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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Quarto caso de cura de HIV é anunciado por médicos nos EUA

Quarto caso de cura de HIV é anunciado por médicos nos EUA

Paciente de 66 anos convivia com o vírus desde a década de 1980.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Mais próximo da cura - Cientistas criam anticorpos que atacam 99% das cepas do HIV


Mais próximo da cura - Cientistas criam anticorpos que atacam 99% das cepas do HIV


Antivirual utiliza inteligência genética para eliminar o vírus

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Como as drogas eram usadas no Antigo Egito


Como as drogas eram usadas no Antigo Egito



Embora cada geração acredite ter descoberto para o mundo as virtudes e os riscos do consumo de drogas, esta é uma prática ancestral que pode remontar aos tempos do Antigo Egito.

domingo, 25 de setembro de 2016

Para não morrer da cura - Câncer


Para não morrer da cura - Câncer


Na guerra contra o tumor, quase sempre existe um momento de abaixar as armas. É quando o médico se vê obrigado a diminuir as doses ou mesmo interromper a quimioterapia, tratamento com drogas altamente tóxicas para células em ritmo de reprodução acelerado, como é o caso das cancerosas. "A questão é que essa característica não é uma exclusividade delas", explica o oncologista gaúcho Gilberto Schwartzman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Certos glóbulos brancos defensores se renovam a cada 8 horas. Como são rápidos, também são arrasados pela terapia anticâncer."

sexta-feira, 4 de março de 2016

Conheça a doença fatal que impede as pessoas de dormirem


Conheça a doença fatal que impede as pessoas de dormirem


Estima-se que menos de 30 famílias no mundo sofram de uma "maldição genética" chamada Insônia Familiar Fatal (IFF).

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

70 tumores letais desapareceram de paciente após usar medicamento revolucionário


70 tumores letais desapareceram de paciente após usar medicamento revolucionário


Sofrendo de uma forma rara e agressiva de câncer, Ian Brooks foi dado com apenas mais algumas semanas de vida.

Com cerca de 70 tumores em todo o corpo, os médicos admitiram que já quase não tinham opções de tratamento.

Porém, incrivelmente, Brooks, de 47 anos, está agora “limpo" depois de que se tornou a primeira pessoa, fora dos EUA, a receber essa nova droga que consegue destruir tumores. Todos os tumores foram erradicados. As únicas manchas escuras visíveis sobre a varredura mostram o funcionamento normal dos rins e da bexiga.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cientistas afirmam estarmos muito próximos da cura do Alzheimer e Mal Parkinson


Cientistas afirmam estarmos muito próximos da cura do Alzheimer e Mal Parkinson


A cura para doenças neurodegenerativas pode estar mais perto do que se imagina e disponível nos próximos cinco anos. No que diz respeito ao Alzheimer, a forma mais comum de demência, o novo e promissor tratamento é, na realidade, uma vacina capaz de interromper o avanço da doença e reparar alguns danos já causados. Já sobre o Parkinson, uma droga injetada continuamente no paciente atua diretamente no cérebro e está apresentando resultados animadores.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Procuram-se super-heróis genéticos


Procuram-se super-heróis genéticos


O entendimento de doenças genéticas tem se beneficiado muito com os recentes avanços e progressos da genômica, especialmente no que se refere ao sequenciamento do DNA. A tecnologia tem evoluído tanto que em breve será possível sequenciar todos indivíduos do planeta, principalmente com a queda no custo operacional. 

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Homem paralisado volta a andar após transplante de células do nariz


Homem paralisado volta a andar após transplante de células do nariz

Darek Fidyka voltou a andar após receber transplante de células olfativas. (Foto: BBC)

Darek Fidyka ficou paralisado após ser esfaqueado várias vezes em 2010 e não apresentava sinais de recuperação; tratamento é inédito no mundo.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

É Água pura. Será que cura? Homeopatia


É ÁGUA PURA. SERÁ QUE CURA? - Homeopatia


Há 200 anos surgiam os medicamentos homeopáticos, que até hoje a maioria dos cientistas não engole, dizendo que são pura água. Mas muita gente acredita neles e alguns médicos se esforçam para provar sua eficácia.


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Câncer, testes que salvam - Medicina


CÂNCER, TESTES QUE SALVAM - Medicina



É preciso encarar os tumores malignos desde a juventude. Já existem exames que acusam a doençca enquanto ela tem esmagadoras chances de cura. E os tratamentos estão cada vez mais eficazes. Tudo porque a ciência está flagrando, dentro da célula, as moléculas que deixaram de agir direito. A melhor constatação dessa nova era é a de que, quase sempre, pode se prevenir o mal.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Quando a Maconha Cura - Farmacologia

QUANDO A MACONHA CURA - Farmacologia


Está provado. Os efeitos medicinais da maconha beneficiam pacientes de câncer, Aids, glaucoma e esclerose múltipla. Mas os médicos do mundo inteiro se vêem num dilema crucial. Como receitar um remédio que é proibido? Este ano, o debate ganhou peso na comunidade científica internacional e, por isso, nos  trazemos até você esta reportagem.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Sob Pressão - Medicina


SOB PRESSÃO - Medicina


Descobertas recentes abrem perspectivas de cura para a hipertensão, um mal que atinge 12 milhões de brasileiros e triplica as chances de uma pessoa ter infarto.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Venerados, combatidos, misteriosos - Curandeiros

VENERADOS, COMBATIDOS, MISTERIOSOS CURANDEIROS.



Eles dizem que têm o poder de curar pelas mãos.
Existem em toda parte com multidões de seguidores. Mas há quem garanta que sua medicina é uma fraude.

No final dos anos 50, José de Freitas, o Zé Arigó, ficou famoso no Brasil inteiro pelas curas ditas fantásticas que realizava na pequena cidade mineira de Congonha do Campo, através de operações mediúnicas. O funcionário aposentado se dizia orientado pelo espírito do médico alemão Adolph Fritz - que desde 1980 estaria orientando o médico pernambucano Edson Cavalcante de Queiroz nas cirurgias mediúnicas que efetua ao lado de sua prática normal como ginecologista. Da mesma forma que Arigó, Queiroz vale-se das mãos e de facas, tesouras, navalhas e até bisturis para conseguir o que muitos acreditam tratar-se de curas milagrosas.
Não se pense, porém, que o curandeirismo é uma exclusividade brasileira. A georgiana Djuna Davitashvili é reconhecida em toda a União Soviética pelas curas que obtém. A paranormal Djuna, uma morena de 38 anos e rosto expressivo, ficou famosa por ter ajudado a tratar o líder Leonid Brejnev durante sua prolongada enfermidade. Doutor honoris causa, pela austera Academia de Ciências da União Soviética Djuna só trabalha com a chamada imposição das mãos, como numa bênção, muitas vezes sem tocar no paciente. Ela já curou arteriosclerose, diabetes, úlceras, nevralgias, dores de cabeça, a se crer no noticiário produzido com testemunhos de pessoas que se submeteram a seu tratamento.
O curandeirismo é tão antigo como a doença. O homem sempre acreditou que existe uma força invisível, capaz de curar graças a um simples gesto ou toque de mãos.
O grego Hipócrates, o pai da Medicina, considerava a cura pelas mãos prática natural. Os primeiros cristãos achavam que era manifestação do Espírito Santo. Durante séculos tal prática sobreviveu sob o nome de quirotesia e 43 quirotesistas chegaram a ser consagrados santos.
Mas na Idade Média os curandeiros caíram em desgraça e seus poderes passaram a ser atribuídos ao diabo. A partir do ano de 1136, os monges foram impedidos de exercer atividades médicas. Quem tentou driblar a proibição foi parar na fogueira, pela prática do curandeirismo.
Nem isso, nem as formas mais civilizadas de repressão dos tempos modernos destruíram, porém, a crença numa energia universal, através da qual seria possível curar com um simples sopro. Esse, aliás é o principio do magnetismo animal, teoria que no século XVIII tornou conhecido o médico alemão Franz Anton Mesmer. Para ele, bastava a imposição das mãos sobre um doente para que este recebesse fluidos magnéticos, que aumentariam suas forças e o ajudariam na recuperação. Muitos dos que hoje curam por imposição das mãos se auto-intitulam magnetizadores, especialmente na França, onde há um século ficou famoso um certo mestre Philippe. Por seus poderes, foi nomeado conselheiro de Estado e general-de-exército pelo czar Nicolau II da Rússia. Mais tarde, o charlatão Rasputin neutralizou sua influência e tomou-lhe o lugar.
Já os curandeiros espíritas, como o pernambucano Queiroz, se consideram guiados pelo espírito de médicos já mortos. São os que provocam as maiores polêmicas. Na Inglaterra, por exemplo, Harry Edwards, um dos fundadores da Federação Nacional dos Curadores Espirituais, falecido em 1980 afirmava ser dirigido pelos espíritos dos célebres Louis Pasteur, o inventor da vacina, e Joseph Lister, o pioneiro da medicina preventiva. No entanto os céticos afirmam que Edwards não conseguiu provar nem uma única das 100 mil curas a ele atribuídas. Muito discutidos são também os cirurgiões mediúnicos brasileiros que, às vezes, parecem realizar incisões sem nada além das mãos e sem anestesia ou anti-sépticos.
Embora a legislação brasileira proíba essa atividade, o doutor Queiroz pode ser visto freqüentemente em ação pela televisão. Trata-se do primeiro médico diplomado a operar em transe. Por isso, a Associação Médica Brasileira tentou proibi-lo de fazer cirurgias mediúnicas. Ele venceu o processo com o argumento de que, quando opera como doutor Fritz não cobra nada dos pacientes - ou seja, não caracteriza exercício da medicina. A parapsicóloga paulista Márcia Regina Cobero está convencida de que Queiroz "faz truque, encenação". Ela se baseia no fato de que não existe uma única dessas operações mediúnicas com diagnóstico médico comprovado antes e depois de sua realização. Mergulhado em discussões, o curandeirismo levanta uma infinidade de dúvidas e tentativas de compreensão.
Um pesquisados norte-americano, o médico William Nolen, acha que o mérito maior dos curandeiros é o modo pelo qual eles se relacionam com os pacientes. Explica a brasileira Márcia Regina: "Os médicos tendem a se preocupar mais com as doenças do que com os doentes. Já os curandeiros agem ao contrário. Eles confortam e dão atenção às pessoas".

Respostas às perguntas mais comuns sobre curandeirismo

1 Os curandeiros acreditam no que fazem ou trata-se de uma fraude?

A maioria se julga realmente capaz de curar, e por isso transmite segurança aos doentes. Muitos não dependem do curandeirismo para viver e consideram sua atividade uma obrigação. Não faltam, porém, os charlatães, exploradores da fé alheia.

2 Os curandeiros entendem de medicina?

Geralmente não possuem conhecimentos fisiológicos e desconhecem o como e o porquê de seus atributos. Têm grande fé religiosa e consideram-se intermediários entre as pessoas comuns e um poder ou ser superior.

3 O curandeiro pode fazer mal a seus pacientes?

Seus tratamentos são quase sempre inofensivos, mas os críticos - que acham que eles não curam nada - argumentam que uma doença quando não tratada a tempo pode se agravar caso não se consulte um médico.

4 Como se dá a iniciação de um curandeiro?

Há quem acredite ter nascido com o dom de curar; alguns falam em "sinais de predestinação". Outros pensam ter herdado o dom de alguém da família ou foram iniciados por outro curandeiro. Mas a maioria começou por acaso, ao tentar aliviar um parente ou amigo.

5 O que sentem os enfermos durante a fase do tratamento?

Sonolência, calor, zumbido nos ouvidos, formigamento, calafrios, sobressaltos.

6 Quais são os tipos de doenças que eles curam?

Os céticos afirmam que eles curam doenças imaginárias ou psicossomáticas. O padre e parapsicólogo espanhol Oscar Quevedo afirma em seu livro Curandeirismo: Um Bem ou Mal ?,que "não existem curas propriamente parapsicológicas, nem operações parapsicológicas. O que existem são curas por sugestão, pelo poder do psiquismo, embora sejam curas entre aspas e com muitos perigos.
A parapsicóloga Márcia Regina concorda: "Se há alguma cura, o mérito é sempre do doente. É sua fé no curandeiro que possibilita a cura

7 há casos que desafiam essas interpretações?

Algumas evidências de cura por sugestão hipnótica e até de regressão de processos cancerígenos indicam a existência de uma capacidade auto-regenerativa no doente que o curandeiro pode ter ativado. As curas orgânicas parecem ser muito menos freqüentes que as curas funcionais, associadas a doenças imaginárias. O doutor Louis Rose, parapsicólogo francês, pesquisou 95 casos de curas tidas como espetaculares. Encontrou apenas dois episódios de possível cura e um único onde as provas eram irrefutáveis.

Provar uma cura é certamente tarefa ingrata. Para tanto, é preciso encontrar o caso de uma pessoa que sofresse de grave doença orgânica diagnosticada previamente por mais de um médico e de preferencia documentada através de radiografias e outros exames; que não pudesse ter diminuído naturalmente; que não tivesse respondido a qualquer tratamento convencional, nem tivesse sido tratada no período imediatamente anterior à cura. O pouco interesse dos cientistas em investigar o assunto soma-se ao dos curandeiros cujo propósito é curar e não convencer.

8 Os curandeiros possuem alguma capacidade parapsicológica?

A única certeza que se tem é que o homem consegue influir com sua energia em plantas e pequenos animais. Cientistas realizaram experiências com ratos nos quais se provocavam feridas cutâneas. Depois, eles foram divididos em grupos e colocados em três gaiolas. Os ratos de duas gaiolas foram medicados. Os da terceira gaiola, não. Pediu-se então a uma pessoa qualquer que impusesse as mãos sobre os ratos não tratados. Viu-se que suas feridas cicatrizavam mais rapidamente que as dos outros ratos tratados com medicamentos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cirurgias Mediúnicas - Nas mãos de Deus

CIRURGIAS MEDIÚNICAS: NAS MÃOS DE DEUS



Você nem precisa dizer qual é o seu problema. O curandeiro simplesmente rabisca alguns garranchos incompreensíveis, receitando as ervas certas. Se for grave, só mesmo com cirurgia. Aí é você quem escolhe o tipo: invisível ou visível? Se for invisível, o cirurgião vai resolver o problema lidando apenas com seu espírito. Se você só acredita vendo, não tem problema. A sala de operações vai estar cheia de pessoas assistindo, e nem é preciso haver uma mesa. Basta ficar encostado na parede. Usando um bisturi ou uma faca, o cirurgião vai cortar onde for preciso e tirar alguns pedaços de tecido. Tudo isso supostamente sem causar dor nem infecção - apesar de o cirurgião não aplicar anestesia nem lavar as mãos. Em questão de minutos, você estará curado. A não ser, é claro, que Deus ou os espíritos não queiram, ou que você não tenha fé suficiente. Seja bem-vindo ao mundo da cirurgia psíquica.

Com algumas variações, tanto de técnica quanto de resultado, cenas como essa acontecem todos os dias. Os cirurgiões costumam avisar que não curam nada - quem cura são os espíritos, que se manifestam por meio do corpo do cirurgião, e a fé do paciente. Há relatos de dezenas de espíritos diferentes que ajudariam nas curas. O mais famoso deles é o do doutor Fritz, um médico alemão muito habilidoso que teria morrido durante a Primeira Guerra Mundial. Em transe, os cirurgiões mais mirabolantes abrem cortes usando apenas o dedo, que depois enfia no corpo do paciente para a retirada de vários tumores. No final, o corte é fechado com uma simples massagem. Um ritual espetacular, apesar de vários céticos e mágicos já terem demonstrado que o sangue pode vir de cápsulas discretamente ocultas na mão do cirurgião, onde também podem estar escondidos os tumores - na verdade, vísceras de frango.

Afinal, essas cirurgias funcionam ou não? Os cortes são reais ou não passam de truques? As curas realmente acontecem? Não há dor nem infecção? A resposta para todas essas questões é um vago "depende": depende do paciente, depende do problema, depende do cirurgião e, segundo eles próprios, depende dos espíritos.

Os próprios cirurgiões costumam alertar que as operações nem sempre dão resultado. E, mesmo quando o paciente diz ter alcançado a cura, fica uma dúvida no ar: ele estava mesmo doente ou era algum problema psicológico ou de estresse que estava tendo manifestações físicas? Nos casos de doenças psicossomáticas, não há muitas dúvidas de que o tratamento caloroso dos curandeiros, aliado ao clima emocional das cirurgias e à fé do paciente, pode convencê-lo de que está curado. Nesses casos, isso pode ser mais importante do que tratar os sintomas.

O cético canadense James Randi diz que, durante suas pesquisas para escrever o livro The Faith Healers ("Os Curadores da Fé", sem tradução para o português), em 1987, procurou 104 pessoas que diziam ter sido curadas por cirurgiões psíquicos. Ele as classificou basicamente em três grupos. O primeiro era o de pessoas que não tiveram doença alguma. Cita como exemplo uma senhora que acreditava ter sido curada de um câncer na garganta após ser tocada por um cirurgião. Mas, segundo seu médico, fazia cinco anos que ele vinha realizando exames que mostravam que ela nunca tivera nenhum tipo de câncer. Mas, como sua mãe havia morrido desse problema, cada vez que a garganta doía, ela associava isso a câncer. O segundo grupo identificado por Randi era o de pessoas que realmente tinham doenças e que continuavam doentes depois de passar pelas mãos dos curandeiros. Quanto ao terceiro grupo, Randi diz não ter encontrado ninguém, pois as pessoas já haviam morrido em decorrência dos problemas dos quais diziam ter sido curadas. "Não posso afirmar que essas curas não funcionam", disse Randi, "mas em todos os casos que investiguei, houve 100% de falha."

Nem todos consideram que curar alguém que não está doente seja algo sem importância. "Se essas curas são eficazes para tratar problemas psicossomáticos, um campo onde a medicina tem dificuldade, é um sinal que devemos estudar como isso acontece", diz o psiquiatra Alexander Almeida. Ele realizou pesquisas com um outro cirurgião bastante popular no Brasil: João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus. Ou também como "John of God", já que atrai muitos estrangeiros para seu centro de curas na cidade de Abadiânia, no interior de Goiás, a ponto de, na internet, existir mais informações sobre ele em inglês do que em português. Almeida passou alguns dias acompanhando a rotina e os trabalhos de João de Deus, observando se as cirurgias visíveis eram fraude ou não. "Os cortes realmente ocorreram, e os pedaços de tecido retirados eram mesmo dos lugares operados", afirma Almeida. E funcionou? "Se houve alguma cura, ela não teve nada a ver com a parte física da cirurgia", diz o psiquiatra.



Facas e serrotes

No Brasil, essas técnicas começaram a ficar conhecidas na década de 50, quando entrou em atividade o primeiro cirurgião psíquico brasileiro a conquistar fama: José Pedro de Freitas, o Zé Arigó. Nascido em 1921, ele casou-se aos 25 anos. Depois disso, ao longo dos nascimentos de seus cinco filhos, teria começado a escutar uma voz numa língua estranha. Isso durou anos, até que uma noite teve um sonho bastante nítido. Estava numa sala de operações, entre médicos e enfermeiras que realizavam uma cirurgia. No comando, estava um médico que era o dono da voz que Zé Arigó tanto escutava. Era o doutor Fritz, que o havia escolhido para continuar sua missão na Terra. Sua primeira cura teria sido realizada logo após essa revelação. Ao encontrar um amigo aleijado que precisava de muletas para andar, teria ordenado: "Já é hora de largar essas muletas". E ele assim fez, e nunca mais teria tido problemas para andar. Nessa mesma época, conheceu o então senador Lúcio Bittencourt, que sofria de câncer no pulmão. Arigó teria feito uma cirurgia e extirpado o tumor, curando totalmente o político.

Montou então uma clínica na cidade de Congonhas, no interior de Minas Gerais, onde chegou a atender cerca de 200 pessoas por dia. Para algumas, receitava remédios e, para outras, cirurgias que não duravam mais do que alguns minutos. Usava as mãos, facas enferrujadas ou até mesmo serrotes. Alguns médicos diziam que suas cirurgias eram reais, enquanto outros asseguravam que não passava de charlatanice. Ao longo de 30 anos de "carreira", operou cerca de 2 milhões de pessoas e sofreu dois processos por exercício ilegal de medicina. O primeiro em 1958, mas recebeu perdão do presidente Juscelino Kubitschek (cuja filha teria se tratado com Arigó), e o segundo em 1964, quando chegou a passar sete meses na cadeia.

Como na maioria dos casos de cirurgiões mediúnicos brasileiros, Zé Arigó não cobrava nada. Por outro lado, sua família era dona das duas principais farmácias de Congonhas - onde os pacientes deviam comprar suas ervas e remédios -, de um hotel e de uma loja de lembrancinhas.

Um fato curioso é que Zé Arigó teria previsto a própria morte. Sabia que iria morrer num acidente de carro, de maneira violenta. E, em 1971, isso realmente aconteceu. Mas aparentemente o doutor Fritz não deu sua tarefa por encerrada. O próximo a dizer que recebia o espírito do médico alemão foi o ginecologista Edson Queiroz. Ele viveu até 1991, mas, desde 1986, o engenheiro Rubens Faria Jr. começou a fazer cirurgias dizendo também receber o espírito de Fritz. No final da década de 1990, foi a vez de Mauricio Magalhães clamar para si o posto de médium que incorpora o espírito do habilidoso cirurgião. Todos tinham métodos de trabalho parecidos e o mesmo sotaque alemão quando entravam em transe. E todos foram acusados de fraude similares.

Os próprios cirurgiões psíquicos costumam dizer que a operação visível é dispensável. Mas o que poderia estar atuando então? "Há pesquisas que apontam evidências de que algumas pessoas são capazes de influenciar o corpo de outras", diz o psicólogo Wellington Zangari, coordenador do Inter Psi (Grupo de Estudos de Semiótica, Interconectividade e Consciência), da PUC de São Paulo. É o que a parapsicologia chama de biopsicocinese (bio-PK). Alguns estudos apontam que é possível induzir pequenas alterações nos batimentos cardíacos, na pressão sangüínea e na condutividade elétrica da pele, além de outros efeitos. "Em 2002, realizamos uma pesquisa em conjunto com a Universidade de Nevada, nos Estados Unidos", conta Zangari. "Reunimos um grupo de médiuns de umbanda em São Paulo que tentaram influenciar o corpo de uma pessoa que estava numa sala totalmente isolada, a quase 10 mil quilômetros de distância, nos Estados Unidos. As diferenças entre os períodos em que os médiuns estavam agindo e em que eles não agiam foram pequenas, mas significativas", diz o pesquisador. "Isso é muito menos do que os cirurgiões psíquicos prometem, mas é a única coisa palpável que temos do ponto de vista da pesquisa empírica."

Mas os cirurgiões preferem atribuir seu sucesso aos espíritos. Os adeptos do espiritismo acreditam que espíritos desencarnados podem se manifestar por meio de médiuns. Essas intervenções poderiam ser físicas ou apenas no campo energético, atuando diretamente no espírito do paciente. Essa cura no espírito pode ter reflexos no corpo. "Práticas espirituais e religiosas têm impacto na saúde das pessoas, mas ainda se está estudando o que está por trás disso", diz o psiquiatra espírita Frederico Leão. Os resultados dependem então da fé do paciente? "É importante, mas não determinante", afirma Leão. Médico das Casas Santo André, uma instituição espírita em Guarulhos, município na Grande São Paulo, que cuida de pessoas com deficiência mental, ele estuda os resultados de intervenções espirituais nesses pacientes, todos eles com algum tipo de retardo mental. O objetivo não é atingir a cura, considerado impossível nesses casos, mas sim tentar aliviar alguns problemas, como agressividade, convulsões e recusa em se alimentar. "Há casos em que os problemas cessam. Mas há também aqueles que não apresentam mudança alguma", diz Leão. "Nenhuma prática espiritual substitui o tratamento médico convencional. Ela é apenas um complemento."



Efeito placebo

Mas é possível que os cirurgiões psíquicos produzam efeitos em seus pacientes mesmo não tendo nenhum poder paranormal ou afinidade com espíritos. O impacto psicológico que eles podem causar pode servir como gatilho para processos de cura realizados naturalmente pelo organismo. Seria algo parecido com o efeito placebo, no qual pacientes que tomam pílulas de farinha acabam apresentando melhoras pelo simples fato de acharem que estão tomando um remédio. "Muitos dos que procuram esses cirurgiões são pessoas que foram desenganadas pela medicina tradicional", diz Zangari. "Ser tratado de maneira pessoal, com todo carinho, por esses curandeiros pode produzir efeitos favoráveis para a saúde." O fato de as pessoas às vezes acreditarem mais no curandeiro do que num médico também pode afetar o tratamento. Há relatos de pessoas que foram curadas de cirrose hepática em cirurgias espirituais. Elas foram "operadas", tomaram suas ervas e seguiram a recomendação do curandeiro de parar de beber - que é o único tratamento eficaz conhecido (a não ser em casos muito avançados, que só se resolvem com transplante de fígado) e que qualquer médico aconselha aos seus pacientes.
Independentemente de esses curandeiros serem homens miraculosos ou charlatães, a maioria dos pesquisadores concorda num ponto: é preciso estudá-los melhor. Seja para desmascarar as farsas, seja para aprender técnicas que podem ser úteis para a medicina tradicional. "O compromisso da medicina é ajudar o paciente. Se algo nessas curas for realmente bom, devemos aprender e usar isso a favor das pessoas", afirma Almeida. "Sou favorável a pesquisas que tentem conciliar métodos convencionais com métodos alternativos não-invasivos", diz Zangari. Mas, apesar de o Brasil ser um país onde a cirurgia psíquica é mais popular, as pesquisas científicas ainda engatinham. "Não há verbas para essas pesquisas, e quem se arrisca costuma sofrer um pouco de preconceito", diz Leão. "Esse é um campo que ninguém estuda, mas todo mundo tem opinião. Acabamos ignorando coisas que acontecem no nosso quintal", diz Almeida.


Meca de curandeiros
Foi no final da década de 60 que os cirurgiões psíquicos ganharam notoriedade, graças à publicação de The Wonder Healers of the Philippines (Os Maravilhosos Curandeiros das Filipinas), do escritor esotérico americano Harold Sherman. O mundo foi então apresentado a Antonio Agpoa, um curandeiro filipino que não foi o primeiro cirurgião mediúnico, mas que popularizou o estilo de cirurgia com as mãos em que se pode observar o sangue jorrando e a retirada de tecidos. Mais do que isso, ele transformou suas curas num ótimo negócio. Após a publicação do livro, em 1967, e da exibição de documentários também feitos por Sherman, pacientes-turistas dos Estados Unidos e da Europa começaram a ir em grandes excursões para se consultar na clínica de Agpoa nas proximidades de Manila, capital das Filipinas. O homem havia se tornado um pop star. No final de 1967, ao fazer uma viagem aos Estados Unidos, Agpoa foi acusado de fraude por vários de seus ex-pacientes e acabou sendo preso. Após pagar uma fiança de 25 mil dólares, fugiu de volta para as Filipinas.

Tudo isso teve pouco impacto em sua carreira. Não se sabe quanto dinheiro Agpoa amealhava, entre pagamentos de "consultas" e doações. O fato é que, em pouco tempo ele conseguiu construir um hotel cinco estrelas para hospedar - obrigatoriamente - as pessoas que queriam se tratar com ele. Não bastasse isso, sua mulher abriu uma operadora de turismo especializada em promover excursões de pacientes. Foi acusado de fraude diversas vezes, mas continuou operando até morrer por causa de um derrame, em 1982. A principal ironia, que não passou despercebida a seus críticos, é que, mesmo vivendo na meca dos cirurgiões psíquicos, muitos ensinados por ele, e mesmo dizendo-se capaz de curar inclusive câncer, Agpoa acabou recorrendo a um hospital dos Estados Unidos quando precisou fazer uma cirurgia de apêndice.
As Filipinas sempre tiveram uma "tradição" em curandeiros alternativos. E, hoje em dia, quando o assunto é cirurgia psíquica, é sempre citado como o principal centro mundial. O segundo lugar mais lembrado é o Brasil. Não há estatísticas confiáveis sobre o número de cirurgiões brasileiros, mas o fato é que alguns deles atendem tantas pessoas que conseguem destaque inclusive no exterior, como nos casos de Zé Arigó e João de Deus. As explicações para esse sucesso são várias. "Essas práticas são notáveis em todos os países onde o sistema de saúde é falho", diz o psicólogo Wellington Zangari. "Também temos grupos religiosos que definem muito bem o que é e o que não é saúde. Em alguns deles, se você não tem saúde, é porque o diabo está no seu corpo. A solução é tratar o espírito com exorcismo." O psiquiatra Frederico Leão aponta ainda outro fator: o alto custo do tratamento de doenças graves. "A medicina tornou-se muito cara, o que faz as pessoas mais simples considerarem outras alternativas, como os curandeiros."


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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Flor usada no Egito antigo tem sucesso contra câncer

Flor usada no Egito antigo tem sucesso contra câncer em pesquisa
Remédio feito com açafrão-do-prado destruiria células cancerígenas, preservando tecidos saudáveis.


O pesquisador Laurence Patterson (Foto: PA)
Um novo remédio feito com uma flor que já tinha usos medicinais no Egito antigo pode destruir células de câncer, segundo uma pesquisa realizada por cientistas britânicos.
A nova droga produzida a partir do açafrão-do-prado (Colchicum autumnale) circula na corrente sanguínea, mas só é ativada por uma substância química emitida por tumores malignos.
Ela atacaria então as células cancerosas que se espalharam, mas deixaria intactos os tecidos saudáveis.
O remédio foi testado com sucesso em camundongos contra câncer de mama, intestino, pulmão e próstata, mas deve ser eficiente contra qualquer tipo de tumor sólido, segundo os pesquisadores.
Nos testes de laboratório, metade dos camundongos ficou completamente curada após uma única injeção da droga e houve redução no ritmo de crescimento dos tumores em todos os animais testados.
Os testes clínicos devem começar em até dois anos.


Açafrão-do-prado (Foto: Arnhoffer Károly/Creative Commons)
'Inanição'
Os pesquisadores dizem que a chave para o sucesso do tratamento é que ele é ativado por uma enzima usada pelos tumores para invadir os tecidos a seu redor.
Uma vez ativado, o remédio destrói as veias que alimentam o tumor e faz com que o câncer morra de inanição.
'O que criamos é, efetivamente, uma 'bomba inteligente', que pode ser direcionada a matar qualquer tumor sólido, aparentemente sem danificar os tecidos saudáveis', disse o líder da pesquisa da Universidade de Bradford, Laurence Patterson.
Veneno
O extrato do açafrão-do-prado tem um histórico de usos medicinais e também como veneno na Grécia e no Egito antigos.
Mais frequentemente, a substância colchicina, retirada da planta, é usada no tratamento de crises de gota.
Tentativas anteriores de usá-la no combate ao câncer fracassaram devido à alta toxicidade do composto, mas o problema teria sido resolvido depois que a equipe britânica conseguiu torná-la inofensiva até entrar em contato com um tumor.
A nova droga pertence à mesma família de remédios do Paclitaxel, o agente de quimioterapia mais usado no mundo, produzido a partir da casca da árvoreTaxus brevifolia.
'Se (os resultados) forem confirmados em testes de laboratórios mais extensos, os remédios baseados nessa abordagem podem ser muito úteis como parte de uma combinação de tratamentos contra diversos tipos de câncer', disse Paul Workman, do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres.
Pacientes do Hospital de St. James, em Leeds, poderão ser os primeiros a testar o novo remédio dentro de 18 a 24 meses.