Cientistas ensinam como podemos sobreviver a um ataque de zumbis
Epidemiologistas pegam carona na cultura pop e recomendam como deveríamos responder caso doenças semelhantes ao“zumbinismo” se tornassem realidade. Vide bula.
Os epidemiologistas podem se inspirar na moda dos zumbis para tentar adotar respostas mais rápidas caso a humanidade seja acometida por alguma enfermidade semelhante à transmitida pelos famosos seres.
Segundo artigo da microbiologista Joanna Verran e do especialista em web Matthew Crossley, da Manchester Metropolitan University (Reino Unido), o “zumbinismo” compartilha muitas características em comum com a raiva. Saliva infectada com alguma coisa entra na corrente sanguínea de uma outra pessoa por meio de uma mordida provocando sintomas como ansiedade, agitação, paranoia e terror.
A intenção dos zumbis, ao tentarem morder ou comer suas vítimas, portanto, seria transmitir mais rapidamente uma doença. Ok. Há formas muito mais eficazes de uma doença infecciosa ser transmitida, mas por que não brincar com a imaginação?
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Escrevendo no “The Conversation”, Joanna e Matthew dizem que, no caso desse tipo de doença é preciso entender como ela se espalha, o quão rapidamente isso pode acontecer e, principalmente, descobrir como conter não só a epidemia como episódios futuros.
Primeiro, recomenda a dupla, é saber quantas pessoas podem ser atacadas por um agente, e em qual espaço de tempo. Depois que tiver essa proporção, deve-se dar especial atenção às áreas densamente povoadas - separando ao máximo quem já foi infectado de quem não foi, colocando em quarentena infectados para poderem estudar melhor as manifestações do problema.
Depois, buscar maneiras de reduzir o índice de infecções. Nos filmes geralmente existe um superpoderoso capaz de matar muitas criaturas - algo que, na vida real, teria muitas implicações éticas - ou descobrir uma cura milagrosa.
Ainda bem que, como lembra o artigo, “doenças reais raramente são tão poderosas como aquelas dos filmes de zumbi”, que normalmente possuem um grau de transmissão de 100% e deixam a vítima sem qualquer tipo de imunidade, possibilidade de recuperação ou tratamento. Mas explorar essas pandemias fictícias pode ser uma empolgante possibilidade de se discutir transmissão, prevenção e tratamento de doenças infecciosas.
“Então, da próxima vez que você se sentar para assistir a seu filme ou série favorita de zumbis, se coloque no lugar dos epidemiologistas e pense: o que você faria, e por quê? ”, recomendam os autores do texto.
Fontes: Daily Mail e The Conversation
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