quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Você já deve ter ouvido falar das supernovas. Mas, e das hipernovas ?


Você já deve ter ouvido falar das supernovas. Mas, e das hipernovas ?


Você já ouviu falar a respeito das supernovas, não é mesmo? Basicamente, como você sabe, o termo “supernova” se refere a explosões monstruosas de estrelas supermassivas que, geralmente, contam com massa dez vezes superiores à do nosso Sol. Elas estão entre as maiores explosões que ocorrem na natureza e resultam na liberação de ondas de choque que podem viajar por diversos anos-luz através do cosmos.



As supernovas acontecem depois que as estrelas consomem todo o seu combustível ou, ainda, quando seus núcleos entram em colapso. Portanto, em poucas palavras, essas explosões marcam a morte de grandes astros. No entanto, o que nem todo mundo sabe é que, teoricamente, também existem eventos cósmicos conhecidos como “hipernovas” — e, como você pode imaginar, eles são ainda mais colossais.


Explosão descomunal

As hipernovas consistem em um tipo teórico de supernova envolvendo estrelas incrivelmente massivas — com massa 30 vezes ou mais à do nosso Sol. Acredita-se que elas provavelmente sejam as explosões mais violentas que ocorrem pelo Universo desde o Big Bang, e os astrônomos estimam que cada evento possa liberar 100 vezes mais energia do que a produzida durante uma supernova.


Os cientistas já propuseram diversos cenários para explicar a ocorrência de uma hipernova e, entre os mais plausíveis, estão a explosão de estrelas que estão girando muito rápido, que foram atingidas por poderosos campos magnéticos ou, ainda, que colidiram com outras estrelas supermassivas.

No entanto, independente da causa das hipernovas, o mais notável é que as estrelas entrariam em colapso diretamente formando um buraco negro, que emitiria dois jatos de plasma extremamente energéticos com velocidades próximas à da luz a partir de seus dois polos.

Os astrônomos acreditam que a maior parte da energia liberada durante um desses eventos ocorreria na forma de raios gama, ou seja, o tipo mais energético de luz que conhecemos — e que possuem entre 10 mil e 10 milhões vezes mais energia do que a luz que conseguimos perceber com os nossos olhos.

Fenômeno misterioso

As hipernovas poderiam explicar um misterioso fenômeno que ocorre no Universo, chamado “erupção de raios gama” que foi observado pela primeira vez na década de 60. Também conhecido pela sigla GRB, esse tipo de evento consiste em poderosos flashes que podem durar de poucos segundos a diversas horas e que acontecem de maneira aleatória no cosmos — com uma frequência igualmente aleatória.



Além disso, uma vez testemunhadas, as erupções de raios gama nunca mais voltam a ser registradas no mesmo local — portanto, as hipernovas poderiam explicar a sua ocorrência. Por sorte, a estimativa é que essas explosões ocorram uma vez a cada 200 milhões de anos na nossa galáxia. Contudo, se por ventura um planeta estiver na direção em que os raios gama são lançados, as consequências podem ser catastróficas.

Os astrônomos acreditam que as emissões de raios gama poderiam dizimar a maior parte as formas de vida de um planeta, mesmo que ele se encontre a milhares de anos-luz de distância da hipernova. Só para você ter uma ideia, uma erupção com duração de apenas 10 segundos seria suficiente para destruir metade da camada de ozônio da Terra — e atingir todos os organismos vivos próximos à superfície com uma enorme quantia de radiação ultravioleta.


Aliás, uma das teorias sobre a possível causa da Extinção do Permiano-Triássico, que ocorreu há 250 milhões de anos e resultou no desaparecimento de mais de 95% de todas as espécies marinhas e de 70% das espécies da Terra, tenha sido uma violenta hipernova. Sendo assim, torça para que nenhuma dessas explosões volte a acontecer aqui na nossa vizinhança!



FONTE(S) Cosmos  NASA  io9/Alasdair Wilkin  The New York Times/Adrian Berry








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