sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Conheça 10 mulheres incríveis que você não encontra nos livros de história


Conheça 10 mulheres incríveis que você não encontra nos livros de história


Elas enfrentaram obstáculos aparentemente intransponíveis e provaram ao mundo que eram extraordinárias.

Conheça 10 personagens femininas que enfrentaram as adversidades de seu tempo e mudaram o rumo da nossa história em diferentes áreas – política, cultura, ciência, inovação, medicina. Mesmo assim, até hoje, pouco destaque recebem nos livros de história. 



1. Sybil Ludington (1761-1839) 

Em 26 de abril de 1777, na cidade de Danbury, Connecticut, Sybil Ludington, então com 16 anos de idade, encilhou seu cavalo e galopou durante toda a noite por cerca de 64 quilômetros para alertar a milícia colonial sobre um ataque britânico. Ela conseguiu reunir os combatentes sob o comando do seu pai e, mais tarde, recebeu o reconhecimento de George Washington, que esteve pessoalmente em sua casa.




2. Elizabeth Jennings (1830-1901) 

A professora negra Elizabeth Jennings entrou para a história ao desafiar a segregação racial nos EUA aos 24 anos de idade. Em 16 de julho de 1854, Elizabeth se recusou a ficar em pé em um bonde na cidade de Nova York. Havia lugares vagos, mas negros não podiam ocupa-los. O condutor retirou-a à força do veículo e empurrou Elizabeth na rua. Ela escreveu uma carta ao New York Tribune, processou a companhia de transporte e recebeu 225 dólares por perdas e danos. Seu caso criou um precedente legal nos EUA e em 1860, as linhas de bonde de Nova York foram integradas.




3. Ida Wells (1862-1931) 

Em 1884, fato semelhante ocorreu em Memphis. Aos 25 anos de idade, a escritora e ativista de direitos civis Ida Wells se recusou a liberar o assento no trem para um passageiro branco. A confusão foi armada e Ida foi retirada à força do trem. 
Ela ganhou o caso nos tribunais locais, mas sua vitória foi anulada pelo Supremo Tribunal de Tennessee. Mesmo assim, ela não desistiu. Seguiu lutando contra a violência e a discriminação no Sul dos EUA. Ao mudar-se para Chicago, brigou também contra as escolas segregadas e pelo sufrágio feminino. Em 1930, Wells tornou-se uma das primeiras mulheres negras a buscar um cargo público, quando se candidatou ao Senado.




4. Marie Stopes (1880-1958) 

Marie Stopes é considerada, até hoje, uma das maiores especialistas em plantas antigas. Em 1904 recebeu o título de doutora em botânica pela Universidade de Munique. Foi palestrante na Universidade de Manchester e popularizou os conhecimentos sobre vida fóssil vegetal com o livro “Plantas Antigas”. Trabalhou no Japão e no Canadá, pesquisou o carvão para o governo britânico e acabou criando a terminologia científica para o carvão, usada até hoje. Além das contribuições na botânica, Marie foi pioneira nos estudos e publicações sobre planejamento familiar, contracepção e saúde reprodutiva.




5. Clara Maass (1876-1901) 

Clara Maass viveu e morreu pela medicina. Em 1898, serviu como enfermeira na Guerra Espanhola, cuidando de soldados com dengue, malária, febre amarela e febre tifoide. Em 1901, ela se ofereceu para participar de um experimento arriscado no exército americano. Maass permitiu ser picada por mosquitos que se alimentavam de pacientes com febre amarela para testar se a doença seria transmitida através da picada de mosquitos infectados. Ela contraiu a doença e se recuperou. 

Voluntariou-se novamente, mas desta vez não resistiu. Sua morte pôs fim aos experimentos sobre febre amarela com pessoas.




6. Charlotte Edith Anderson Monture (1890-1996) 

Charlotte Monture queria ser enfermeira, mas o preconceito racial a impediu de entrar para o programa de enfermagem do Canadá. A menina havia nascido na reserva Six Nations of the Grand River, ao Sul de Ontário. Ela não desistiu do sonho e foi para a escola de enfermagem em New Rochelle, Nova York. Em 1917, Charlotte trabalhou em um hospital militar na França, durante a Primeira Guerra Mundial. 
Quando a Guerra acabou, ela voltou a viver na Reserva e trabalhou como enfermeira em um hospital local.




7. Chien-Shiung Wu (1912-1997) 

Conhecida como a “Primeira-Dama da Física”, Chien-Shiung Wu participou do Projeto Manhattan, um programa secreto do governo americano na década de 1940, que estudava e criava armas nucleares. Chien-Shiung ajudou no processo de separação dos isótopos do urânio, aumentando, assim, a quantidade do combustível para a bomba atômica. Em 1957, o grupo de pesquisadores recebeu o Nobel de Física, mas a contribuição de Chien-Shiung às pesquisas foi negligenciada por seus colegas. 
Apesar do desprezo, a cientista continuou seus estudos e, mais tarde, recebeu uma série de prêmios.




8. Nancy Grace Roman (b. 1925) 

Também conhecida como “Mãe de Hubble”, a astrônoma Nancy Grace Roman ouvia desde menina que ciência não era para mulheres: "Quando eu era uma menina, as mulheres não deviam ser cientistas. Pelo menos, é o que me foi dito", escreveu a astrônoma em um ensaio autobiográfico. Nancy enfrentou a desaprovação de todos e se tornou uma importante astrônoma da NASA. Descobriu irregularidades nas órbitas das estrelas e coordenou pesquisas com satélites, foguetes e balões para apoiar observação espacial durante meio século. Quanto ao Hubble, foi uma das cientistas que se empenhou no desenvolvimento do telescópio, ativo até hoje. 




9. Wangari Maathai (1940-2011) 

Wangari Maathai foi a primeira mulher africana a ganhar o Prêmio Nobel da Paz (2004). Ela fundou, no Quênia, o Movimento Cinturão Verde, uma iniciativa ambiental que promove o plantio de árvores na África para evitar a erosão do solo, fornecer lenha e armazenar água da chuva. O que começou no Quênia em 1997 logo se espalhou para outros países da África, e levou ao plantio de mais de 51 milhões de árvores. Wangari também foi a primeira mulher da África a concluir um doutorado e foi eleita para o parlamento do Quênia, em 2002, com 98% dos votos.




10. Sylvia Ray Rivera (1951-2002) 

Ativista transgênero e pioneira na luta pelos direitos civis da categoria, Sylvia Rivera estava no front da batalha que se instaurou em 1969, no bar Stonewall Inn, em Nova York. Foi ali que o movimento pelos direitos LGBT deslanchou. Em 28 de junho, a polícia invadiu o bar nas primeiras horas da manhã, sem nenhum motivo. A ação desencadeou vários protestos, que se estenderam por dias. Sylvia se manteve à frente do movimento e seguiu lutando pelos direitos LGBT até sua morte. 

Assista ao vídeo de um dos protestos conduzidos por Sylvia, em 1973: 



Fonte: livescience.com


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