em entrevista Halligan, ex-executivo da IBM que agora conta a história de Ryan em escolas de todo o país.