sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Arquéologos lutam para preservar mosaicos de 2 mil anos na Turquia


Arquéologos lutam para preservar mosaicos de 2 mil anos na Turquia


Obras de arte decoravam as luxuosas casas na antiga cidade romana de Zeugma, que hoje pertence à Turquia.


Por volta do século 2 a.C., as ricas famílias gregas contratavam artistas para decorar suas luxuosas casas. Os temas variavam de acordo com o gosto e interesse intelectual do proprietário. Quando um hóspede chegava a uma casa dessas, era levado para as salas decoradas antes da bebida e comida serem servidas. A decoração estava também nos quartos, retratando, por exemplo, amantes como Eros e Telete. 

Todo esse passado acabou soterrado com o passar dos séculos e, hoje, os arqueólogos trabalham duro para resgatar a história. Em Zeugma, cidade que hoje pertence à Turquia, o governo decidiu construir uma barragem que inundaria boa parte do patrimônio cultural e histórico escondido debaixo da terra. 

Os cientistas correram para salvar as relíquias. Entre elas, os famosos mosaicos de vidro da época do Império Romano. 


Zeugma tem uma história que remonta ao século 3 a.C, quando era uma cidade grega chamada Seleucia. Em 64 a.C., os romanos conquistaram e rebatizaram a cidade, que passou a se chamar Zeugma, que significa ponte ou passagem em grego antigo. Por séculos, Zeugma foi uma das mais importantes cidades do império romano oriental, graças a sua localização – fronteira entre o mundo greco-romano e o império persa. 

Quando o império romano entrou em decadência em 253 d.C., Zeugma também se enfraqueceu e foi tomada pelos persas. Por mais de 1 mil anos, a história das ricas famílias locais foi completamente esquecida e literalmente soterrada. 



“Os mosaicos coloridos eram parte integrante das casas, retratando várias figuras mitológicas como deuses, deusas e heróis antigos. Eles eram um produto da imaginação e não simplesmente escolhidos de um catálogo de arte”, explica o professor Kutalmış Görkay, da Universidade de Ankara, que coordena as escavações na cidade.


Fonte: My Modern Met 


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