domingo, 29 de dezembro de 2013

Satélite europeu tem 'câmera mais poderosa da História'


Satélite europeu tem 'câmera mais poderosa da História'

O satélite Gaia em construção: câmera tem sensores que detectam distintos tipos de luz (Foto: BBC)

Gaia vai mostrar Via Láctea em 3D pela primeira vez e identificar cor e temperatura de estrelas.

Orçado em 740 milhões de euros, o satélite Gaia decolou da Guiana Francesa com o objetivo de produzir a primeira imagem realista, em 3D, de como a nossa Via Láctea é construída.

A sensibilidade notável do Gaia - uma das missões espaciais mais ambiciosos da história, lançada pela Agência Espacial Europeia - permitirá ainda a detecção de muitos milhares de corpos celestes jamais vistos antes, incluindo novos planetas e asteroides.

Gaia está em desenvolvimento há mais de 20 anos.

No coração do telescópio transportado pelo satélite há uma câmera. O aparato é sensível o suficiente para detectar estrelas que estão a trilhões de quilômetros de distância.

Ao revisar repetidamente suas metas ao longo de cinco anos, o satélite deverá conhecer as coordenadas das estrelas mais brilhantes com uma margem de erro mínima, de apenas sete microssegundos de arco.
"Este ângulo é equivalente ao tamanho de uma moeda na Lua vista da Terra", explica o professor Alvaro Gimenez, diretor de ciência da Agência.

Evolução da Via Láctea

Os sensores da câmera também têm diferentes cores e detectam distintos tipos de luz.

Trata-se da "câmera mais poderosa já construída", diz a Agência Espacial Europeia. Poderia tirar uma foto de um fio de cabelo humano a milhares de quilômetros de distância.

No espaço, a função do equipamento será medir o tamanho, a luminosidade e a posição de mais de um bilhão de estrelas, algo útil para que se saiba como a Via Láctea evolui.

Gaia vai identificar estrelas semelhantes ao Sol e outras que estão explodindo, as supernovas.

Buscará ainda buracos negros, poderá encontrar elementos jamais imaginados antes por cientistas e, possivelmente, descobrir que a forma da Via Láctea é diferente desta que vemos e da que conhecemos nos livros de ciência.

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