Nicolelis diz que recebeu autorização para teste de exoesqueleto no Brasil
O cientista Miguel Nicolelis (à direita) observa macaco caminhando em esteira durante experimento (Foto: Reprodução)
Anúncio sobre projeto 'Walk Again' foi feito em redes sociais.
Pesquisador não deu maiores detalhes sobre tipo de licença.
O neurocientista Miguel Nicolelis anunciou em redes sociais nesta quinta-feira (1º) que recebeu “a última autorização” para colocar em prática o teste, no Brasil, do exoesqueleto no qual trabalha para fazer um jovem paraplégico dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014.
O projeto chama-se “Walk Again” (andar de novo, em inglês). “Depois de 2 anos de trabalho intenso, Walk Again recebe última aprovação para ser posto em prática no Brasil. Agora é só ciência/engenharia!”, comemorou o pesquisador no Twitter.
Consultado pelo nos sobre que tipo de autorização recebeu, Nicolelis apenas respondeu que aguarda que dois artigos sobre componentes do exoesqueleto sejam aceitos por publicações científicas para dar mais detalhes numa nota oficial.
No Facebook, Nicolelis anunciou a novidade da seguinte maneira: “Agora é oficial: Projeto Andar de Novo recebe a última autorização necessária para iniciar testes com exoesqueleto robótico no Brasil. Primeiro projeto envolvendo uso de sinais neurobiológicos para controlar e ‘sentir’ desempenho de exoesqueleto robótico em pacientes sofrendo de paralisia corporal severa será implementado no Brasil”.
O exoesqueleto é um aparelho que envolve os membros paralisados – no caso de um paraplégico, as pernas. Ele pode ser conectado diretamente ao cérebro do paciente, que então controlaria o equipamento como se fosse parte de seu próprio corpo. Dessa forma, seria perfeitamente possível que um paraplégico chutasse uma bola, como sonha Nicolelis.
A técnica faz parte de uma linha de pesquisa conhecida como interface cérebro-máquina, com a qual Nicolelis já obteve resultados internacionalmente relevantes. Em um dos mais importantes, fez com que macacos não só controlassem uma mão virtual, como também que sentissem uma espécie de tato quando exerciam a atividade.
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