10 locais fascinantes criados pela natureza
Reatores nucleares naturais, castelos de algodão, grutas semelhantes a catedrais — e outras criações que fariam inveja no mais gabaritado dos artistas plásticos.
Os grandes engenheiros, arquitetos e artistas plásticos que nos perdoem, mas a natureza realmente cria belas obras sem qualquer assistência humana — embora ainda sejamos nós a avaliar, é verdade. Ok, “mas o ser humano faz parte da natureza!”, diria um espírito inquisidor.
Uma resposta? Deixe qualquer filosofia/antropologia de lado, por um momento, e confira as imagens abaixo. São cavernas de cristais com milhões de anos, reatores nucleares naturais, pedras que deslizam na areia e calçadas feitas como que para gigantes mitológicos.
Sem mais delongas, confira abaixo 10 dos locais mais deslumbrantes que se podem encontrar sobre a superfície da Terra.
Caverna dos Cristais (México)
A Caverna dos Cristais, localizada no México, traz as maiores formações do gênero de que se tem conhecimento. O crescimento, entretanto, é incrivelmente lento: uma altura equivalente a um prédio de dois andares pode demorar vários milhões de anos para ser alcançada. De acordo com os pesquisadores, é possível que existam bolsões com líquido no interior desses cristais gigantes — caldos que podem trazer vidas microscópicas.
O Olho do Saara (Mauritânia)
Também conhecido como Estrutura de Richat, o local se assemelha a um enorme alvo com 50 quilômetros de largura. De fato, a formação é tão grande que algumas missões espaciais pioneiras a utilizavam como ponto de referência.
De acordo com a explicação predominante entre os cientistas, trata-se do resultado de porções de terra elevadas que acabaram desgastadas pelos ventos ao longo dos anos. Rochas de tipos diferentes, entretanto, sofrem erosão em taxas próprias, o que explicaria as formas concêntricas.
Calçada dos Gigantes (Irlanda)
Para que criaturas míticas haveria de ter sido construída semelhante estrutura? A Calçada dos Gigantes é composta por mais de 40 mil pilares vulcânicos — a maior parte em formato hexagonal. A lenda diz que calçada foi construída pelo gigante Finn McCool, a fim de transpor o mar até a Escócia e encarar seu arquiinimigo, Benandonner.
Alguns pesquisadores, entretanto, possuem outra teoria. A formação seria o resultado de porções de lava que deixaram o interior da terra há 60 milhões de anos. Ao endurecer, a lava acabou assumindo o formato de colméia — sendo que alguns pilares possuem mais de 12 metros.
Rochas deslizantes de Racetrack Playa (EUA)
Caso alguém desinformado encontrasse uma dessas pedras em Death Valley, possivelmente pensaria em alguma forma de “animismo” — um amontoado mineral com vida própria. Afinal, além o rastro deixado para trás é evidente.
Eis a explicação da NASA, entretanto. Durante os meses de inverno, formam-se camadas de gelo ao redor dessas rocha, o que as faria escorregar pela superfície — até que o verão chegue novamente, e a imagem surpreenda passantes incautos.
Torres de gelo do Monte Erebus (Antartica)
O Monte Erebus, na Antártica, é um vulcão ainda ativo com quase 4 quilômetros de altura. É nele que se encontram as famosas “torres de gelo”. As estruturas se desenvolvem quando fumarolas (aberturas na superfície da crosta) passam a jorrar vapor — que acaba congelado no mesmo lugar em que deixa a terra por conta das baixíssimas temperaturas. O resultado são chaminés que podem chegar a 10 metros de altura.
O reator nuclear natural de Oklo (Gabão)
Pode parecer um absurdo à primeira vista, mas nem todos os reatores nucleares da Terra foram feitos por mãos (ou ferramentas) humanas. De fato, em Oklo, no Gabão, encontra-se um forjado pela própria natureza. Aparentemente, o reator se formou espontaneamente há aproximadamente 2 bilhões de anos, movido por urânio.
Pesquisadores dizem que a estrutura se manteve ativa por aproximadamente 150 mil anos, com uma produção média de 100 quilowatts e irradiando uma energia equivalente à de 100 bombas atômicas durante o período.
Eisriesenwelt, o “Mundo dos Gigantes de Gelo” (Alemanha)
A palavra acima, praticamente impronunciável para um lusófono, significa apenas “cavernas de gelo”, e se refere à maior atualmente conhecida no mundo. As grutas calcárias do local se mantém frias o suficiente para congelar qualquer porção de água em seu interior, resultando em formações colossais.
O pavimento de Eaglehawk Neck (Tasmania)
É razoável deixar se levar pelo ceticismo diante da imagem acima. De fato, o pavimento de Eaglehawk Neck dá a impressão de não ser completamente natural. Eis, entretanto, uma rara formação geológica de siltito, formada por rochas que se partiram em formatos semelhantes a paralelepípedos, possivelmente entre 60 e 160 milhões de anos atrás.
No momento em que a água do mar cobre as plataformas, a areia e as ondas fazem o seu trabalho sobre a rocha. O formato se deve à diferença das taxas de erosão referentes ao espaço entre as bordas da estruturas e as bordas propriamente ditas.
Pamukkale (Turquia)
A palavra acima significa “castelo de algodão” em turco, embora a estrutura se pareça muito com uma caverna de gelo... Embora se trate mesmo de formações minerais cheias de água quente. Mas a água das termais do local são tão ricas em minérios que acabam por formar passarelas e imensos terraços “de algodão”.
Gruta de Fingal (Escócia)
A Gruta de Fingal é o que se poderia chamar de uma catedral forjada por forças naturais. Seus 75 metros de profundidade e seus 20 metros de altura — juntamente com belas colunas hexagonais de origem vulcânica — fizeram da caverna a “musa” do compositor Felix Mendelssohn Bartholdy, que buscou nela inspiração para a introdução de sua obra “As Hébridas”.
O local também recebeu muitas visitas ilustres durante o período vitoriano, incluindo o escritor Julio Verne, os poetas William Wordsworth e Alfred Lord Tennyson e mesmo a própria rainha Vitória.
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