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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Warren Oates - O autêntico cowboy de Hollywood

 Warren Oates - O autêntico cowboy de Hollywood

Desta vez vamos lembrar de Warren Oates, o cowboy com cara de mau que apesar de nunca ter sido capa de revista ou mesmo que raramente uma foto sua tenha sido vista em qualquer mídia. 
(FILME COMPLETO NO FINAL DO TEXTO)

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Foto de iceberg que teria afundado o Titanic aparece após mais de 100 anos

Foto de iceberg que teria afundado o Titanic aparece após mais de 100 anos


Mais de um século após o naufrágio do Titanic, uma fotografia inédita do iceberg que teria afundado o navio está sendo leiloada no Reino Unido. 

sexta-feira, 10 de abril de 2020

NASA publica uma imagem impactante do limiar do espaço

NASA publica uma imagem impactante do limiar do espaço


A cerca de 80 quilômetros acima da superfície da Terra, quando o vapor d’água se condensa e congela ao redor de partículas de poeira, são formadas as “nuvens noctilucentes”, a uma temperatura próxima dos 130° C abaixo de zero.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Saiba quais comportamentos podem resultar em banimento do Whatsapp

Saiba quais comportamentos podem resultar em banimento do Whatsapp


O Whatsapp é uma ferramenta de comunicação eficaz que facilita a vida de muita gente. 

A história por trás de uma das mais famosas fotos do planeta Terra

A história por trás de uma das mais famosas fotos do planeta Terra


A Terra era a única coisa de todo o Universo que tinha alguma cor — Foto: Nasa


A imagem do nosso planeta “nascendo” atrás da Lua foi feita há 50 anos, durante a missão Apollo 8.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

A fotógrafa que se arrisca para fazer imagens dentro de vulcões ativos


A fotógrafa que se arrisca para fazer imagens dentro de vulcões ativos

Ulla Lohmann passou boa parte da última década explorando essas formações geológicas 
(Foto: BBC)

Alemã Ulla Lohmann passou a maior parte da última década registrando o interior desses locais perigosíssimos. No vídeo, ela descreve a experiência.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Será que o megalodon ainda poderia existir na Terra?


Será que o megalodon ainda poderia existir na Terra?


Você já deve ter ouvido falar no megalogon, um tubarão pré-histórico gigante que apavorava os mares com seus mais de 15 metros de comprimento e mandíbulas repletas de “dentinhos” medindo entre 8 e 18 centímetros aproximadamente. Essas criaturas monstruosas habitaram o nosso planeta há cerca de 28 e 1,5 milhões de anos atrás e desapareceram durante o Pleistoceno.

domingo, 4 de agosto de 2013

EUA divulgam imagem 'peixe monstro' fisgado há mais de 100 anos


EUA divulgam imagem 'peixe monstro' fisgado há mais de 100 anos


biblioteca do Congresso dos EUA divulgou na quinta-feira (1º) a imagem de um peixe enorme que foi fisgado pelo pescador Edward Llewellen há mais de 100 anos (Foto: Library of Congress/Reuters )

Edward Llewellen fisgou peixe Centropristis striata de 193 kg.
Fisgado em 1903 na Califórnia, peixe estabeleceu novo recorde.

A biblioteca do Congresso dos EUA divulgou na quinta-feira (1º) a imagem de um peixe enorme que foi fisgado pelo pescador Edward Llewellen há mais de 100 anos. A foto mostra Llewellen com um peixe da espécie Centropristis striata de 193 quilos, que ele fisgou em 26 de agosto de 1903 na ilha Catalina, no estado da Califórnia.



sábado, 25 de maio de 2013

Telescópio Hubble registra novas imagens da Nebulosa do Anel


Telescópio Hubble registra novas imagens da Nebulosa do Anel

Nebulosa do Anel tem estrela anã branca no centro, que deve morrer em 10 mil anos (Foto: Nasa/ESA/C.R. Robert O’Dell, G.J. Ferland, W.J. Henney e M. Peimbert/Large Binocular Telescope: David Thompson)

Região fica na constelação de Lira, a cerca de 2 mil anos-luz da Terra.
Centro contém estrela anã branca, que deve morrer dentro de 10 mil anos.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Fórmulas da Imagem - Computadores


FÓRMULAS DA IMAGEM - Computadores


Pontos, retas e curvas, organizados segundo as leis da Matemática e da Física, viram imagens dentro de um computador. Nas duas primeiras partes do poster, vemos a computação gráfica no cinema e na publicidade, dos efeitos especiais ao processo de construção das imagens. Na terceira parte, o uso da computação gráfica na ciência, especialmente em Medicina, onde pode aperfeiçoar tanto os diagnósticos como as cirurgias.

sábado, 20 de abril de 2013

Árvore resiste no meio de milhares de pneus usados na França



Árvore resiste no meio de milhares de pneus usados na França

Árvore resiste no meio de milhares de pneus usados (Foto: Eric Cabanis/AFP)

Pneus foram abandonados em área de reciclagem.
Empresa de reciclagem de pneus usados foi fechada em 2004.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Artista impressiona com tatuagens hiper-realistas




Artista impressiona com tatuagens hiper-realistas no Reino Unido


Cliente exibe retrato de Einstein tatuado do braço (Foto: Reprodução)

Chris Jones trabalha em estúdio no País de Gales.
Tatuador passou 12 anos aperfeiçoando técnicas de 'realismo colorido'.

O tatuador Chris Jones se tornou famoso mundialmente por causa de seu trabalho hiper-realista, que é definido pelo artista como “realismo colorido”. Natural do País de Gales, o Jones trabalha em um estúdio em Cardiff, capital do país.

Chris passou 12 anos para melhorar sua técnica, para criar um portfólio que pudesse reproduzir o realismo fotográfico na pele de seus clientes.

O espartano 'Leônidas", do Filme '300', feito por Chris Jones (Foto: Reprodução)

Entre os desenhos feitos pelo tatuador, estão desde figuras famosas como Albert Einstein, Marilyn Monroe, personagens de filmes como Leônidas (“300”), Darth Vader ("Star Wars") até estrelas de desenho animado como da série “Muppets”. "Tatuar alguém com seu filme ou desenho favorito é sensacional”, contou Chris em entrevista ao jornal “Daily Mail”.

O artista afirma que gosta desse tipo de técnica porque é difícil e bastante desafiadora, e revelou que muitas pessoas chegam a duvidar da veracidade em alguns de seus desenhos. “Muitos não acreditam que se trata de uma tatuagem”, contou.

O portfólio do artista, contendo as tatuagens feitas recentemente, está disponível na página de Chris Jones no Facebook (Veja aqui: https://www.facebook.com/tattoosbychrisjones).

Artista passou 12 anos aperfeiçoando sua técnica de realismo colorido (Foto: Reprodução)




terça-feira, 13 de setembro de 2011

Imagens do outro mundo - Fantasmas

IMAGENS DO OUTRO MUNDO - Fantasmas



A DAMA DE MARROM

Esta é considerada "a mais famosa foto de fantasma do mundo". Publicada na revista britânica Country Life em 1936, mostra um suposto fantasma descendo a escadaria da mansão Raynham Hall, em Norfolk, na Inglaterra. Seria o espectro de Dorothy Walpole, uma aristocrata que viveu entre 1686 e 1726. Por ordem do marido, que descobrira um antigo caso da mulher, ela teria passado os últimos anos da vida confinada num dos quartos. Numa das escapadas, teria sido empurrada escada abaixo e quebrado o pescoço. Sua aparição ficou conhecida como "a dama de marrom", por causa da cor do vestido que usava. Curiosamente, depois de aparecer na Country Life, ela nunca mais foi vista. Teria ficado satisfeita com a repentina fama? Céticos dizem que a foto foi obtida por sobreposição de imagens.



LÁGRIMAS DE SANGUE

Nos anos 20, o belga Adrien Boggart causou sensação por supostamente derramar lágrimas de sangue. Os médicos da época não conseguiram descobrir se era um truque ou um fenômeno real. Ao longo da história, Boggart não foi o único a alegar esse feito. Não somente surgiram outras pessoas que diziam ter esse "poder" como também há relatos de imagens de Jesus Cristo e de vários santos que teriam chorado sangue. No ano passado, circularam rumores de que uma estátua do ex-presidente George Bush, na sede da CIA, em Washington, também tinha começado a chorar sangue. Segundo uma versão propagada pela internet, o curioso "fenômeno" ocorreria à meia-noite do último dia de cada mês desde que George W. Bush, o filho mais velho de George Bush, elegeu-se o 43º presidente dos Estados Unidos.



VEJA QUEM VOLTOU

A inglesa Mabel Chinnery visitava o túmulo de sua mãe, recém-falecida, num dia de 1959. Ela havia levado uma câmera para tirar algumas fotos da sepultura, para guardar de recordação. Antes de voltar para casa, resolveu gastar o filme tirando uma foto do marido, que aguardava sozinho no carro. Bem, pelo menos ela achava que ele estava sozinho. Ao revelar o filme, Mabel quase caiu de costas ao perceber que havia alguém no assento de trás do carro. Era uma senhora de óculos e uma echarpe branca no pescoço. Mabel logo reconheceu a figura: era sua mãe, que supostamente deveria estar no túmulo!



A FACE DO ESPÍRITO

Esta foto de aparência tosca mostra o rosto de um espírito que teria baixado durante uma sessão organizada pelos pesquisadores franceses Gustave Geley (1868-1923) e Charles Richet (1850-1935). Difícil acreditar, não? Os dois pesquisadores por trás dessa história eram cientistas conceituados. Geley fundou o Instituto Metapsíquico de Paris, que se dedica a estudos na área da parapsicologia. E Richet ganhou o Prêmio Nobel de Medicina, em 1913, por suas pesquisas no campo da fisiologia. Apaixonado pelo espiritismo, foi Richet quem criou o conceito de "ectoplasma" - termo usado para designar a substância que alguns médiuns emanariam do corpo para materializar espíritos.



CARA NA BANDEJA

O rosto de uma pessoa aparece gravado em relevo nesta bandeja, um fenômeno que teria sido produzido pela médium italiana Eusapia Palladino (1854-1918), durante uma sessão espírita em 1897. Eusapia teria gravado a imagem do próprio rosto sem tocar na bandeja, usando apenas sua concentração mental - um caso típico de influência sobre a matéria, ou psicocinese. Dizem que Eusapia era capaz de fazer coisas como levitar, mover objetos a distância, desenhar e tocar instrumentos musicais sem usar a mão. O pesquisador espírita brasileiro Hernâni Guimarães Andrade publicou, há sete anos, um artigo em que dizia acreditar que os fenômenos provocados por Eusapia eram, em sua maioria, autênticos, mas "mesclados com tentativas de fraude". A médium teria se justificado certa vez: "Eles (os observadores) pedem que eu os engane, e eu atendo aos seus desejos".

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cada um na sua - Camiseta


CADA UM NA SUA - Camiseta



Levante a mão quem nunca teve uma camiseta preferida. Já que você não se mexeu, é melhor sentar-se confortavelmente para ler esta reportagem. Afinal, é sobre aquele delicioso pedaço de pano que você veste sempre que quer se sentir bem - e sobre as histórias que ele conta - que estamos falando.

Quase dois bilhões de camisetas são vendidas no mundo todos os anos. Mas o que torna essa peça de roupa um item tão imprescindível? "A camiseta é uma tela em branco", diz a consultora de moda Constanza Pascolato. E parece ser justamente a possibilidade de pintar essa tela como quisermos que nos fascina. Pela camiseta, descobrimos se fulano foi a um show de rock, se estudou numa universidade da Califórnia, se toma aquele refrigerante tão pop, se é contra a caça às baleias ou a favor da prevenção do câncer. Elas servem de passaporte para entrar (camiseta virou convite para eventos e festas) e também para sair (experimente entrar na arquibancada do Atlético Mineiro com uma camiseta do Cruzeiro).

Usada durante séculos com a mesma discrição com que hoje usamos calcinhas e cuecas, a camiseta foi aos poucos sendo revelada. Ao longo do último século, vestiu sonhos, paixões, revoltas e protestos. E, enquanto cada um de nós estampava no peito sua história pessoal, nem percebíamos que estávamos pintando também um pouca da história do mundo em que vivemos.



Antes do começo - Antes do século 20

A história da camiseta costuma ser contada a partir da década de 1950, quando a juventude americana colocou para fora as peças que até então só eram usadas como roupa de baixo. Mas há um prólogo bem comprido na biografia da peça de roupa mais democrática de todos os tempos.

Em 1516, Michelângelo finalizou O Escravo Moribundo. A estátua mostrava um homem completamente nu, com exceção de uma peça que ele levantava acima do peito e que em nada lembrava as roupas empoladas usadas na época. "Na história da arte, esse pode não ser o único nem o primeiro exemplo de uma camiseta, mas é certamente o mais triunfante", escreveu o crítico de arte Olney Krüser no livro A História da Camiseta.

A ousadia de Michelângelo não ditou moda. Ainda iriam se passar centenas de anos antes que a camiseta pudesse ser vista com naturalidade sobre o corpo de homens e mulheres.

Os antepassados mais antigos da camiseta foram as túnicas usadas nos impérios grego e romano, por volta de 700 a.C. Elas deram origem aos camisolões da Idade Média, que eram usados só como roupa de baixo. Feitos com um tecido duro, que não moldava o corpo, eles não eram retirados nem na hora do banho, já que o contato com a própria nudez era considerado pecaminoso. Quando os homens passaram a usar calças, por volta do século 16, o camisolão começou a ser encurtado. E, à medida que os tecidos se tornavam mais maleáveis, ele ia se estabelecendo como o companheiro inseparável - porém invisível - da roupa do dia-a-dia.



Saindo do armário - Até os anos 50

Até o começo do século 20, a maior pretensão de uma camiseta era proteger os homens de incômodos como a transpiração. Se elas se exibiam, era no corpo de trabalhadores: verdureiros, jornaleiros e operários em geral.

Foram os imigrantes europeus que trouxeram a moda para o Brasil, por volta de 1895. Muitos inclusive usavam a versão sem mangas, mais apropriada para o clima tropical com o qual não estavam acostumados. Na época, a peça era conhecida por um nome mais comprido: "camisa-de-meia", uma referência ao algodão, tecido nada nobre e restrito às peças íntimas.

A moda acabou fazendo sucesso nas praias cariocas. Comparada às roupas de banho da época, largas camisas sobre shorts compridos, a camiseta, mais justa ao corpo, era uma experiência sem precedentes de liberdade.

Essa ligação com a idéia de liberdade e conforto esteve sempre presente na história da camiseta. Em 1934, durante suas férias na Riviera Francesa, Coco Chanel cometeu o absurdo de aparecer vestindo uma calça masculina e uma camiseta de marinheiro, feita de um tecido tão "inadequado, miserável, frágil e bom apenas para roupas de baixo" (como escreveu Edmond Charles-Roux no livro Le Temps Chanel - "Os Tempos de Chanel", sem tradução em português), que parecia impensável que estivesse sendo exibida por uma das estilistas mais bem-sucedidas de todos os tempos. A mensagem era clara: o conforto estava na moda. E nenhuma outra peça poderia ser uma aliada melhor que a roupa macia de algodão.



Onde tudo começou - Anos 50

Em 1955, o diretor americano Nicholas Ray decidiu filmar a história de um garoto rebelde, de passado conturbado. Juventude Transviada - ou Rebel Without a Cause ("Rebelde sem Causa", o título original) - tornou-se um marco no cinema. Para o papel principal, Ray escolheu um jovem ator hollywoodiano que acabou se tornando o ícone de uma geração. No papel de Jim Stark, James Dean era o retrato perfeito da juventude americana no começo da década de 1950: jovens másculos e perturbados que voltavam para a casa da Segunda Guerra Mundial e tinham extrema dificuldade em se reintegrar à conservadora sociedade americana.

Aqueles jovens não estavam dispostos a vestir o uniforme da conformidade, o terno. Assim, passaram a usar as mesmas camisetas que estavam por baixo da roupa de guerra (por cima delas, muitas vezes, apareciam as famosas jaquetas de couro). "Nos anos 50, a camiseta equivalia a uma evidente recusa da maneira tradicional de se vestir. Sua simplicidade equivalia a um ‘não’ incisivo", escreveu o filósofo Luiz Carlos Maciel no texto "Vestindo sonhos e idéias", também do livro A História da Camiseta. E o "não" da juventude americana logo se tornou um coro ao redor do mundo.



Paz, amor e camiseta - Anos 60

Ainconformidade e a negação ao tradicionalismo, que nasceram nos anos 50, chegaram à década de 1960 transformadas em revolta contra os padrões. O anseio por liberdade transformou a moda e a tornou unissex. Cabelos compridos não eram mais exclusividade feminina, assim como camisetas deixaram de ser roupas de homem.

Em 1963, a edição francesa da revista Elle, um dos símbolos da moda no mundo, publicou na capa uma foto de moças vestidas com bonés e camisetas. Ou melhor, "suéteres de verão". A moda estava pegando, mas parece que a alta burguesia francesa ainda não estava preparada para usar a mesma roupa que operários e jovens delinqüentes.

Foi só a partir da metade da década, com a turbulência dos protestos pacifistas contra a Guerra do Vietnã, dos assassinatos de Kennedy e Martin Luther King, dos movimentos pela liberação sexual e dos sucessos estrondosos do rock’n roll, que a camiseta assumiu de vez seu papel de meio de comunicação. Havia tanta coisa a ser dita, tantos partidos a tomar, que era melhor ir avisando logo de que lado se estava. E nenhum suporte era mais eficiente do que a mensagem estampada com todas as letras no peito de cada um. "A contestação expressa pela camiseta ganha um conteúdo afirmativo nos anos 60, quando ela deixa de ser simplesmente roupa para se tornar meio de comunicação de massa", escreveu Maciel.

A idéia de simplicidade e recusa dos padrões que a peça sugeria agradava aos hippies, a massa jovem da época. Estava preparado o terreno para as mensagens mais radicais, sem papas na língua, que invadiram as camisetas na década seguinte.



Rasgados e chiques - Anos 70

Em 1971, Yves Saint Laurent era um dos estilistas mais badalados do mundo. Suas roupas vestiam divas do cinema e suas modelagens tinham a fama de transformar qualquer ser do sexo feminino em uma mulher poderosa e sexy. O que ele dizia sobre moda virava regra e não poderia ser diferente quando ele declarou que "tudo o que uma garota de 20 anos precisa é de uma t-shirt e um par de jeans". Nada dos "eufemismos de verão" da década anterior. A camiseta havia, enfim, conquistado a todos nós.

Àquela altura, as grandes marcas de refrigerantes, automóveis e outros produtos haviam percebido o enorme alcance daquela peça de roupa e passaram a estampá-la com seus nomes e logos. Ao mesmo tempo, camisetas se estabeleciam como um meio de comunicação e, por isso mesmo, se materializavam como uma aliada importantíssima da contracultura. Aquilo que era ignorado pela grande mídia podia facilmente atingir multidões por meio de imagens estampadas em algodão. Foi assim com a foto do líder revolucionário "Che" Guevara. Foi assim com os protestos do movimento punk. Nada era ousado demais para as camisetas e bastavam dois quarteirões para que as linhas curvilíneas de "Enjoy Coca-Cola" (Saboreie Coca-Cola) se transformassem em "Enjoy Cocaine" (Saboreie Cocaína).



As grifes e o Brasil - Anos 80

Em 1984, a estilista inglesa Katharine Hamnett tornou-se a "eco-chata" mais famosa do mundo. Convidada para uma cerimônia na residência oficial da primeira-ministra britânica, Margareth Tatcher, Hamnett compareceu ao evento vestindo uma jaqueta fechada. Ao se aproximar de Tatcher, e ao lado de todos os fotógrafos, abriu o casaco mostrando uma camiseta que levava os dizeres "58% don’t want Pershing" (58% não querem Pershing). Pershing é um tipo de míssil que estava sendo produzido nos Estados Unidos, com apoio da Inglaterra, mesmo sobre protesto de 58% dos ingleses.

Protestos e posturas contestadoras não faziam tanto sucesso na Europa e nos Estados Unidos dos anos 80. Os hippies haviam saído de cena e agora eram os yuppies - jovens ricos profundamente comprometidos com o consumismo - que ditavam as regras. E a regra, em geral, era muito clara: se você tem dinheiro, mostre-me. Foi assim que as camisetas deixaram de ser a peça mais simples do guarda-roupa e passaram a ostentar a marca de seus fabricantes em letras garrafais. Para dar um look ainda mais suntuoso à roupa, valia até colocar ombreiras por baixo das camisetas.

No Brasil, no entanto, a história era outra. Havíamos amargado duas décadas de ditadura e foi nos anos 80 que finalmente estampamos nossos ideais de um país democrático. As mesmas curvas da Coca-Cola, por aqui, se transformaram em "Tome Eleições Diretas". "A palavra de ordem das ‘diretas-já’ sofreu, num primeiro momento, um boicote por parte dos veículos de comunicação. A utilização ampla de camisetas supriu a falta de jornais e tevê e conduziu a palavra de ordem ao dia-a-dia", escreveu Luiz Carlos Maciel. Mais uma vez a camiseta se provou imprescindível.



Novas formas - Anos 90

No começo de 1992, ao sair para o cooper matinal, o então presidente Fernando Collor de Mello escolhia cuidadosamente a camiseta que iria usar. Elas sempre estampavam frases como "Não fale em crise, trabalhe!" e bastavam alguns flashes para que as mensagens saltassem às páginas dos jornais. A camiseta havia se convertido definitivamente em propagadora de mensagens.

Com isso, ela perdeu parte do seu caráter contestador. Afinal, já não servia apenas àqueles que desejavam um outro mundo. Os protestos até continuaram a ser estampados, mas eram a moda restrita de movimentos localizados. "Nos bairros da periferia de São Paulo, por exemplo, o hip-hop ganhou força nos anos 90, mas a maior parte dos valores da classe média era hedonista, sem preocupação em passar uma mensagem política", diz a professora de antropologia da PUC-SP Márcia Regina da Costa.

A falta de aspirações ou idealismo podia ser vista no movimento grunge. Jovens passaram a se vestir de forma exageradamente largada usando, por exemplo, camisetas por cima de camisetas. Atenta às novas demandas, a indústria logo respondeu aos grunges, com peças imitando a sobreposição.

Mais para o final da década, os jovens começam a viver num paraíso eletrônico, com celulares, internet e eventos superproduzidos. As raves ganham força e, para fazer jus ao novo ambiente noturno, a moda clubber investe em tecidos tecnológicos (brilham no escuro, refletem a luz néon).

Assim, na história da camiseta, a grande revolução dos anos 90 podia ser vista em sua forma e tecidos. Camisetas feitas de sacolas de supermercados, de tecidos sintéticos; camisetas com golas em V, sem mangas, com uma única manga; camisetas largas, baby-looks. O formato em T estava sendo transformado de todas as maneiras possíveis.



Todos de camiseta - Hoje

De tanto estilo que se criou, de tanto tecido que se inventou, os anos 2000 chegaram sem muitas regras no mundo da moda. A idéia é cada um ser o que quer e, por isso mesmo, se vestir como quiser. "As pessoas viraram estilistas de si próprias", diz a consultora Costanza Pascolato.

Com isso, entra em cena a customização. O termo surgiu ainda nos anos 60, quando a Harley-Davidson, fabricante americana de motocicletas, decidiu que seus clientes podiam escolher a cor, os desenhos e todos os acessórios de sua moto. A idéia era que o cliente (customer, em inglês) saísse da loja com uma moto que fosse a sua cara e, por isso mesmo, única.

O termo chegou com força ao mundo da moda. O impacto da internet tornou as marcas globalizadas e espalhou tendências pelo mundo. Para escapar da massificação, muita gente passou a fazer suas próprias camisetas, usando a tecnologia disponível. A indústria, mais uma vez, percebeu o filão. Fabricantes pequenos comercializam camisetas quase exclusivas pela internet e grandes marcas se organizaram para colocar à venda camisetas com cara de únicas. "Vivemos uma época de capitalismo flexível, que, ao invés de produzir para grandes massas, produz para nichos definidos de consumo", diz o professor de ciências sociais e política da Fundação Getúlio Vargas, Francisco Fonseca. "Esses nichos existem pois os valores estão mais individualistas."
A falta de um ideal coletivo é mesmo a marca do mundo em que vivemos. Diferentes sonhos, projetos e modos de pensar formam a sociedade heterogênea de hoje e aparecem refletidos no peito de cada um de nós. Como diz o lema, estamos cada um na sua. Mas todos de camiseta.



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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cientista registra primeira imagem de raio-x em relâmpago

29/12/2010 13h54 - Atualizado em 29/12/2010 13h58

Cientista registra primeira imagem de raio-x em relâmpago
Foto foi feita por pesquisador durante tempestade na Flórida.
Câmera usada pesa 680 quilos e tira 10 milhões de fotos por segundo.


Cientistas conseguiram captar raios-x a partir da imagem de um relâmpago. A tecnologia que tornou a foto possível está em uma câmera rápida o suficiente para detectar as radiações. A foto foi tirada durante uma tempestade nos Estados Unidos, fruto da observação do pesquisador Joseph Dwyer, do Instituto de Tecnologia da Flórida, na cidade de Melbourne. O aparelho usado pesa 680 quilos e é capaz de tirar 10 milhões de fotos por segundo. A descarga elétrica foi gerada artificialmente. As informações são do site da revista 'The Atlantic'. Experimento foi apresentado em encontro de geofísicos. (Foto: Reprodução / The Atlantic)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Telescópio Hubble registra imagem de 'bolha'

15/12/2010 11h03 - Atualizado em 15/12/2010 11h03

Telescópio Hubble registra imagem de 'bolha' de gás rosa no espaço
Esfera é resultado de explosão da supernova SNR 0509.
Distância da Terra é de 160 mil anos-luz.


Uma imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble e divulgada pela agência espacial norte-americana nesta quarta-feira (15) mostra uma "bolha" de gás remanescente da explosão de uma estrela na região. Catalogada como SNR 0509 e distante 160 mil anos-luz, a esfera se encontra dentro da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea, visível a olho nu. O formato mostra a expansão resultante de uma supernova, estágio final da vida das estrelas mais massivas. (Foto: Hubble / NASA / ESA / AP Photo)